O gestor António Costa Silva vai presidir à Comissão Nacional de Acompanhamento do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), anunciou hoje, em Coimbra, o primeiro-ministro, António Costa.
"No modelo de governação, que está neste momento desenhado, convidámos para presidente da Comissão de Acompanhamento o professor António Costa Silva", afirmou o primeiro-ministro, durante a apresentação do PRR, que decorreu hoje à tarde no Convento São Francisco, em Coimbra.
O professor universitário e gestor da petrolífera Partex foi escolhido por António Costa para preparar o programa de recuperação económica e social do país até 2030.
"Esta comissão tem uma dupla natureza. Tem por um lado uma natureza de representação institucional, os membros não governamentais do Conselho de Coesão Territorial, como os autarcas, os presidentes dos governos regionais, os presidentes das CCDR [Comissões de Coordenação e Desenvolvimento Regional], a representação do Conselho de Reitores, do Conselho Superior de Institutos Politécnicos, várias representação institucional e tem também um conjunto de dez personalidades que procurarão representar de alguma forma as diferentes áreas fundamentais e diferentes dimensões de Programa de Recuperação e Resiliência", salientou António Costa.
Antes da cerimónia em Coimbra, o ministro do Planeamento, Nelson de Souza, referiu que o membro da comissão diretiva do Programa Compete Fernando Alfaiate vai presidir à estrutura de missão "Recuperar Portugal", responsável pela coordenação técnica e monitorização do PRR.
Durante a sua intervenção, o primeiro-ministro destacou a importância de diferentes parceiros na execução do PRR, apontando para as autarquias, as empresas, as instituições da economia social e solidária assim como os centros de investigação e instituições do ensino superior.
António Costa afirmou também que espera que na última reunião do Ecofin (Conselho de ministros das Finanças) durante a presidência portuguesa do Conselho da União Europeia, a 21 de junho, sejam aprovados os primeiros planos de recuperação e resiliência.
"Temos muita vontade que esteja também nesses planos o plano de Portugal", salientou.
"Passemos agora o testemunho deste lado para esse lado, por forma a que se comecem a desenhar os projetos concretos, nas autarquias, nas regiões autónomas, nas instituições de ensino superior, nos centros de produção de conhecimento, nas empresas, para que assim que o plano esteja disponível possamos começar a executá-lo o mais rapidamente possível", frisou.