O Banco Central da Venezuela confiou a intermediação entre bancos à plataforma tecnológica do grupo privado Interbanex, levando à adoção de um novo sistema de trocas que desvalorizou esta segunda-feira o bolívar, a moeda venezuelana, em 34,83 por cento.
"A taxa de câmbio", anunciou o Interbanex, "será definida pela oferta e pela procura".
O anúncio muda radicalmente um sistema que desde 2003 era estritamente controlado pelo Governo do Presidente Nicolás Maduro, o que dificultava o acesso de particulares e das empresas à moeda dólar e favorecia o mercado negro, onde o câmbio era por vezes 30 vezes mais elevado do que a taxa oficial.
Maduro considera "criminoso" este mercado negro e, em abril, o proprietário de um sitio de internet ligado ao mercado paralelo foi mesmo detido, acusado de "terrorismo financeiro".Com a nova taxa, 3.200 bolívares valem agora um dólar, próximo dos 3.118,6 constatados no sítio dolartoday.com, que serve de referência para o mercado.
Os especialistas recomendavam há vários anos o fim do controlo das taxas de câmbio, para poder lutar contra a grave crise económica que atinge o país, cuja inflação esperada para 2019 será de 10.000.000, de acordo com o FMI, e que enfrenta uma grande penúria de alimentos e de medicamentos.
A medida coincide com a grande crise política provocada quarta-feira passada quando o presidente da Assembleia Nacional, o líder da oposição Juan Guaidó, se auto-proclamou Presidente, invocando um vazio do poder.
Nicolás denunciou um "golpe de estado" orquestrado pelos Estados Unidos, mas gigantescas manifestações de rua em várias cidades, que fizeram 35 mortos numa semana, levaram a maioria dos líderes mundiais a reconhecer o novo Presidente ou a exigir a realização de eleições livres, sob pena de reconhecer as pretensões de Guaidó.
Para Asdrubal Oliveros, diretor da sociedade de consultores Ecoanalitca, o alinhamento do bolívar com a taxa do mercado negro "chega tarde demais".
"O país entrou numa dinâmica que implica que isto não seja viável, e vai piorar", vaticinou, citado pela Agência France Press, numa altura em que Washington ameaça Caracas com o endurecimento de sanções financeiras.
Maduro anunciou em agosto passado novas reformas contra a crise, que implicavam uma desvalorização de 96 por cento do bolívar. Desde então, a moeda venezuelana terá perdido valor avaliado em 98, 12 por cento.
O anúncio muda radicalmente um sistema que desde 2003 era estritamente controlado pelo Governo do Presidente Nicolás Maduro, o que dificultava o acesso de particulares e das empresas à moeda dólar e favorecia o mercado negro, onde o câmbio era por vezes 30 vezes mais elevado do que a taxa oficial.
Maduro considera "criminoso" este mercado negro e, em abril, o proprietário de um sitio de internet ligado ao mercado paralelo foi mesmo detido, acusado de "terrorismo financeiro".Com a nova taxa, 3.200 bolívares valem agora um dólar, próximo dos 3.118,6 constatados no sítio dolartoday.com, que serve de referência para o mercado.
Os especialistas recomendavam há vários anos o fim do controlo das taxas de câmbio, para poder lutar contra a grave crise económica que atinge o país, cuja inflação esperada para 2019 será de 10.000.000, de acordo com o FMI, e que enfrenta uma grande penúria de alimentos e de medicamentos.
A medida coincide com a grande crise política provocada quarta-feira passada quando o presidente da Assembleia Nacional, o líder da oposição Juan Guaidó, se auto-proclamou Presidente, invocando um vazio do poder.
Nicolás denunciou um "golpe de estado" orquestrado pelos Estados Unidos, mas gigantescas manifestações de rua em várias cidades, que fizeram 35 mortos numa semana, levaram a maioria dos líderes mundiais a reconhecer o novo Presidente ou a exigir a realização de eleições livres, sob pena de reconhecer as pretensões de Guaidó.
Para Asdrubal Oliveros, diretor da sociedade de consultores Ecoanalitca, o alinhamento do bolívar com a taxa do mercado negro "chega tarde demais".
"O país entrou numa dinâmica que implica que isto não seja viável, e vai piorar", vaticinou, citado pela Agência France Press, numa altura em que Washington ameaça Caracas com o endurecimento de sanções financeiras.
Maduro anunciou em agosto passado novas reformas contra a crise, que implicavam uma desvalorização de 96 por cento do bolívar. Desde então, a moeda venezuelana terá perdido valor avaliado em 98, 12 por cento.