Produção petrolífera diária da Guiné Equatorial cresce para 107 mil barris em março

por Lusa

A produção petrolífera diária na Guiné Equatorial cresceu em março para 107 mil barris, cerca de mais quatro mil barris por dia face ao mês anterior, segundo os dados divulgados hoje pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP).

O mais recente relatório mensal da OPEP, baseado em fontes secundárias da organização, mostra que a produção petrolífera equato-guineense recuperou depois de uma quebra de 12 mil barris por dia em fevereiro.

Em janeiro, a contagem da OPEP assinalou 115 mil barris diários, sendo que esta produção viria a baixar no mês seguinte, para cerca de 103 mil barris por dia.

A Guiné Equatorial mantém-se assim como o país entre os 13 membros da OPEP com menor produção petrolífera.

Entre os menores produtores da OPEP estão também Gabão (182 mil barris por dia), República do Congo (271 mil barris) e Venezuela (525 mil barris).

O relatório da OPEP conta também com dados de "comunicações diretas" pela Guiné Equatorial, que apontam para uma manutenção na produção petrolífera diária, que assim continua nos 103 mil barris por dia.

Nos últimos 20 anos, a exploração dos recursos petrolíferos foi o principal pilar para o crescimento desta economia.

Para evitar uma dependência elevada da exploração do petróleo, o Banco Africano de Desenvolvimento (BAD) comprometeu-se, em setembro do ano passado, a apoiar a diversificação económica no país, através de um programa que incidirá, entre outros, sobre a transformação agrícola.

De acordo com dados do BAD, a queda do preço do petróleo afetou os investimentos públicos, que em 2017 representaram 17,2% do Produto Interno Bruto (PIB) da Guiné Equatorial, diminuindo face aos 24,6% registados em 2013.

Devido às consequências da pandemia de covid-19, com o impacto na economia e a diminuição do consumo, o Comité Técnico Conjunto da OPEP recomendou vários cortes na produção de petróleo.

A pandemia atingiu a procura de petróleo devido ao abrandamento económico global, com restrições à circulação, o teletrabalho e a redução das viagens a provocarem a queda do consumo de energia.

A OPEP existe desde 15 setembro de 1960 e integra a Argélia, Angola, Guiné Equatorial, Gabão, Irão, Iraque, Koweit, Líbia, Nigéria, República do Congo, Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos e Venezuela.

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