O Banco Central da Suécia (Riksbank) anunciou hoje uma redução de 0,5 pontos nas taxas diretoras para 2,75%, o quarto corte do ano e o maior numa década.
Minutos depois, o Banco Central da Noruega anunciou que manteve as taxas de juro diretoras em 4,5% para controlar a inflação e que é provável que se mantenham neste nível durante todo o ano.
A medida do banco central sueco visa impulsionar a atividade económica e ajudar a estabilizar a inflação, explicou o Riksbank, que anunciou possíveis novas reduções em dezembro e no primeiro semestre de 2025, se as previsões se mantiverem, como já tinha referido há dois meses.
"Para continuar a apoiar a atividade económica, as taxas têm de ser reduzidas mais rapidamente do que o previsto em setembro. Isto é importante, por si só, para fortalecer a economia, mas é também uma condição necessária para que a inflação se estabilize perto do objetivo", afirmou o Riksbank num comunicado.
O Riksbank alertou, no entanto, para possíveis alterações às previsões, citando uma série de riscos.
"Existem riscos relacionados com as tensões geopolíticas, a política económica no estrangeiro, a alteração da coroa sueca e a atividade económica na Suécia que podem afetar as previsões para a atividade económica e conduzir a uma política económica diferente", alertou o Riksbank.
Em sentido diferente, o banco central da Noruega afirmou que acredita "que continua a ser necessária uma política monetária restritiva para que a inflação desça para o objetivo num horizonte temporal razoável".
A manutenção das taxas em 4,5% ajudou a arrefecer a economia e a amortecer a inflação, afirmou o banco central, alertando, no entanto, para o facto de a depreciação da coroa norueguesa nos últimos anos e o rápido aumento dos custos comerciais poderem abrandar a queda da inflação.
"As previsões que apresentámos em setembro indicavam uma descida gradual das taxas a partir do primeiro trimestre do próximo ano. As perspetivas para a economia norueguesa não parecem ter sofrido alterações fundamentais desde a última reunião", afirmou.