Tarifas. Xi Jinping desafia Vietname a resistir com a China à "intimidação" dos EUA
Em plena guerra alfandegária com a Administração Trump, o presidente chinês desafiou esta segunda-feira o Vietname a "opor-se conjuntamente à intimidação" de Washington. O convite deverá estender-se a outros países do sudoeste asiático, pela proteção do "sistema de comércio multilateral" e pela defesa de "um ambiente internacional de abertura", contra o protecionismo "que não leva a lado nenhum".
Xi Jinping foi acolhido em Hanoi com uma salva de 21 tiros de canhão, guarda de honra e crianças a agitar bandeirinhas no Palácio Presidencial. Reuniu-se ali com os líderes vietnamitas, incluindo o secretário-geral do Partido Comunista, To Lam. Os dois países assinaram 45 acordos de cooperação bilateral, em setores tão variados como Inteligência Artificial, inspeção aduaneira, patrulhas marítimas comuns, quarentenas, caminhos de ferro e comércio de produtos agrícolas.
"Os nossos dois países devem proteger firmemente o sistema de comércio multilateral, a estabilidade das cadeias industriais e de abastecimento globais e um ambiente internacional de abertura e cooperação", escreveu o presidente chinês num artigo publicado pelo jornal vietnamita Nhan Dan, citado pela Xinhua
Xi denunciou o protecionismo "que não leva a lado nenhum". "Nenhum vencedor" pode emergir de tal conflito comercial, enfatizou, segundo a mesma agência.
O périplo regional do presidente chinês visa nomeadamente a estudar formas de compensar as tarifas decididas pelo presidente norte-americano Donald Trump, contra a China, de 145 por cento.
Modernização e transformação
Há duas semanas, os Estados Unidos impuseram taxas de 46 por cento aos produtos da indústria transformadora vietnamita, cujo maior mercado são os Estados Unidos. Estes impostos aduaneiros, aplicados a inúmeros outros países, foram depois suspensos, mas a incerteza instalou-se.
Pequim vê oportunidade de capitalizar e de se apresentar na sua região de influência imediata, como o parceiro de confiança, ao contrário dos Estados Unidos. Num artigo publicado no site de notícias do governo vietnamita, o Sr. Lam garantiu que o Vietname estava "sempre pronto para fazer parceria com a China" para tornar a cooperação entre os dois países "substancial, equilibrada e sustentável".
"No meio do crescente protecionismo e dos desafios unilaterais, a China e o Vietname estão a avançar com a modernização industrial e a transformação digital, posicionando-se para aproveitar novas oportunidades de crescimento em setores-chave, como a indústria transformadora avançada, a energia verde, a logística inteligente, o comércio eletrónico e a integração da cadeia de abastecimento regional" referiu a mesma publicação, dirigida pelo Departamento de Propaganda do Partido Comunista Chinês.
"Os dois países estão a caminho de forjar laços económicos ainda mais profundos e dinâmicos nos próximos anos", afirmou Wan Zhe, professor especializado em desenvolvimento económico regional na Universidade Normal de Pequim, à mesma publicação.
O Vietname é primeira etapa de uma ofensiva de charme pelo sudoeste asiático do gigante chinês. Seguir-se-ão a Malásia e o Cambodja. Xi foi claro no que pretende nesta ofensiva diplomática.
"Os nossos dois países devem proteger firmemente o sistema de comércio multilateral, a estabilidade das cadeias industriais e de abastecimento globais e um ambiente internacional de abertura e cooperação", escreveu o presidente chinês num artigo publicado pelo jornal vietnamita Nhan Dan, citado pela Xinhua
Xi denunciou o protecionismo "que não leva a lado nenhum". "Nenhum vencedor" pode emergir de tal conflito comercial, enfatizou, segundo a mesma agência.
O périplo regional do presidente chinês visa nomeadamente a estudar formas de compensar as tarifas decididas pelo presidente norte-americano Donald Trump, contra a China, de 145 por cento.
Modernização e transformação
Há duas semanas, os Estados Unidos impuseram taxas de 46 por cento aos produtos da indústria transformadora vietnamita, cujo maior mercado são os Estados Unidos. Estes impostos aduaneiros, aplicados a inúmeros outros países, foram depois suspensos, mas a incerteza instalou-se.
Pequim vê oportunidade de capitalizar e de se apresentar na sua região de influência imediata, como o parceiro de confiança, ao contrário dos Estados Unidos. Num artigo publicado no site de notícias do governo vietnamita, o Sr. Lam garantiu que o Vietname estava "sempre pronto para fazer parceria com a China" para tornar a cooperação entre os dois países "substancial, equilibrada e sustentável".
De acordo com o China Daily, os laços económicos e comerciais entre a China e o Vietname deverão alcançar "um novo patamar", impulsionados "pelas estruturas comerciais altamente complementares dos dois países, pelo esforço de modernização do Vietname e pela crescente influência da Parceria Económica Regional Abrangente" chinesa.
"No meio do crescente protecionismo e dos desafios unilaterais, a China e o Vietname estão a avançar com a modernização industrial e a transformação digital, posicionando-se para aproveitar novas oportunidades de crescimento em setores-chave, como a indústria transformadora avançada, a energia verde, a logística inteligente, o comércio eletrónico e a integração da cadeia de abastecimento regional" referiu a mesma publicação, dirigida pelo Departamento de Propaganda do Partido Comunista Chinês.
"Os dois países estão a caminho de forjar laços económicos ainda mais profundos e dinâmicos nos próximos anos", afirmou Wan Zhe, professor especializado em desenvolvimento económico regional na Universidade Normal de Pequim, à mesma publicação.
As relações comerciais bilaterais sino-vietnamitas progrediram nos últimos anos, depois do Vietname ter começado a apostar em programas ambientais, de I&D e de Inteligência Artificial e numa revolução industrial de quarta geração.
com agências