Quatro consórcios apresentaram propostas para concessão, valores variam entre 385 e 446 ME
Lisboa, 28 Jul (Lusa) - Quatro consórcios apresentaram 16 propostas para a concessão Litoral Oeste, com valores de construção a variar entre 385 e 446 milhões de euros, disse hoje à agência Lusa o secretário de Estado das Obras Públicas.
A concessão Litoral Oeste irá permitir a ligação em auto-estrada entre a A1 e a A8 na zona de Leiria (IC36), integrando ainda o IC9 entre a Nazaré e Tomar e o IC2 e na zona da Batalha.
Esta concessão prevê a construção de 80 quilómetros de novas vias, a que corresponde um investimento de 260 milhões de euros.
"Apresentaram-se a concurso quatro consórcios de empresas, que agrupam 38 empresas", disse à agência Lusa o secretário de Estado das Obras Públicas, Paulo Campos, explicando que "entre finais de Agosto e início de Setembro serão escolhidas as duas melhores propostas, de modo a dar início à fase final de negociação".
O primeiro consórcio concorrente, Auto-Estradas XXI, integra a Soares da Costa Concessões, a FCC - Construcción, a Global Vía Infraestructuras, a Operália Infraestruturas, a Matinsa Matenimiento de Infraestructuras e a Ramalho Rosa Cobetar.
Grupo Rodoviário Litoral Oeste é o nome do segundo consórcio, que agrupa a Iridium, a Desarrollo de Concessiones Viárias Uno, a Dragados, a Edifer, a Tecnovia, a Conduril, enquanto o terceiro agrupamento de empresas, a AENOR - Auto Estradas Litoral Oeste, inclui a Mota-Engil, o Banco Espírito Santo (BES), a Esconcessões, a Opway a Monteadriano, a Sociedade de Construções H. Hagen, a Alberto Martins de Mesquita & Filhos, a Empresa de Construções Amândio de Carvalho e a Rosas Construtores.
A Brisa, a Auto-Estradas do Oeste, a SICAR, a Somague, a MSF, a Lena Concessões e Serviços e Engenharia e Construções e aNOVOPCA compõem o quarto consórcio, Auto Estradas Litoral Oeste (AELO).
Paulo Campos explicou que os troços que terão portagem "contribuirão com receitas que entrarão nos cofres da Estradas de Portugal".
Estas receitas serão de 110 milhões de euros, no caso da proposta apresentada pelo Grupo Rodoviário Litoral Oeste, e de cerca de 298 Milhões, de acordo com a proposta apresentada pelo consórcio Auto-Estradas XXI.
A data prevista para a conclusão da concessão é 30 de Junho de 2011.
Até ao momento, o Governo lançou nove concursos de um total de dez concessões rodoviárias, que serão desenvolvidas em regime de parceria público-privada pela Estradas de Portugal (EP).
Destas dez concessões, duas já foram adjudicadas: a Douro Litoral e o Túnel do Marão, a primeira à Brisa e a segunda à Somague.
Paulo Campos indicou que a Estradas de Portugal (EP) irá receber anualmente 6,9 milhões de euros pela concessão Douro Litoral e pagar 6,3 milhões de euros anuais à concessionária do Túnel do Marão.
As concessões Douro Interior, Auto-Estrada Transmontana, Baixo Tejo, Baixo Alentejo estão em fase de "short list", ou seja, já foram escolhidos os dois candidatos finais. E estão agora a decorrer as negociações.
Quatro consórcios apresentaram propostas para a concessão Algarve Litoral, que visa a recuperação da Estrada Nacional 125, com valores que oscilam entre os 294 e os 522 milhões de euros, enquanto para a concessão Auto-Estradas do Centro foram entregues 14 propostas, com valores entre os 998 e os 1.274 milhões de euros.
A concessão Pinhal Interior, cujo concurso foi lançado a 14 de Junho, deverá ser adjudicada em 2009, enquanto o concurso para a concessão Alto Alentejo deverá ser lançado em Outubro, indicou o secretário de Estado.
As dez concessões lançadas ou projectadas envolvem um total de 2.359 quilómetros, 135 quilómetros dois quais correspondem à requalificação de estradas já existentes, 908 quilómetros à conservação de outros troços que já fazem parte da Rede Rodoviária Nacional e 1. 316 quilómetros correspondem à construção de novas estradas.
Dos 612 quilómetros de vias com perfil de auto-estrada a construir, mais de dois terços (419 quilómetros) terão portagem.
"Com estas dez concessões rodoviárias estamos a contribuir para a promoção do desenvolvimento do país", afirmou Paulo Campos, sublinhando que "92 por cento das vias localizam-se no interior ou vão completar ligações entre o interior e o litoral do país".