"É claro que é motivo de grande preocupação porque o impacto destas medidas são negativas sobre o produto e o rendimento de todos os blocos económicos", sendo "evidente" que estamos "num período de transição muito grave"
Carlos Costa considera que as tarifas, impostas inicialmente de forma unilateral, são "uma demonstração de que a força se impõe à lei".
Ouvido esta manhã, no Ponto Central, o antigo governador do Banco de Portugal diz que, a nível nacional, o Governo deve ouvir as associações empresariais, algo que começou a ser feito pelo Ministério da Economia, havendo ainda encontros previstos hoje.
O caminho, defende, deve ser encontrar mercados alternativos e "só em último lugar a subsidiação", uma situação que Carlos Costa diz que acabaria por "subsidiar o consumidor americano" de forma indireta.
"Os estímulos à economia devem resultar do impacto que possam ter na produção nacional", afirma.
Alteração na política monetária? BCE terá de avaliar
Além da resposta que cada país pode dar, Carlos Costa afirma que há também o plano europeu, e, nesta fase,
"o Banco Central Europeu vai ter de verificar se vai haver uma alteração de preços que obrigue a mudar a política monetária".
Além dos preços, o antigo governador diz que a União Europeia precisa de estar atento às flutuações da procura.
"Não estou a ver estes efeitos no horizonte neste momento", avalia, no dia em que as tarifas de 20% impostas pela administração norte-americana de Donald Trump entram em vigor na União Europeia.
Pode ouvir a entrevista completa de Carlos Costa no
Ponto Central aqui.