Promessa do PS, o fim das portagens nas antigas SCUT do Interior e Algarve, pode custar 113 milhões de euros
Foto: Antena1
O anúncio foi feito pelo PS, mas o valor certo do impacto financeiro não era conhecido.
Execução do Ferrovia2020 está nos 90 por cento
Nesta entrevista, o presidente da IP revela que o Ferrovia 2020 terminou o ano de 2023 com uma execução de 90 por cento e garantiu que não foram perdidas verbas comunitárias. As obras na linha da Beira Alta e no Corredor Internacional Sul, vão ficar concluídas este ano. Seguem-se os períodos de ensaio para estar a funcionar em 2025. Nessa data, em 2025, todos os projetos do Ferrovia 2020 serão concluídos.
Já em relação ao PRR, Miguel Cruz garantiu que estão a ser cumpridos todos os marcos e metas temporais. Há 1 empreitada em curso e 9 em contratação. Do total de 300 milhões de euros previstos já receberam 114 milhões e em 2024 esperam executar 140 milhões. Há 6 em fase de projeto sendo que no início de abril haverá mais 82 milhões de euros em concurso.
Miguel Cruz anunciou que esta semana foi adjudicada a variante de Aljustrel, e o troço Vinhais/Bragança de requalificação da nacional 103. No princípio de abril será lançada a variante nascente de Évora e, em relação à variante de Olhão, o contrato deverá ser assinado no primeiro trimestre. Todos os concursos lançados no PRR foram ganhos por empresas portuguesas. No total, a IP tem 463 milhões de euros para 27 projetos de rodovia e 49 milhões para obras ferroviárias.
Expropriações para Alta Velocidade não custam mais que 250 milhões de euros
A nova estimativa do valor a pagar em expropriações pela construção da linha de alta velocidade não deverá ultrapassar os 250 milhões de euros. Revelação feita nesta entrevista à Antena1 e ao Jornal de Negócios por Miguel Cruz.
Já relativamente ao financiamento comunitário, adianta que os 729 milhões reservados para Portugal no âmbito do envelope CEF Coesão, mais os 146 milhões a que, entretanto, se candidataram, referem-se apenas aos troços Porto/Oiã e Oiã/Soure. À medida que o processo for avançando, Portugal vai continuar a apresentar candidaturas "porque isso significa menos custo para o Estado", tentando para cada uma das fases obter financiamento idêntico. Para além disso, Portugal conta ainda com a disponibilidade do BEI, sendo que este recurso só vai acontecer se for também essa a vontade do consórcio que vier a ganhar as concessões.
Quanto ao concurso para a primeira PPP prevista do troço Porto/Sor, Miguel Cruz adianta que tem existido muito interesse e não só de empresas espanholas. O concurso para a segunda PPP só será lançado no segundo semestre quando o primeiro estiver concluído. Para já, estão previstas apenas três PPP - duas para Porto/Sor, a terceira para Sor/Carregado. A quarta – Carregado/Lisboa - só será decidida posteriormente. Sobre o modelo PPP, Miguel Cruz garante que é o mais adequado para os objetivos e para cumprir os prazos. Assegura que se trata de um processo transparente e um modelo que foi trabalhado e aprofundado, não havendo "razoes para ter preocupações sobre o impacto".
Quanto ao futuro, o presidente da IP não tem dúvida que a rede de alta velocidade deve crescer na ligação a Espanha.
Entrevista conduzida por Rosário Lira (Antena1) e Maria Joao Babo (Jornal de Negócios).