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Portugal vai propor uma cimeira entre União Europeia e o Brasil

por Agência LUSA

Portugal vai propor, durante a presidência rotativa da União Europeia (UE), no segundo semestre deste ano, a realização de uma cimeira entre o bloco europeu e o Brasil, anunciou hoje o embaixador português.

O embaixador de Portugal no Brasil, Francisco Seixas da Costa, avançou que o objectivo da cimeira será oferecer ao Brasil o mesmo estatuto de parceria estratégica que a UE mantém actualmente com os Estados Unidos, Canadá, China, Rússia, Japão e Índia.

"Portugal vai, durante a sua presidência, muito provavelmente, diria que com 85 por cento de hipótese, fazer uma cimeira entre UE e o Brasil que consagre definitivamente o conceito de parceria estratégica", afirmou.

"Isso é muito importante para o relacionamento bilateral, naturalmente porque Portugal estimula os seus amigos europeus, mas é muito importante para o Brasil e o seu relacionamento futuro com a UE", salientou.

Em entrevista à Rede Bandeirantes de Televisão, a quarta maior emissora privada brasileira, Francisco Seixas da Costa disse ainda que o aprofundamento das relações entre o Brasil e a UE é "fundamental para os dois lados".

O diplomata salientou que as relações comerciais entre o Mercosul, o bloco económico dos países do Cone Sul, e a UE vivem actualmente um momento de "pausa", aguardando os desenvolvimentos da Ronda de Doha, da Organização Mundial do Comércio (OMC).

"Enquanto as esperanças desse acordo (da Ronda de Doha) não forem completamente desvanecidas, o acordo entre a UE e o Mercosul não vai evoluir muito", salientou o embaixador.

"Há problemas do lado europeu, não vale a pena escondê-los, nomeadamente no caso dos produtos agrícolas, e da parte do Mercosul há tendências de natureza proteccionista em termos de serviços e industriais", disse.

"A acumulação dessas dificuldades que tem dado origem a esse impasse. Pode ser que durante o ano de 2007 nós tenhamos novidades", sublinhou.

O embaixador de Portugal referiu-se igualmente às comemorações conjuntas dos 200 anos da chegada de D. João VI ao Brasil, que vão ser assinalados em 2008.

"O trazer para aqui de uma massa crítica da mais diversa natureza, científica, económica e intelectual, no fundo acabou por ser o caldo de cultura que acelerou a independência do Brasil", afirmou.

"Estamos hoje com uma suficiência distância história para analisar essas questões com calma, distensão e sem qualquer tipo de complexos e a historiografia brasileira ajudou-nos muito nesse aspecto", afirmou.

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