Presidente de Taiwan diz que orçamento da Defesa vai ultrapassar 3% do PIB
O presidente taiwanês, William Lai Ching-te, afirmou que o orçamento de Defesa ultrapassará 3% do Produto Interno Bruto (PIB), à medida que o país reforça as forças armadas face à crescente ameaça da China.
William Lai disse na quinta-feira estar determinado a garantir que o investimento na Defesa exceda 3% do PIB.
"Ao mesmo tempo, continuaremos a reformar a defesa nacional", acrescentou, num discurso proferido na Câmara de Comércio Norte-Americana.
Além de equipamentos mais modernos - muitos deles adquiridos aos Estados Unidos -, as forças armadas têm pedido fundos para reter mais militares com salários mais elevados e para alargar o serviço nacional obrigatório, de quatro meses para um ano.
Os comentários de Lai foram a mais recente garantia aos críticos, norte-americanos e domésticos, que dizem que Taiwan não está a gastar o suficiente na defesa.
A ilha, que depende dos Estados Unidos para grande parte do armamento avançado, gasta atualmente cerca de 2,45% do PIB nas forças armadas.
O presidente norte-americano, Donald Trump, exigiu que Taiwan aumentasse as despesas com a defesa até 10% do PIB, uma proporção muito acima do que os EUA ou qualquer um dos seus principais aliados gastam, de forma a dissuadir a China.
Lai disse que Taiwan planeia "avançar a (...) cooperação com os Estados Unidos e outras democracias na manutenção da estabilidade e prosperidade regionais".
Na segunda-feira, pelo menos 59 aviões de combate chineses sobrevoaram Taiwan, o número mais elevado desde outubro.
O Governo chinês afirmou que esta atividade militar era uma "punição firme" contra o líder taiwanês, após William Lai ter classificado Pequim como uma "força estrangeira hostil".