PSD marca debate parlamentar sobre economia e emprego para quinta-feira

por Lusa

Lisboa, 05 mar (Lusa) -- O PSD escolheu os temas da economia e do emprego para um debate parlamentar que o partido agendou para quinta-feira, disse hoje à Lusa fonte social-democrata.

Este será o primeiro agendamento potestativo -- direito de um partido fixar a ordem do dia no parlamento - da nova direção da bancada social-democrata liderada por Fernando Negrão e sob a presidência de Rui Rio.

Na passada quinta-feira, durante uma visita à Bolsa de Turismo de Lisboa, o presidente do PSD considerou que "a economia não está a correr tão bem assim" e "já está a definhar", mas defendeu que "há oposição para lá da economia" porque há outras áreas em Portugal com problemas.

"É verdade que é sempre mais fácil fazer oposição quando a economia corre mal do que quando a economia não corre mal, mas em primeiro lugar a economia não está a correr tão bem assim e há oposição para lá da economia, há vida para lá da economia, há país para lá da economia", respondeu aos jornalistas Rui Rio, nessa ocasião.

Na passada quarta-feira, o Instituto Nacional de Estatística (INE) confirmou que a economia portuguesa cresceu 2,7% em 2017 e aproxima-se do valor que tinha em 2010, tendo ainda revisto em baixa a taxa de desemprego de dezembro para os 8,0%.

Questionado na visita à BTL se não partilha do otimismo do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, que considerou "muito boas notícias" estes dados do INE, Rui Rio respondeu que "obviamente é preferível que os dados sejam bons que os dados sejam maus".

"Mas eu não vou deixar de conseguir fazer oposição porque há alguns indicadores que estão bons. Na saúde está bem tudo? Na educação está tudo bem? Na política florestal está tudo bem? Não está e sabemos que não está, portanto, não vamos olhar só para a economia apesar de eu ser economista e até ter tendência para isso", afirmou.

No debate de quinta-feira, caberá ao PSD fazer a abertura e o encerramento de uma discussão com tempos totais previstos de cerca de duas horas.

Num agendamento potestativo, caso o partido proponente apresente iniciativas legislativas o regimento da Assembleia da República prevê que estas sejam votadas no próprio dia.

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