O secretário-geral do PCP afirmou hoje que o partido não vai desistir da constituição de uma comissão parlamentar de inquérito à privatização da ANA, em 2013, e considerou "urgente para já" a venda da TAP.
No discurso no tradicional comício na Festa do Avante!, Paulo Raimundo abordou o relatório da Inspeção-Geral das Finanças (IGF) sobre a privatização da TAP em 2015 para salientar que o documento confirmou "o que o PCP sempre disse".
"A TAP foi comprada com o dinheiro da própria TAP num negócio que podia e devia ter sido apurado até ao fundo da comissão parlamentar de inquérito, como propôs o PCP, não fosse a recusa de outros, incluindo PS e BE", referiu.
Para Paulo Raimundo, o relatório veio mostrar que a venda de capital da TAP em 2015 foi "mais um crime económico e político que torna evidente a urgência de parar já a nova privatização em curso, garantindo uma gestão pública que coloque a TAP ao serviço do país".
"Perante mais este caso, até quando PS e PSD vão continuar a travar a comissão parlamentar de inquérito a outro crime que foi a privatização da ANA? Não desistimos desta batalha", salientou.
O secretário-geral do PCP referia-se a uma proposta de comissão de inquérito à privatização da ANA em 2013, apresentada em abril pelo partido, que foi chumbada na Assembleia da República com os votos contra do PSD, PS e CDS, abstenção do Chega e votos favoráveis dos restantes partidos.