Último debate televisivo antes das Europeias junta partidos sem representação parlamentar

por Joana Raposo Santos, Inês Moreira Santos, Carlos Santos Neves - RTP

A RTP transmitiu o derradeiro debate televisivo para as Eleições Europeias, que reuniu nove candidatos de partidos sem representação parlamentar. Em cima da mesa estiveram temas como a corrupção, a guerra na Ucrânia, a demografia e a imigração.

Pedro A. Pina - RTP

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Europeias. Debate entre nove candidatos ao Parlamento Europeu

Debate entre os partidos sem assento parlamentar.

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Demografia. MPT a favor do celibato na Igreja Católica

Sobre demografia, Manuel Carreira do MPT considera que a Igreja Católica deverá continuar “a propor o celibato”, mas com uma outra vertente: “no momento em que um sacerdote opte de forma diferente pode exercer o seu sacerdócio”.
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RIR critica AIMA

Já o RIR defende, no campo da imigração, a aplicação da lei já existente, mas diz que tal não acontece porque "temos uma AIMA que não funciona".

“Além disso, temos políticos que misturam tudo, porque nós temos pedidos de asilo e temos os imigrantes económicos. São realidades totalmente distintas”, frisou Márcia Henriques.
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PTP: "países africanos são roubados pelas multinacionais da UE"

Também o PTP condenou o que considera um "genocídio" em Gaza.

Sobre a imigração, o candidato afirmou que os países em desenvolvimento, entre os quais “países africanos, são roubados pelas multinacionais da União Europeia, que querem mão-de-obra barata”.
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ADN quer fim das "máfias de imigração ilegal"

Joana Amaral Dias considera que a prioridade é “acabar com as máfias de imigração ilegal”. A candidata do ADN afirma ainda que o quadro de Imigração e Asilo tem de ser revisto.
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MAS condena "genocídio em Gaza"

Gil Garcia fala num "verdadeiro genocídio em Gaza" e considera que a UE deveria interromper ou boicotar as relações diplomáticas e económicas com Israel.

Sobre o tema das migrações, o cabeça de lista do MAS frisou que “Portugal é o país da UE que mais emigra e é o oitavo no mundo”.
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VOLT quer combater "narrativa anti-imigração"

O VOLT defende o combate da “narrativa anti-imigração que prejudica as empresas europeias”. Duarte Costa quer “soluções administrativas”.
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Imigrantes "estão a ocupar habitação"

"Nós não necessitamos da esmagadora maioria dos imigrantes extra-europeus que neste momento se encontram em Portugal. Eles estão a ocupar habitação, postos de trabalho", declarou o candidato do ERGUE-TE.

Neste grupo, Rui da Fonseca e Castro inclui os imigrantes vindos dos PALOP.
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Nós, Cidadãos defende inevitável "campanha para imigrantes"

O candidato do Nós, Cidadãos considera “inevitável ter imigrantes” para contribuir na demografia. Mas Pedro Ladeira defende que “se é uma inevitabilidade”, pode fazer-se “campanhas para os países que nos poderão satisfazer essas necessidades, nomeadamente falar a mesma língua, sermos a ponte da lusofonia e uma religião judaico-cristã”.

“Se fizermos uma projeção religiosa, os muçulmanos vão tomar conta da Europa”, disse ainda.
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Nova Direita defende "dissuasão" da imigração ilegal

Sobre o tema da imigração, Ossanda Liber afirmou que a Europa tem de “ter o mínimo de controlo”. Segundo a candidata do Nova Direita, “não há uma mensagem clara de quem faz tráfico humano”.

“Temos de trabalhar na dissuasão, por um lado. É preciso dissuadir as pessoas de virem por vias ilegais, mas simultaneamente é importante criar redes de imigração legal, fazer os nossos consulados trabalhar”, argumentou.
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MAS quer reduzir a metade salários dos eurodeputados

Gil Garcia do MAS diz que nenhum candidato mencionou “os privilégios e mordomias dos deputados europeus”.

“Proponho que se reduza a metade os salários dos eurodeputados”.
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VOLT quer criação de um "Rendimento Básico Europeu" para acabar com a pobreza

Já Duarte Costa considera que as questões sociais são mais importantes para os eleitores portugueses.

“Um dos principais problemas em Portugal é o da pobreza”, afirmou o candidato da VOLT.

O VOLT defende uma “reforma da União Europeia” e a “criação do Rendimento Básico Europeu”.
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ND: "já não se pode falar"

Ossanda Liber considera que "já não se pode falar" e que "qualquer coisa que se diga que saia do que se julga politicamente correto entrega-nos logo aos lobos".

“Eu tenho o direito de ser uma mulher conservadora e de não ser todos os dias catalogada como fascista”, declarou a candidata da Nova Direita, que diz não se considerar de extrema-direita.
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ERGUE-TE critica "promoção da homossexualidade"

Rui Fonseca e Castro, do ERGUE-TE, diz que nas escolas “há promoção da homossexualidade” e acusa os “movimentos LGBT” de serem “bem financiados”.
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RIR quer Constituição europeia

Márcia Henriques diz ser a favor de uma Constituição europeia. "Se estamos dentro de uma União Europeia, se perseguimos os mesmos objetivos, se defendemos os mesmos valores, faz todo o sentido termos uma Constituição europeia", declarou.
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MPT quer "reaproveitar" habitação

O candidato Manuel Carreira refere que "há mais habitação do que pessoas a precisar de habitação, mas estão abandonadas".

“Precisamos de um Governo forte, precisamos de uma Europa forte para que tudo o que está em abandono seja recuperado”, defende.

Sobre o tema do direito ao aborto, diz que “é sempre um ato despersonalizante” e de “grande sofrimento”, mas que não deve ser criminalizado.
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Nós, Cidadãos sobre demografia: "conceito de família é fundamental e a base da civilização humana"

Sobre demografia e natalidade, Pedro Ladeira considerou que o “conceito de família é fundamental e a base da civilização humana”.

“Não consigo aceitar uma Igreja que apoia a transsexualidade e não permite o fim do celibato”, afirmou o candidato do Nós, Cidadãos. “Porquê que os padres não podem ter família?".

A Igreja, apontou ainda, “abdicou de defender o conceito de família”.
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PTP quer investimento na educação

O PTP acredita que “precisamos de investimento não em autoestradas, nem em infraestruturas de cimento e betão” porque “isso só favorece a corrupção”.

José Manuel Coelho defende antes investimento na educação, na formação profissional e no apoio às pequenas empresas.
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ADN contra fim do dinheiro físico

Para Joana Amaral Dias, "esta Europa constitui-se contra a liberdade". A candidata deu como exemplos "uma série de propostas desta União Europeia, como a identidade digital, o empurrar as crianças para os ecrãs (...), mas também o fim do dinheiro físico".
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PTP quer fim da guerra na Ucrânia "pelas negociações"

José Manuel Coelho, do PTP, admitiu que esteve na guerra do Ultramar e sabe “o que é a guerra”. O candidato defende que deve acabar-se com a guerra na Ucrânia através de negociações”.
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ADN: "a Europa não tem de ser neutra" na guerra da Ucrânia

O ADN acredita que “as guerras nunca valem a pena”. A candidata Joana Amaral Dias considerou que “só a paz é o caminho”.

“Foi a paz que trouxe os países para o projeto europeu”, recordou a candidata, referindo-se à construção da União Europeia.

“A Europa não tem de ser neutra” na guerra da Ucrânia.
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Ergue-te quer Portugal a viver por si próprio novamente

Rui da Fonseca e Castro, do Ergue-te, acredita que "abandonar a UE neste momento seria impossível porque estamos ancorados a uma dívida" que considera fraudulenta.

No entanto, acredita que a União Europeia “muito provavelmente não irá sobreviver ao problema que está a acontecer no leste da Europa”.

“Temos de começar a aprender a viver por nós próprios novamente”, defendeu.

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MAS: mais investimento em mais armas vai gerar "mais guerra"

O candidato do MAS considera que “já se apoia a Ucrânia com armas e milhões”.

“Sem a economia da União Europeia a Ucrânia está devastada”, disse Gil Garcia. “Se se investir em mais armas (…) é óbvio que vai haver mais guerra”.
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Nós, Cidadãos quer Rússia dentro da comunidade europeia

Pedro Ladeira classifica o Nós, Cidadãos como partido pró-europeu e disse ter esperança de "um dia poder contar com a Rússia dentro da comunidade europeia".

A ideia é tornar a Europa “forte, unida, que sirva de equilíbrio entre o bloco dos EUA e o bloco da China”.

O candidato considera ainda que, atualmente, o principal problema dos cidadãos é a habitação. “A Europa neste momento está em suicídio demográfico”, afirmou.

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VOLT defende "projeto comum" na Defesa europeia

A VOLT defende que a União Europeia precisa de “mobilizar a capacidade de Defesa para um projeto comum”. Duarte Costa afirmou ainda que é favor que parte dos orçamentos em Defesa sirva para projetos de cooperação europeus.

"Forças armadas europeias".
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ERGUE-TE diz que guerra na Ucrânia "favorece apenas a judiaria da Finança Internacional"

O candidato do ERGUE-TE começou por declarar que começará uma guerra em Portugal se os filhos forem enviados para a Ucrânia. Rui Fonseca e Castro considera que a NATO não tem capacidade para defender outros países porque está “a canalizar todos os recursos para outro Estado não membro”.

“Esta guerra serve para exterminar um povo”, disse ainda. “Esta guerra favorece apenas a judiaria da Finança Internacional, que controla o lobby do armamento”.
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Nova Direita não põe em causa permanência na UE

Para a Nova Direita, "o espaço europeu é importante para Portugal, é o nosso eixo civilizacional, é o nosso eixo geográfico, é o mercado comum de 400 milhões de cidadãos que é relevante para as nossas empresas, para a nossa economia, e é uma força geopolítica muito importante também".

“Nós não pomos em causa a permanência de Portugal na Europa”, mas esta deve regressar “aos seus objetivos iniciais” de garantir paz, prosperidade e segurança aos países europeus, pede Ossanda Liber.
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Nós, Cidadãos: guerra na Ucrânia é uma "questão financeira"

Ainda sobre a Ucrânia, o candidato do Nós, Cidadãos começou por recordar que o conflito russo-ucraniano não é recente e que “deriva das questões do Donbass e da Crimeia”.

Para Pedro Ladeira, a guerra na Ucrânia está a ser “utilizada como fator de crescimento económico”. “ A questão é sempre financeira”.

Reforçando o que a candidata do RIR mencionou, Pedro Ladeira afirmou também “que a guerra está em banho-maria”.
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RIR diz ser "impensável" estar fora da UE

Márcia Henriques, do RIR, define o partido como humanista e pró-europeu, defendendo que "é impensável nos dias de hoje nós vivermos fora da União Europeia".

“Iríamos ficar orgulhosamente sós, mas muitíssimo pobres”, considerou a candidata, destacando, no caso português, o problema da emigração jovem.

Não podemos continuar a ser “o país do ordenado mínimo”, defendeu.

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Nova Direita quer "esforços" para alcançar a paz na Ucrânia

Já Ossanda Liber, do Nova Direita, acha essencial apoiar a Ucrânia mas com limites: ajudar "até ao momento em que nos tornamos cobeligerantes".

“Nesta fase tem de entrar a diplomacia”, considerou, principalmente porque se a Rússia tem como aliado “todo o mundo não ocidental”.

“Tem de se conseguir alcançar a paz e continuar a trabalhar nos esforços de paz”.
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Candidata do RIR diz que situação na Ucrânia "não é tão grave como aparenta ser nos telejornais"

O programa do RIR não inclui propostas sobre a situação na Ucrânia, mas a candidata Márcia Henriques garante que o partido “quer a paz”. A candidata adiantou ainda que, por acaso, foi recebida pela embaixadora da Ucrânia em Portugal esta quinta-feira.

Apesar de considerar que todos querem a paz e que a Ucrânia tem direito “a defender-se” e a ser ajudada, Márcia Henriques diz que Portugal não tem militares para enviar para o território ucraniano.

“Portugal ajuda na medida das possibilidades”, afirmou, acrescentando que a guerra se pode prolongar durante décadas porque a “indústria do armamento” se sustenta assim.

A candidata disse ainda que a embaixadora ucraniana em Lisboa transmitiu, no encontro com o partido, que a “situação não é tão grave como aparenta ser nos telejornais”.
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MPT preocupado com ecologia

Para o MPT, "quantos mais houver a lutar pelas causas da ecologia, melhor", já que esta é a área "mais ameaçada".

“Se pensarmos na água, nos rios, na poluição, na biodiversidade, na recuperação dos sistemas, é a mais ameaçada, também pelos fogos mundiais e porque a consciência humana dessa realidade está a ser uma consciência teórica”, declarou Manuel Carreira.
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PTP condena "corrupção" em torno de fundos europeus

José Manuel Coelho, do PTP, considera que "os fundos europeus fizeram toda a diferença", mas lamenta que muitos deles acabem afetados pela "corrupção".

“Muito desse dinheiro que é enviado para os países periféricos desaparece na corrupção. Desaparece, é desviado, aparecem os oligarcas, aparecem as pessoas ligadas aos poderes regionais e nacionais”, declarou.

O candidato defendeu ainda que “a Justiça portuguesa não tem sido célere o suficiente para punir esses desmandos e esses roubos de dinheiro” e que “um terço do dinheiro que a UE atribui a Portugal é desperdiçado através desses labirintos”.

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ADN diz que Europa cede aos vários lobbies

Joana Amaral Dias, do ADN, considera que "o mundo em que vivemos agora é um mundo com desigualdades profundas, mais do que alguma vez foi na história da humanidade".

“Nós temos um, dois por cento da população mundial que é detentora de 90 por cento das riquezas mundiais. Isto gera várias perversidades e iniquidades que se refletem também na Europa”, que vive agora “um capitalismo onde só os grandes tubarões brancos é que têm voz”, declarou.

O ADN acredita que a “Europa cede aos vários lobbies”, nomeadamente ao das armas, que neste momento “empurra (…) a Europa para a terceira guerra mundial”.

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MAS critica modo de distribuição da riqueza

O candidato do MAS diz, por sua vez, que o partido é a favor de "uma Europa unida", mas que atualmente "temos uma Europa orientada para a guerra" e que "não nivela por cima os salários" dos trabalhadores.

O partido defende, por isso, um salário mínimo europeu e que seja alterada “a maneira como é distribuída a riqueza”, explicou Gil Garcia.

“Os donos disto tudo estão a governar para as elites”, acrescentou.

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Volt quer uma UE de 27 "economias prósperas"

A primeira pergunta lançada neste debate é acerca das vantagens e desvantagens da participação de Portugal nas instituições europeias. O Volt considera que Portugal tem de estar na UE e que "não temos futuro isolados ou orgulhosamente sós".

Como partido “liberal, social, ecologista e progressista”, o Volt quer “permitir aos eleitores portugueses não terem de escolher entre economia e transição climática, entre serviços públicos e empresas, entre pessoas e iniciativa privada”, afirmou o candidato Duarte Costa.

O partido considera fundamental usar os fundos europeus para garantir “que somos uma União relevante”, de 27 “economias prósperas unidas numa só”.

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Início pelas 22h30
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Nove candidatos discutem propostas

A emissão tem início pelas 22h30 e deverá prolongar-se por 100 minutos. A moderação está a cargo do jornalista Carlos Daniel.

Participam neste debate televisivo Gil Garcia, pelo MAS, Manuel Carreira, pelo MPT, Márcia Henriques, do RIR, Joana Amaral Dias, pelo ADN, Duarte Costa, do Volt, Rui da Fonseca e Castro, pelo Ergue-te, Ossanda Liber, da Nova Direita, Pedro Ladeira, pelo Nós Cidadãos, e José Manuel Coelho, do PTP, que vai debater à distância, a partir da Madeira.


Em Portugal, as eleições europeias realizam-se a 9 de junho. Vão ser disputadas por 17 forças políticas: AD, PS, Chega, Iniciativa Liberal, Bloco de Esquerda, CDU, Livre, PAN, ADN, MAS, Ergue-te, Nova Direita, Volt Portugal, RIR, Nós Cidadãos, MPT e PTP.Terminou esta quinta-feira o prazo de inscrição para o voto antecipado nas eleições europeias, que decorre já no próximo domingo.

No escrutínio português, estão em jogo 21 assentos no Parlamento Europeu. À escala da União Europeia, neste processo, são chamados às urnas perto de 400 milhões de eleitores para escolherem 720 eurodeputados.

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