Reino Unido vai gastar 100 milhões de euros em África e Médio Oriente para reduzir migração

por Lusa

O Reino Unido vai gastar 84 milhões de libras (100 milhões de euros) em projetos em África e no Médio Oriente para aliviar a crise migratória, anunciou hoje o primeiro-ministro, Keir Starmer. 

"Para acabar com a migração ilegal, temos também de a combater na origem", afirmou Starmer numa conferência de imprensa após a reunião da Comunidade Política Europeia (CPE), que decorreu hoje no Palácio de Blenheim, perto de Oxford. 

O montante inclui apoio humanitário e sanitário, formação de competências, ajuda com oportunidades de emprego e acesso à educação. 

"Trata-se de um elemento vital para fazer face à crise migratória", disse. 

No âmbito dos esforços para tentar desestabilizar os grupos organizados de tráfico de pessoas, Starmer adiantou que o Reino Unido vai aumentar a presenca britânica na Interpol, onde funciona o Centro Europeu de Luta contra o Tráfico de Migrantes. 

Revelou ainda novos acordos de cooperação com a Eslovénia e a Eslováquia e a intenção de trabalhar com a União Europeia (UE) para partilhar informações e dados.

O combate à imigração foi um dos temas principais desta quarta reunião da CPE, a par do apoio à Ucrânia na resistência à invasão russa e da segurança energética.

"Temos de ser claros: a Ucrânia está a lutar não só pelo povo ucraniano, embora o esteja, evidentemente, mas pelo povo europeu, pela liberdade, pela democracia e pelo Estado de direito, e a nossa segurança começa, portanto, na Ucrânia", enfatizou.

Starmer mostrou-se também determinado em aprofundar a cooperação nas áreas da defesa e segurança com a UE, reiterando uma mudança de atitude relativamente ao governo conservador anterior. 

"É com orgulho que saio desta cimeira com relações mais fortes em toda a Europa e que deixo a CPE também numa posição mais forte, com uma agenda clara para os próximos meses", congratulou-se. 

A reunião deste grupo juntou 47 líderes europeus, a maioria da UE, mas também de outros países, como a Albânia, Sérvia ou Azerbeijão. 

A próxima reunião terá lugar na Hungria este ano, seguida pela Albânia e Dinamarca em 2025.

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