Presidente da Comissão de Agricultura solidário com petição por mais verbas para setor
Redação, 15 jan (Lusa) -- O presidente da Comissão Parlamentar de Agricultura e Mar afirmou hoje partilhar da "preocupação expressa" na petição pública lançada quarta-feira onde são defendidas mais verbas para o setor.
"Partilho da preocupação expressa na petição pública, dado que ela nos merece a maior atenção [e] tendo em vista o objetivo que preconiza, nomeadamente o apoio aos agricultores", afirmou à Lusa o deputado Joaquim Barreto.
O consultor e engenheiro agrónomo José Martino lançou na quarta-feira uma petição pública onde apelava ao ministro das Finanças que canalize para a agricultura os fundos necessários a uma maior dinâmica do Programa de Desenvolvimento Rural (PDR) 2020.
Contactado hoje pela Lusa, o presidente da Comissão Parlamentar de Agricultura, disse também estar "sensível àquilo que são os problemas e necessidades dos nossos agricultores, concretamente os recursos necessários ao desenvolvimento".
"Devemos todos procurar que a agricultura tenha os meios necessários para se desenvolver e modernizar", sublinhou o socialista Joaquim Barreto que disse que tudo fará "para procurar ajudar nas necessidades da agricultura, um pilar fundamental da economia portuguesa".
Na petição, que hoje pelas 18:00 contava com 626 assinaturas, é pedido ao ministro das Finanças "que canalize para o Ministério da Agricultura os fundos financeiros necessários para promover uma maior dinâmica e operacionalidade ao PDR 2020".
O promotor da petição pede ainda que "a Comissão Parlamentar de Agricultura e Mar aprove com caráter de urgência uma resolução recomendando ao governo para colocar no Orçamento de Estado para 2016 o montante necessário para a contrapartida nacional das ajudas europeias consignadas no PDR 2020".
José Martino, que disse ter enviado a petição para a Assembleia da República, teme que o Orçamento do Estado para 2016 não contemple as verbas necessárias para que a agricultura possa receber os fundos de Bruxelas e que se assista a um "corte cego das finanças" sobre o setor.
"Se me enviarem a petição, apresentarei aos membros da comissão para decidirem", respondeu o presidente da comissão parlamentar, lembrando que a decisão de ouvir ou não o responsável pela petição te, de ser tomara em conjunto.
O promotor da petição, publicada numa plataforma online, espera que o documento reúna as quatro mil assinaturas necessárias para levar ao debate na Assembleia da República.