Santander Totta recusa que tenha havido ajuda de Estado ao banco espanhol

por Lusa

Lisboa, 27 jan (Lusa) - O Santander Totta recusou hoje que tenha havido qualquer ajuda de Estado ao banco para a compra do Banif, sublinhando que se tal fosse proposto não teria avançado com a operação.

Manuel Preto, administrador do banco de capitais espanhóis, disse aos jornalistas na apresentação de resultados do Santander Totta de 2015 que a ajuda de Estado realizada na operação de venda do Banif foi feita anteriormente à compra por parte da instituição financeira.

"Aliás, a ajuda de Estado foi entendida pela Comissão Europeia como uma operação que existiu por acontecimentos que tiveram lugar na esfera do Banif e antes da aquisição pelo Santander Totta", explicou Manuel Preto.

O administrador fez questão de realçar que a aquisição do Banif pelo Santander Totta - em que pagou 150 milhões de euros pelo banco - "não tem, de acordo com a Comissão Europeia, implícita qualquer ajuda de Estado e por isso não oferece nenhuma restrição à atividade do Santander".

Para Manuel Preto, esta foi, aliás, "uma das condições impostas pelo Santander para realizar a operação", sendo que o banco "nunca esteve disponível para fazer qualquer operação que implicasse ajuda de Estado, como tem sido política habitual do banco há muitos anos".

No âmbito da venda ao Santander Totta, o Estado injetou no Banif 2.255 milhões de euros, dos quais 489 milhões pelo Fundo de Resolução e 1.766 milhões de forma direta.

O Banco Santander Totta aumentou os lucros em 50,9% em 2015 para 291,3 milhões de euros, anunciou a instituição financeira.

O presidente executivo do banco, António Vieira Monteiro, disse que os recursos de clientes aumentaram 4,2% em termos anuais, "com os depósitos a manterem uma evolução favorável subindo 7,3%".

O produto bancário ascendeu a 1.112 milhões de euros, representando um incremento de 14,9%, sendo que a margem financeira aumentou 1,8% para 556 milhões de euros.

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