A Vodafone, a operadora líder mundial de comunicações móveis, anunciou hoje prejuízos líquidos de 4,77 mil milhões de libras (6,8 mil milhões de euros) no primeiro semestre do ano fiscal, que terminou a 30 de Setembro.
Em comunicado, a Vodafone indica que estes resultados representam um desagravamento homólogo (face ao mesmo período do ano anterior) de 24 por cento.
No entanto, antes de amortizações de goodwill (activos intangíveis) e de itens extraordinários, a Vodafone apresentou lucros de 5,28 milhões de libras (7,5 mil milhões de euros).
A empresa anunciou a distribuição de um dividendo de 1,91 pence (2,7 cêntimos de euro) por acção.
No primeiro semestre fiscal, o grupo britânico de comunicações móveis apresentou receitas de 16,8 mil milhões de libras (24,0 mil milhões de euros), um acréscimo de 4 por cento, dos quais 16,4 mil milhões de libras (23,4 mil milhões de euros) de receitas da operação móvel.
Os resultados operacionais, antes de amortizações de goodwill e itens excepcionais, cresceram 5 por cento, para 5,69 mil milhões de libras (8,1 mil milhões de euros).
O cash flow operacional subiu igualmente 5 por cento, ficando em 6,38 mil milhões de libras (9,1 mil milhões de euros), indica o comunicado.
A Vodafone revela que no fim do primeiro semestre fiscal, a 30 de Setembro, tinha 146,7 milhões de clientes, um aumento de 17 por cento face a um ano antes, dos quais 11,5 milhões de clientes Vodafone Live, quase quatro vezes mais do que em Setembro de 2003.
O tráfego de voz aumentou para 83,7 mil milhões de minutos no primeiro semestre fiscal, um acréscimo homólogo de 9 por cento, e os serviços não voz reforçaram o seu peso nas receitas totais de serviço, passando de 15,5 por cento no primeiro semestre do ano fiscal anterior para 16,4 por cento na primeira metade do ano fiscal em curso, segundo o grupo Vodafone.
Aquela multinacional indica que a participação do grupo na Vodafone japonesa subiu de 28,5 para 98,2 por cento do capital, com um custo de 2,4 mil milhões de libras.
Para o ano fiscal que termina a 1 de Março de 2005, a líder mundial das telecomunicações móveis espera um crescimento da ordem dos 10 por cento no número de clientes e um aumento de receitas do negócio móvel a um dígito mas próximo dos 10 por cento.
Tendo em conta os investimentos e custos associados à instalação das redes de terceira geração móvel (UMTS) e o efeito da redução das taxas de interligação, a Vodafone espera para o ano fiscal uma margem EBITDA (resultados antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) relativamente estável face à do ano fiscal de 2004 (terminado em Março passado).
Para o ano fiscal de 2006 (1 de Abril de 2005 a 31 de Março de 2006) a Vodafone espera um crescimento próximo de 10 por cento no número de clientes e nas receitas móveis e uma margem EBITDA estável.