Presidente desaconselha "solução de recurso" na aprovação do OE2020

por Lusa
Marcelo Rebelo de Sousa visitou dia 22 de dezembro as tropas portuguesas estacionadas no aeroporto de Cabul ao serviço da NATO Lusa

O Presidente da República afirmou este domingo preferir que o Orçamento do Estado de 2020, do Governo PS, seja aprovado pela esquerda, em vez de uma "solução de recurso" de negociação "aqui e acolá", do tipo orçamento limiano.

"Começar uma legislatura com uma hipótese de recurso é começar uma legislatura de uma forma fraca", afirmou à Lusa Marcelo Rebelo de Sousa, à margem de uma visita, hoje, às tropas portuguesas numa missão da NATO em Cabul, Afeganistão, referindo-se implicitamente a uma eventual aprovação do orçamento com os votos dos deputados do PSD/Madeira, PAN e Livre.

Para o Presidente, "o que é natural é que sejam as forças que têm maioria numérica no parlamento e que estiveram na base do apoio do Governo anterior" a viabilizar o próximo Orçamento do Estado, que tem prevista a primeira votação, na generalidade, em janeiro e a final global em fevereiro.

Uma solução de viabilização do Orçamento com PS e partidos de esquerda, que estiveram na base da estabilidade do anterior Governo socialista (2015-2019) seria, afirmou, "mais estável, no começo de legislatura, do que uma solução negociada aqui e acolá".

"Isso daria, no início de legislatura, uma maior força" do que "uma solução negociada aqui e acolá", reforçou.

Cenários desse tipo são mais próprios de um final de mandato.

Marcelo deu o exemplo de quando era "líder da oposição", como presidente do PSD, e viabilizou três orçamentos ao executivo socialista, sendo um quarto aprovado com uma "solução de emergência", ou seja, o deputado do CDS Daniel Campelo, em 2001.

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