O primeiro-ministro, José Sócrates, afirmou que o caso da alegada fraude envolvendo as empresas Afinsa e Fórum Filatélico está a ser acompanhado com preocupação e que a investigação está a seguir o seu curso.
José Sócrates, que falava no final da Cimeira UE/América Latina, em Viena, disse que "o que está a ser feito é a acompanhar com preocupação o caso e a prosseguir a investigação".
As duas empresas espanholas especializadas em filatelia e cinco dos seus dirigentes foram acusadas de fraude, falsificação de documentos, insolvência punível, administração desleal e branqueamento de capitais, depois de uma investigação que culminou na detenção de nove pessoas, entre elas o presidente da Afinsa, o luso-espanhol Albertino de Figueiredo.
A alegada fraude, que poderá afectar mais de 350 mil investidores em Espanha e mais de 12 mil em Portugal, envolve a captação de investimentos tendo como activo subjacente colecções de selos e, segundo fontes judiciais, poderá atingir mais de 4.000 milhões de euros.
"O que deve ser feito neste momento é investigar o que se passou e punir quem é responsável por não ter cumprido algum aspecto legal", "se houver razões para isso", disse José Sócrates.
"É isso que deve ser feito e é isso que está a ser feito em Portugal", afirmou.
Tanto a Afinsa, fundada em Madrid por Albertino de Figueiredo, como a Fórum Filatélico actuam também em Portugal.