As autoridades petrolíferas timorenses e a petrolífera australiana Carnarvon Petroleum estão em conversações para um contrato de partilha de produção no campo Buffalo no Mar de Timor, disseram à Lusa fontes do setor.
As fontes explicaram que as conversações estão "a decorrer muito bem", escusando-se porém a avançar um calendário para a conclusão do novo contrato de partilha de produção.
A Carnarvon Petroleum tem previsto um plano para um novo desenvolvimento do campo com base numa plataforma ligada a uma estrutura flutuante de produção, armazenamento e transporte.
Recorde-se que a Carnarvon Petroleum anunciou em junho de 2016 a compra da licença para a zona WA523 no Mar de Timor, onde está localizado o campo petrolífero Buffalo, abandonado desde 2004, por considerar ainda haver potencial de exploração.
A empresa estima, depois de análises preliminares, que três poços de produção poderiam produzir cerca de 31 milhões de barris de petróleo ao longo de um período de cinco anos.
Os custos de capital poderiam rondar os 150 milhões de dólares, e o gasto operacional total ao longo dos cinco anos seria de entre 400 e 500 milhões de dólares.
A empresa explicou que quer avançar com alguma atividade de perfuração já no próximo ano - um poço de exploração chamado Buffalo East-1 e até dois poços de avaliação Buffalo East-2 e 3 ¬, sendo necessário um contrato de partilha de produção com Timor-Leste. acontecer.
"Hoje acreditamos que podemos reconstruir o campo para chegar os 4.000 barris de petróleo por dia e aumentar até esse número", disse Adrian Cook, presidente executivo da Carnarvon.
A empresa está a estudar a possibilidade de envolver um parceiro de financiamento para o projeto.
Outrora na Área Conjunta de Desenvolvimento Petrolífero (ACDP), abrangida pelos acordos temporários entre Timor-Leste e a Austrália, o campo está, desde a assinatura em março do novo tratado de fronteiras permanentes, em águas timoroenses.
Em produção entre 1999 e 2004, o campo petrolífero Buffalo foi descoberto pela BHP Petroleum em 1996 e está localizado a cerca de 12 quilómetros do lucrativo campo Laminaria.
Foi explorado com uma plataforma fixa, produção flutuante e produziu mais de 31 milhões de barris de crude.
