Viticultores do Douro em protesto por aumento de custos e quebra de receitas

por Cristina Santos - RTP
Carlos Santos Neves - RTP

Viticultores do Douro concentraram-se esta quarta-feira, no Peso da Régua, para denunciar o corte na produção de vinho, reivindicar controlo sobre as importações e por preços justos. "Não é possível vender a uva ao mesmo preço há 25 anos", queixam-se os produtores, que acusam ainda as cooperativas de não estarem a comprar as uvas.

De acordo com a Associação dos Viticultores e da Agricultura Familiar Douriense (Avadouriense), em conjunto com a Confederação Nacional da Agricultura (CNA), estruturas que convocaram o protesto, é incompreensível a redução do benefício. Ou seja, o benefício é quantidade de mosto que cada viticultor pode destinar à produção de vinho do Porto e é também uma das suas principais fontes de receita.

No entanto, o conselho interprofissional do Instituto dos Vinhos do Douro e Porto (IVDP) reduziu o benefício nas 90 mil pipas (550 litros) para a vindima 2024, o que representa um corte de 14 mil pipas na produção de vinho do Porto.

Os viticultores do Douro querem assegurar o escoamento das uvas e travar os cortes nos rendimentos deste negócio. O que também leva a algumas cenas de ânimos exaltados, como testemunhou a equipa de reportagem da RTP.
no ano passado, argumentando com os stocks cheios, houve empresas que não compraram ou compraram menos uvas aos viticultores.

Em dois anos, o Douro perdeu 26 mil pipas de benefício, o que equivale a menos cerca de 26 milhões de euros, tendo em conta a média de mil euros por pipa.

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