Programa da UE para apoiar países parceiros já mobilizou 36 mil ME

por Lusa

O pacote de apoios criado pela União Europeia para ajudar países parceiros mais desfavorecidos no combate ao impacto socioeconómico da pandemia da covid-19 já mobilizou perto de 36 mil milhões de euros, anunciou hoje o Conselho.

Numa reunião informal realizada hoje por videoconferência, os ministros responsáveis pelo Desenvolvimento dos 27 discutiram os progressos feitos na implementação do chamado `pacote Equipa Europa`, lançado em abril, saudando o anúncio de que o mesmo atingiu já um montante de cerca de 36 mil milhões de euros, que inclui contribuições da Comissão Europeia, Estados-membros, Banco Europeu de Investimento e Banco Europeu para a Reconstrução e Desenvolvimento.

Estes recursos, aponta o Conselho da União Europeia numa nota publicada após a reunião, "será utilizado para fornecer apoio aos países parceiros da UE para enfrentar a pandemia, com um enfoque específico no reforço dos sistemas de saúde, para facilitar a recuperação socioeconómica, assegurar o fluxo de bens e investir na investigação de tratamentos e vacinas".

Os apoios serão distribuídos entre países parceiros por todo o globo, mas a UE concentrar-se-á nos países mais vulneráveis do continente africano, sendo também dirigida assistência aos países da vizinhança, Balcãs Ocidentais, Médio Oriente e partes da Ásia e do Pacífico, da América Latina e das Caraíbas.

"A União Europeia demonstra seu papel de liderança, trazendo soluções globais para a crise do coronavírus. Nós estamos presentes para os nossos parceiros. Agora é o momento de entregar rapidamente o pacote `Equipa Europa`", comentou o Alto Representante da UE para a Política Externa, Josep Borrell.

Antes da discussão a 27, o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Ghebreyesus, informou os ministros europeus sobre os esforços desenvolvidos pela organização durante a pandemia da covid-19 para assegurar uma coordenação global e garantir assistência aos países mais vulneráveis.

Transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China, a covid-19 já provocou mais de 403 mil mortos e infetou mais de sete milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo o balanço feito pela agência francesa AFP.

Depois de a Europa ter sucedido à China como centro da pandemia em fevereiro, o continente americano passou a ser o que tem mais casos confirmados, embora com menos mortes.

Em África, há 5.175 mortos confirmados em mais de 189 mil infetados em 54 países, segundo as estatísticas mais recentes sobre a pandemia naquele continente.

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