A poupança dos particulares - famílias e instituições sem fins lucrativos - desceu para um terço do valor registado em 1978. Estava, em 2018, nos 6,5%, quando há 41 anos os portugueses poupavam 21,2%. São dados avançados pela Pordata quando se celebra o Dia Mundial da Poupança.
O valor provisório para a taxa de poupança em 2018 é de 6,5%, abaixo dos 6,6% registados em 2017, e longe dos 16,5% verificados em 1988.
Antena 1
Já face à taxa de poupança de 21,2%, registada em 1978, a taxa atual corresponde a menos de um terço do nível verificado há 41 anos.
Também a poupança dos particulares em percentagem do Produto Interno Bruto (PIB) se situou, em 2018, num "valor muito inferior ao observado nos anos 70, em que chegou aos 24% em 1972 - o valor mais elevado desde 1960", diz a Pordata.
No ano passado, a taxa de poupança provisória é de 4,5% do PIB, mais de cinco vezes abaixo do nível de 1972.
Portugal em relação à Europa
Portugal ocupa a décima sétima posição entre 26 países do 'ranking' da Pordata sobre a poupança das famílias em percentagem do PIB, tendo em consideração dados de 2017.
"A poupança das famílias em Portugal em percentagem do PIB (3,4% em 2017) é muito inferior à de países como a Alemanha, Suécia, França e Luxemburgo, onde esse valor varia entre os 8,6% e os 10,8%", refere a Pordata.
Ainda de acordo com a Pordata, em 2017 cerca de 37% da população em Portugal era incapaz de fazer face a despesas inesperadas, por comparação com a média da União Europeia a 28, de perto de 34%.
A Fundação adianta que para este indicador (capacidade para assegurar o pagamento de despesas inesperadas) é considerada uma despesa próxima do valor mensal do limiar de pobreza e o pagamento sem recurso a empréstimo.
C/ Lusa