Vítor Gaspar explica hoje cortes de 2,2 mil milhões na despesa em 2012

por © 2011 LUSA - Agência de Notícias de Portugal, S.A.

Lisboa, 02 set (Lusa) - O ministro das Finanças vai esta tarde ao Parlamento apresentar algumas das medidas que suportam os mais de 2.200 milhões de euros de cortes na despesa pública que serão efetuados nas funções de soberania, sociais e económicas do Estado.

Segundo apurou a Lusa junto de fonte governamental, os 2.243,2 milhões de euros que o Governo estima cortar na despesa em 2012, e que incluem os cerca de 1.700 milhões nas funções sociais, são maioritariamente obtidos à conta de poupanças na área da Saúde, que contabilizam 810,2 milhões de euros.

Em causa estão cortes de 352 milhões de euros nas funções de soberania, que passam de 7.893,5 milhões de euros, este ano, para 7.541 milhões, em 2012, e que engloba cortes nos órgãos de soberania, na representação externa, na defesa, na segurança interna e na justiça.

Por outro lado, o Documento de Estratégia Orçamental, apresentado esta semana pelo ministro das Finanças, revela também uma redução de 1.734 milhões de euros nas funções sociais, essencialmente ligada à Segurança Social, Saúde e Educação, Ciência e Ensino Superior.

Esta manhã, o jornal Público especificou as medidas que o Executivo tenciona implementar para alcançar uma poupança de mais de 1520 milhões, sendo que, desta parcela, 205 milhões seriam resultantes de poupanças na segurança social, o que vale 0,12 por cento do Produto Interno Bruto (PIB), 506,7 por parte da Educação, Ciência e Ensino Superior, no valor de 0,3 por cento do PIB, e 810,2 milhões de euros seriam provenientes da Saúde, representando 0,48 por cento do PIB.

A apresentação de medidas concretas do lado da despesa e não apenas do lado da receita tem sido um dos aspetos criticados não só pela oposição, mas também por figuras dos partidos que suportam a coligação.

O Executivo tem, até agora, reservado a pormenorização dos cortes para a altura da apresentação do Orçamento do Estado, até 15 de outubro, mas a ida ao Parlamento, esta tarde, deverá ser aproveitada para `levantar o véu` sobre as medidas concretas de redução dos gastos do Estado.

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