A PSA arrisca multas da ordem dos cinco mil milhões de euros no dossier Dieselgate, por fraude agravada quanto às emissões de dióxido de azoto dos motores diesel dos seus carros.
Em reação através de um porta-voz, a construtora automóvel negou a utilização de quaisquer motores fraudulentos.
De acordo com o jornal, a soma da multa indicada corresponde a 10 por cento da média dos lucros obtidos pela PSA nos anos 2013, 2014 e 2015.
O documento resume as acusações contra a construtora automóvel e é o elemento principal do processo crime instaurado dia 7 de abril de 2017 por "fraude agravada".
O grupo PSA é suspeito de, tal como os seus concorrentes da Volkswagen, da Renault e da Fiat Chrysler, de ter manipulado os seus motores a gasóleo para que as emissões de dióxido de azoto fossem alteradas, tanto em testes de homologação como na condução real.
O inquérito foi confiado a três juízes do Tribunal de Grande Instância de Paris, especialistas na área de Saúde e, afirma o Le Monde, comprovou o número "importante de veículos" abrangidos por esta "fraude de quantidades substanciais de mercadoria e dos controlos efetuados".
De acordo com o texto da DGCCRF , "pelo menos 1 914 965 carros a gasóleo de geração Euro 5 - norma em vigor ate 2015 - nos quais o motor funciona de acordo com as estratégias fraudulentas, objeto do presente documento", foram vendidos em França entre 1 de setembro de de 2009 e 1 de setembro de 2015.
O que corresponde a um "montante mínimo" de "33,86 mil milhões de euros" refere o jornal, sublinhando que, a confirmarem-se os números, o PSA terá por exemplo colocado no mercado mais do dobro dos veículos fraudulentos da Volkswagen.
A construtora alemã terá comercializado 946 097 veículos obtendo lucros de 22,78 mil milhões de euros.