Pedro Nuno Santos nega ter dado orientações para compra de ações de CTT

por RTP
Foto: João Marques - RTP

O secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, negou esta quarta-feira ter dado orientações ao Ministério das Finanças ou à Parpública para a compra de ações dos CTT, enquanto ministro das Infraestruturas.

"Eu tutelava a pasta, mas não sou eu que dou orientações ao ministro das Finanças e à Parpública", afirmou Pedro Nuno Santos.

O atual secretário-geral do PS era na altura ministro das Infraestruturas, com a tutela dos correios."Não há orientação do Ministério das Infraestruturas nem do ministro das Infraestruturas", acrescentou o secretário-geral do PS em declarações aos jornalistas à saída do plenário, na Assembleia da República.

O líder do PS salientou que "tem de ser o Governo a dar esclarecimentos, não eu".


Na terça-feira, o Jornal Económico noticiou que o anterior Governo instruiu a Parpública a comprar ações dos CTT através de um despacho do então ministro das Finanças, João Leão, sem que essa informação tenha sido divulgada.

Essa compra terá tido lugar "após exigências do Bloco de Esquerda para aprovar o Orçamento do Estado para 2021".

A Parpública comprou cerca de 0,25 por cento dos CTT em 2021 por ordem do Ministério das Finanças, mas a operação nunca foi comunicada ao mercado nem referida nos relatórios anuais.

A atual coordenadora do Bloco de Esquerda, Mariana Mortágua, e o líder parlamentar do partido, Pedro Filipe Soares, já vieram negar ter tido conhecimento dessa compra de ações. Negam também ter feito qualquer negociação com o Governo da altura nesse sentido.

PSD, Chega e Iniciativa Liberal exigiram hoje explicações de Pedro Nuno Santos sobre a compra de ações dos CTT pela Parpública.

(com Lusa)
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