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Sexta redução desde junho. BCE corta taxas de juro em 25 pontos

por RTP
Wolfgang Rattay - Reuters

O Banco Central Europeu operou esta quinta-feira um novo corte nas taxas de juro de referência em 25 pontos base. É a sexta redução desde junho de 2024. A instituição presidida por Christine Lagarde entende que o "processo desinflacionista está bem encaminhado".

"A inflação continuou a evoluir globalmente em consonância com as expectativas dos nossos especialistas e as projeções mais recentes estão em estreito alinhamento com as anteriores perspetivas de inflação", escreve o BCE em comunicado.

O Banco Central Europeu acrescenta que as perspetivas apontam para uma inflação global de 2,3 por cento em 2025, 1,9 no próximo ano e dois por cento em 2027.A taxa de inflação para 2025 é corrigida em alta por causa de "uma dinâmica mais forte dos preços dos produtos energéticos".


As taxas de juro aplicáveis à facilidade permanente de depósito, às operações principais de refinanciamento e à facilidade permanente de cedência de liquidez recuam em 2,50, 2,65 e 2,90 por cento, respetivamente.

Em conferência de imprensa, em Frankfurt, Christine Lagarde explicou que "esta revisão em alta da inflação para 2025 reflete uma dinâmica forte dos preços da energia".

Segundo a presidente do Banco Central Europeu, excluindo a energia e a alimentação, o BCE projeta 2,2 por cento de inflação em 2025, 2 por cento em 2026 e 1,9 por cento em 2027. A maior parte das medidas, continuou, sugerem que "a inflação irá estabilizar à volta dos 2 por cento, numa base sustentável".

Contudo, "a inflação doméstica mantém-se elevada, sobretudo devido aos salários e aos preços em certos setores e aos preços ainda se estarem a ajustar ao pico passado da inflação, com atraso".

A presidente do BCE adiantou também que o "crescimento dos salários está a estabilizar, como se esperava".

"Estamos determinados em assegurar que a inflação vai estabilizar de uma forma sustentável, na meta de 2 por cento para médio prazo", repetiu.
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Sobre o crescimento económico, "a economia da Zona Euro cresceu modestamente no quarto trimestre de 2024".

"A incerteza elevada, a nível interno como no estrangeiro, está a levantar algumas dificuldades à competitividade e às exportações", acrescentou, sublinhando que uma "subida nos rendimentos das famílias e um mercado de trabalho robusto contribuem para uma recuperação rápida do consumo".

Já a taxa de desemprego "manteve-se num baixo histórico de 6,2 por cento em janeiro". Mas a procura de mão-de-obra tem estado a aumentar.
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