Os incêndios que ocorreram em várias regiões do Brasil, entre junho e agosto, causaram perdas quantificadas pela associação empresarial do setor agropecuário em 14,762 mil milhões de reais [2,4 mil milhões de euros], que divulgou as suas estimativas na quinta-feira.
A informação da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) detalha que 2,8 milhões de hectares de propriedades rurais foram afetadas pelas chamas neste período, considerando apenas as atividades do gado vacum e da cana-de-açúcar".
Os Estados mais afetados por São Paulo, Mato Grosso, Pará e Mato Grosso do Sul.
Nos três últimos está o Pantanal, a maior zona húmida do planeta, que o Brasil divide com Bolívia e Paraguai.
As chamas propagaram-se rapidamente nestas zonas também em consequência da seca extrema que o Brasil está a sofrer, a pior desde 1950.
Na Amazónia, a maior floresta tropical do planeta, a crise hídrica deixou vários rios nos seus níveis mais baixos de sempre e isolou dezenas de comunidades rurais que dependem do transporte fluvial.
O governo brasileiro suspeita que a grande maioria dos incêndios é provocada por ação humana, com a ministra do Ambiente, Marina Silva, a falar em "terrorismo climático".
O governo recorreu a três ramos das forças armadas -- Exército, Marinha e Força Aérea -- para combater os incêndios florestais na Amazónia.