O parlamento aprovou hoje, por unanimidade, um voto de pesar apresentado pela bancada do PS pela morte do antigo secretário de Estado e dirigente socialista Luís Patrão, destacado como um "convicto servidor da causa pública".
Luís Patrão, natural da Covilhã, antigo chefe de gabinete dos primeiros-ministros António Guterres e José Sócrates, licenciado em Direito pela Universidade de Coimbra, morreu no domingo aos 68 anos.
Segundo o PS, Luís Patrão cedo iniciou um percurso "de profundo empenhamento cívico, político e profissional, ao serviço do país", sendo reconhecido "amplamente pela sua extraordinária capacidade de trabalho, competência, seriedade e rigor", com uma ação "marcante em diversos setores de atividade".
"Convicto servidor da causa pública, foi quadro superior da administração pública, tendo desempenhado, em diferentes momentos, relevantes funções, designadamente como deputado às II e VIII legislaturas, secretário de Estado da Administração Interna do XIV Governo Constitucional" e "primeiro presidente do Turismo de Portugal, que ajudou a instituir", lê-se no voto da bancada socialista.
Luís Patrão é ainda lembrado como "antigo militante e destacado dirigente da JS" que "olhava para as novas gerações com inquebrantável esperança".
Desde 2014, era secretário nacional para a administração e membro da Comissão Permanente do PS.
"O PS, como organização política, tem hoje marcadamente a sua impressão digital, pelo trabalho que de forma abnegada e exigente desenvolveu para a sua atualização e modernização em diferentes períodos das últimas décadas. Dotado de uma rara sagacidade, jamais recusava uma palavra amiga e franca a todos os que procuravam o seu sábio conselho", salienta-se ainda no voto apresentado pelo Grupo Parlamentar do PS.
Neste voto, considera-se que este dirigente socialista "deixa um legado ímpar de quem, ao longo dos anos, trabalhou incansavelmente em prol de uma sociedade mais desenvolvida e mais justa, mantendo-se sempre fiel aos seus valores e princípios".
"O seu desaparecimento inesperado entristece profundamente todos os que com ele privaram e trabalharam", acrescenta-se.
Também por unanimidade, foi hoje aprovado um outro voto de pesar apresentado pela bancada socialista, este pela recente morte do antigo deputado e autarca do PS Sérgio Silva.
Sérgio Silva, advogado, foi vereador e membro da Assembleia Municipal de Paços de Ferreira no distrito do Porto.
"A sua dedicação à causa pública, ao concelho de Paços de Ferreira e à sua população foi reconhecida na homenagem que lhe foi feita pela Câmara Municipal por ocasião das comemorações do 49.º aniversário do 25 de abril de 1974", lê-se no texto proposto pela bancada socialista.
Na Assembleia da República, o PS destaca que Sérgio Silva, "juntamente com outros deputados da JS", durante as lideranças desta organização de Sérgio Sousa Pinto, "participou nas lutas políticas pela descriminalização da interrupção voluntária da gravidez, pelos direitos dos homossexuais e pela despenalização do consumo de drogas".