A maior economia europeia está perto de viver um segundo trimestre de queda, apesar de a Alemanha manter um excedente orçamental gigante, maior ainda do que se pensava. Ainda o ano vai a meio e já está acima dos 45 mil milhões de euros.
E esta realidade já vem de 2012, um dos piores anos da crise europeia.
O excedente regista-se num país à beira da recessão. As exportações estão a enfraquecer e o Governo alemão não abriu os cordões à bolsa para estimular outros setores e contrariar a desaceleração.
É uma das criticas feitas ao governo de Angela Merkel. Chegam de todos os lados, até de Vitor Constâncio, antigo vice-governador do Banco Central Europeu, em declarações ao jornal alemão Der Spiegel: "A postura alemã não faz sentido do ponto de vista económico".
Constâncio acusa a Alemanha de ser responsável pelas taxas de juro negativas na Zona Euro e não o BCE: "O Estado deve expandir o seu défice e aumentar os seus investimentos".
O governo alemão já admitiu que pode vir a avançar com um programa de estímulos à economia na ordem dos 50 mil milhões de euros. Ou seja, vai começar a abrir a torneira do muito dinheiro que tem vindo a amealhar.