Tesla em apuros? Ações mergulham mais de 9% após queda de vendas na Europa
As ações da Tesla, empresa de veículos elétricos do multimilionário Elon Musk, caíram mais de nove por cento. A queda acontece depois de as vendas na União Europeia e no Reino Unido terem decrescido quase em metade no mês de janeiro.
As vendas da empresa na UE, na Associação Europeia de Comércio Livre e no Reino Unido caíram mais de 45 por cento em janeiro. Os dados indicam que a Tesla vendeu 7.517 unidades no primeiro mês deste ano, em comparação com 15.130 veículos em janeiro de 2024.
Já no ano passado, as vendas da Tesla caíram pela primeira vez em mais de uma década devido à redução da procura. A empresa de Elon Musk tem enfrentado uma forte concorrência no mercado europeu graças a fabricantes chineses e de outros países.Esta quebra nas ações da Tesla fez com que a avaliação da empresa voltasse a ser inferior a um bilião de dólares pela primeira vez desde novembro de 2024.
Ouvido pela BBC, Russ Mould, diretor de investimentos da sociedade AJ Bell, explicou que o fabricante chinês BYD tem vindo a registar grandes progressos, em parte porque inclui algumas caraterísticas que custam mais a outros fabricantes.
Essa pode, no entanto, não ser a única explicação para a queda atual na Tesla. O dono da empresa tem gerado controvérsia a nível global devido às suas ações enquanto braço direito do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
No Reino Unido também tem sido alvo de críticas, nomeadamente depois de ter apoiado o ativista de extrema-direita Stephen Yaxley-Lennon, também conhecido como Tommy Robinson, e criticado repetidamente o primeiro-ministro Keir Starmer.
No resto da Europa a posição quanto a Elon Musk é igualmente controversa, especialmente depois de este ter apoiado o partido de extrema-direita AfD na Alemanha, felicitando o seu líder por ter conquistado o segundo lugar nas eleições.
O preço das ações da Tesla tinha subido após as eleições presidenciais de 2024 nos Estados Unidos, com os investidores a apostarem que a proximidade de Elon Musk a Donald Trump poderia ser boa para as suas empresas. Agora, porém, a opinião parece ter-se alterado.
Esta quarta-feira, pouco mais de um mês após o seu regresso ao poder, o presidente dos Estados Unidos convocou a sua primeira reunião de gabinete e convidou Elon Musk para participar, com o objetivo de implementar o seu programa.
Musk, líder do Departamento de Eficiência Governamental (DOGE), estará presente como "funcionário especial do governo" e "conselheiro sénior do presidente", explicou a porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt.
c/ agências