Wall Street fecha em alta com recuo de Trump face à China e ao presidente da Fed
A bolsa nova-iorquina encerrou hoje em alta, no seguimento de declarações mais apaziguadoras de Donald Trump para com a China e o presidente da Reserva Federal (Fed), Jerome Powell.
O resultado da sessão indica que o índice seletivo Dow Jones Industrial Average ganhou 1,07%, o tecnológico Nasdaq progrediu 2,50% e o alargado S&P500 subiu 1,67%.
Os investidores reagiram positivamente "a todas as mensagens que não foram negativas no plano comercial", sintetizou Art Hogan, da B. Riley Wealth Management, em declarações à AFP.
Donald Trump admitiu hoje aos jornalistas que as sobretaxas de 145%, que ele próprio tinha imposto às importações provenientes da China, eram "demasiado elevadas", mas que iam "baixar de forma substancial".
Por seu lado, os dirigentes chineses disseram hoje que "as portas do diálogo continuam abertas".
A praça bolsista continua a viver "ao ritmo dos grandes títulos" baseados nas declarações de Trump, observou Hogan.
Porém, relativizou, ao apontar que, se o mercado "está em uma posição mais positiva, continua-se a desconhecer a finalidade desta guerra comercial".
Além de que, como o secretário das Finanças, Scott Bessent, admitiu a jornalistas, o governo de Trump "ainda não está a discutir" com Pequim as taxas alfandegárias.
Por outro lado, Trump também disse que "não tem a intenção" de demitir o presidente da Fed, depois de as violentas críticas que dirigiu a Powell terem feito tremer os mercados financeiros.
Ainda na segunda-feira, Trump tinha exigido a Powell que baixasse a taxa de juro de referência da Fed.