Foto: Antena1
Será o Governo a decidir a percentagem da empresa a alienar e o executivo procura um acionista da área da indústria aeronáutica com grande capacidade financeira.
João Nuno Mendes não avança valores, mas garante que a intenção do governo é potenciar o valor da empresa durante o processo de privatização, até porque considera que a TAP atualmente, depois da restruturação, tem mais valor de mercado.
Será o governo a decidir a percentagem de capital a privatizar – através do decreto-lei - mas assegura que o dinheiro que os contribuintes colocaram na empresa será tido em consideração em todo o processo que, assegura, será muito transparente. Sem afastar a hipótese do comprador poder vir a ser português, o secretário de Estado adianta apenas que a TAP está num patamar financeiro muito elevado e que o futuro acionista terá de ser da área da indústria aeronáutica com capacidade para fazer crescer a empresa.
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Nesta entrevista o secretário de Estado das Finanças revela que em 2024 a dívida pública deverá ficar abaixo dos 100 por cento, “um desempenho que nos põe noutro campeonato”, e em linha com a previsão do Banco de Portugal.
Fruto deste processo, o secretário de Estado das Finanças acredita que o rating do Estado português poderá chegar ao nível A nas principais agências, o que terá como resultado baixar os juros dos empréstimos das famílias e das empresas. Segundo o secretário de Estado, Portugal está a ser "fortemente impactado" pelas subidas das taxas de juro. João Nunes Mendes diz que em 2022 o Estado pagou 5 mil milões em juros em contas nacionais, este ano serão 6 mil milhões e em 2026 deverão ser cerca de 8 mil milhões.
O secretário de Estado das Finanças considera que se deveria impor alguma moderação na subida dos juros pelo BCE, porque a medida tem reflexos na economia, nomeadamente no acesso ao crédito, e isso já se sente em Portugal. Segundo João Nuno Mendes, a redução no nível de novos créditos concedidos é já de 25 por cento por comparação com o ano anterior. O secretário de Estado lembra que o mercado é muito concorrencial e aconselha os portugueses a procurarem sempre duas opções na renegociação dos seus créditos à habitação.
Entrevista conduzida por Rosário Lira (Antena1) e Leonor Mateus Ferreira (Jornal de Negócios).