O rei dos belgas, Filipe I, aceitou hoje o pedido formal de demissão do cargo apresentado pelo primeiro-ministro da Bélgica, Alexander de Croo, após a derrota do seu partido nas legislativas de domingo.
Com este passo, inicia-se o processo para formar um novo Governo de coligação no país, devendo o rei reunir-se com os líderes dos partidos, para uma primeira avaliação.
Hoje à tarde, irão ao palácio real o presidente dos conservadores flamengos do NV-A, Bart de Wever, o partido mais votado a nível nacional, e o dos liberais francófonos do MR, Georges-Louis Bouchez.
O partido democrata-cristão flamengo (VDL), de De Croo, sofreu no domingo uma pesada derrota eleitoral, levando o chefe do Governo de coligação a anunciar a sua saída do cargo.
O líder no N-VA manifestou vontade de assumir a liderança do Governo, ao contrário do que aconteceu em 2019.
As negociações para formação do executivo federal na Bélgica são tradicionalmente difíceis e prolongadas, dada a necessidade de incluir partidos da Flandres (de língua neerlandesa) e da Valónia (francófona) com sensibilidades e objetivos diferentes.
Em 17 de fevereiro de 2011, a Bélgica bateu o recorde mundial da mais longa crise política, com 249 dias de impasse político sem Governo.