Os preços cobrados pelos CTT vão sofrer um agravamento médio de 4,5 por cento. É o aumento máximo permitido. A empresa garante que a atualização está de acordo com os critérios definidos pela Anacom, o regulador do setor das comunicações. Os novos valores entram em vigor no próximo dia 2 de abril.
Segundo os parâmetros que foram fixados pela Anacom para o período entre 2015 e 2017 (mas que ainda inclui este ano), a variação máxima dos preços regulados do cabaz de serviços de correspondência, correio editorial e encomendas, que compõem o serviço universal, não pode ultrapassar os 4,5 por cento.
Em 2017, os aumentos dos serviços dos CTT não passaram os 2,4 por cento. Este ano a empresa decidiu subir para o máximo os serviços como o correio normal, correio registado, correio azul e encomendas postais até 10 quilos.
Com os novos preços, o selo para uma carta até 20 gramas sobe de 0,50 para 0,53 euros, o correio azul sobe dos 0,61 para os 0,65 euros e enviar uma carta registada passa a custar 1,65 cêntimos, mais dez cêntimos.
Relativamente a outros serviços postais, como o envio de citações e notificações postais de entidades do Estado, a subida será de 4,1 por cento. O correio em quantidade, sujeito a preços especiais, não vai sofrer qualquer aumento. Este aumento dos preços surge despois do encerramento de vários postos de correios e a saída negociada de 200 trabalhadores, estando prevista a saída de mais 800 nos próximos anos.
Em novembro do ano passado, a Anacom confirmou que os CTT não cumpriram o valor mínimo fixado para o indicador do correio normal não entregue em 15 dias úteis e determinou a aplicação do mecanismo de compensação e uma dedução, aplicada até 31 de dezembro de 2017.
Os CTT registaram em 2017, uma quebra histórica nos lucros, superior a 50 por cento. No entanto, a empresa vai distribuir pelos acionistas, em maio de 2018, dividendos que representam mais do dobro do lucro do ano passado.