Ursula von der Leyen confirma adiamento da aplicação de tarifas aos EUA
A presidente da Comissão Europeia anunciou esta noite em Bruxelas, no final do Conselho Europeu, que a introdução das tarifas aduaneiras da UE a produtos dos EUA vai ser ajustada, acrescentando que "as consequências da resposta não se alteraram".
A posição surge depois de, na semana passada, a Comissão Europeia (que detém a competência da política comercial na UE) ter anunciado contramedidas às tarifas alfandegárias de 25% impostas pelos Estados Unidos às importações de aço e alumínio.
As contramedidas europeias serão introduzidas em duas fases, a partir de meados de abril, após este adiamento de duas semanas.
"Temos de continuar a atuar e é isso que estamos a fazer", vincou.
Os líderes da UE pediram hoje "verdadeira vontade política" à Rússia para um cessar-fogo na Ucrânia e admitiram aumentar a pressão, num apelo que não foi subscrito pela Hungria, que continua contra o apoio a Kiev.
"Há duas semanas [numa cimeira extraordinária], chegámos a conclusões muito claras sobre a Ucrânia, a 26, e hoje usámos o mesmo método e assim vamos gerindo para permanecer unidos, mas aceitando respeitar as diferenças deste país", adiantou António Costa, falando em "27 nações com uma série de histórias diferentes, culturas diferentes, tradições diferentes, visões diferentes do mundo" que, apesar destas diferenças, têm conseguido "ultrapassar as dificuldades".
Na reunião de alto nível que decorreu hoje em Bruxelas, um texto de conclusões do presidente do Conselho Europeu, António Costa, sobre o apoio da UE à Ucrânia foi subscrito por 26 chefes de Governo e de Estado da UE, incluindo o primeiro-ministro português, Luís Montenegro, e sem contar com a assinatura do líder húngaro, Viktor Orbán.