Substituindo grevistas. Militares conduzem, carregam e descarregam
Fotos: António Antunes, RTP
O Exército entrou em ação. Ao segundo dia de greve, os militares começaram a fazer o transporte de matérias perigosas e a substituir os motoristas profissionais.
Estes militares faziam o transporte de combustível. Foram os primeiros elementos das Forças Armadas assumir as funções dos motoristas de materias perigosas.
A portaria que prevê que os militares das Forças Armadas possam substituir "parcial ou totalmente" os trabalhadores em greve foi publicada esta segunda feira à noite.
Em Diário da República é estabelecido que a intervenção das Forças Armadas abrange também a realização de operações de carga e descarga de veículos -cisterna de combustíveis, GPL e gás natural. Mas para isso os militares têm de ter a devida certificação.
Também os militares da GNR e elementos da PSP estão a fazer o transporte de matérias perigosas.
Da refinaria de Sines saíram rumo ao Algarve camiões cisterna conduzidos pela GNR.
De Aveiras camiões com guardas ao volante foram abastecer postos de combustível como este na zona de Lisboa.
Segundo números oficiais, só no primeiro dia de greve 26 militares da GNR e sete e sete da PSP substituíram os motoristas.
O Ministério do Ambiente nega que a segurança esteja em causa: "Os motoristas das forças de segurança e das forças armadas a operar camiões de transporte durante o período de emergência energética estão habilitados, à luz da lei, a fazê-lo."
A RTP questionou o Ministério da Administração Interna e da Defesa, mas não obteve resposta.