Preços dos serviços dos CTT vão aumentar 4,5 por cento

por RTP
Hugo Correia - Reuters

Os preços cobrados pelos CTT vão sofrer um agravamento médio de 4,5 por cento. É o aumento máximo permitido. A empresa garante que a atualização está de acordo com os critérios definidos pela Anacom, o regulador do setor das comunicações. Os novos valores entram em vigor no próximo dia 2 de abril.

“Sim, os CTT aplicaram a atualização máxima, sendo essa atualização prevista com base na formula de price cap (preço máximo) definida pela Anacom”, confirmou fonte da empresa liderara por Francisco Lacerda ao jornal Público.

Segundo os parâmetros que foram fixados pela Anacom para o período entre 2015 e 2017 (mas que ainda inclui este ano), a variação máxima dos preços regulados do cabaz de serviços de correspondência, correio editorial e encomendas, que compõem o serviço universal, não pode ultrapassar os 4,5 por cento.

Em 2017, os aumentos dos serviços dos CTT não passaram os 2,4 por cento. Este ano a empresa decidiu subir para o máximo os serviços como o correio normal, correio registado, correio azul e encomendas postais até 10 quilos.
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Com os novos preços, o selo para uma carta até 20 gramas sobe de 0,50 para 0,53 euros, o correio azul sobe dos 0,61 para os 0,65 euros e enviar uma carta registada passa a custar 1,65 cêntimos, mais dez cêntimos.

Relativamente a outros serviços postais, como o envio de citações e notificações postais de entidades do Estado, a subida será de 4,1 por cento. O correio em quantidade, sujeito a preços especiais, não vai sofrer qualquer aumento. Este aumento dos preços surge despois do encerramento de vários postos de correios e a saída negociada de 200 trabalhadores, estando prevista a saída de mais 800 nos próximos anos.

Em novembro do ano passado, a Anacom confirmou que os CTT não cumpriram o valor mínimo fixado para o indicador do correio normal não entregue em 15 dias úteis e determinou a aplicação do mecanismo de compensação e uma dedução, aplicada até 31 de dezembro de 2017.

Os CTT registaram em 2017, uma quebra histórica nos lucros, superior a 50 por cento. No entanto, a empresa vai distribuir pelos acionistas, em maio de 2018, dividendos que representam mais do dobro do lucro do ano passado.
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