A polícia anunciou hoje que um dos seus efetivos morreu durante confrontos com os manifestantes na cidade de Kermanshah, no noroeste do Irão, no contexto dos motins que irromperam após o aumento do preço da gasolina.
O oficial morreu "em conflitos com os desordeiros", indicou a polícia local, citada pela agencia ISNA, sem especificar se os distúrbios aconteceram durante a noite ou o dia de hoje.
As autoridades não divulgaram o número de vitimas mortais. Até ao momento foi confirmada apenas a morte de um manifestante na cidade de Sirjan, além do polícia, mas a própria televisão estatal fala em "vários mortos".
O Ministério da Inteligência e da Segurança Nacional declarou ter identificado "os principais autores" dos tumultos no país e prometeu atuar com determinação para enfrentar os distúrbios.
Em comunicado, o ministério afirma que é seu dever "atuar contra os bandidos" e que o fará de forma "determinada diante de qualquer fator que perturbe a segurança e a paz da nação honrada".
Outros responsáveis acusaram diretamente partidos estrangeiros e "antirrevolucionários" de instigar os motins que resultaram em numerosos protestos em todo o país.
Enquanto isso, para evitar a organização de protestos e a circulação de imagens dos mesmos, as autoridades cortaram o acesso à internet.
Na sexta-feira, o custo da gasolina passou de 10 mil riales por litro (0,10 dólares) a 30 mil (0,30 dólares), embora cada condutor tenha direito a 60 litros mensais, a um preço de 15 mil riales por litro.