Wall Street com principais índices a cair mais de 2% pressionados com guerra comercial
A bolsa de Wall Street segue hoje em queda, confirmando a tendência de abertura, com os principais índices a perder mais de 2%, pressionados pela guerra comercial e pelos ataques à reserva federal.
Pelas 16:23 (hora de Lisboa), o índice Dow Jones baixava 2,42% para 38.195,60 pontos e o tecnológico Nasdaq recuava 2,84% para 15.826,82 pontos.
O índice alargado S&P 500, por seu turno, desvalorizava-se 2,38% para 5.157,18 pontos.
Entre as descidas aparecem empresas como a Tesla (-7,02%), Nvidia (-5,23%), American Express (-3,87%) e a Amazon (3,41%).
Na abertura da sessão, a bolsa nova-iorquina já estava em baixa.
O mercado norte-americano tem sido pressionado pela guerra comercial e pelas ameaças do Presidente Donald Trump ao líder da reserva federal norte-americana (Fed).
"Se eu quiser que ele saia, ele sairá muito depressa. Acreditem", afirmou Donald Trump, na passada quinta-feira.
O mandato do presidente da Fed, Jerome Powell, termina em maio de 2026.
Na segunda-feira, Trump já tinha classificado Powell como "um grande perdedor".
A guerra comercial também continua a pressionar Wall Street, no mesmo dia em que Pequim avisou que não vai aceitar acordos comerciais que prejudiquem o país.
A guerra comercial desencadeada por Trump intensificou-se em 02 de abril, com o anúncio de "tarifas recíprocas" para o resto do mundo, uma medida que mais tarde retificou face à queda dos mercados e ao aumento do custo de financiamento da dívida dos EUA.
Mas enquanto suavizava a ofensiva contra a maioria dos países, aplicando uma tarifa generalizada de 10%, Trump decidiu aumentar as taxas sobre a China para 245%, por ter respondido com tarifas de retaliação.
Entretanto, Pequim aumentou as suas tarifas sobre os produtos norte-americanos para 125%.