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Orçamento do Estado. PCP promete luta contra documento feito para os grupos económicos

por Lusa
António Pedro Santos - Lusa

O secretário-geral do PCP, Paulo Raimundo, considerou hoje à noite que o próximo Orçamento do Estado, em negociação, está a ser construído para responder aos interesses dos grupos económicos e prometeu lutar contra ele.

"Estamos perante um documento que não vai responder a nenhum problema, que está a ser construído para responder aos interesses dos grupos económicos. Não é disso que o povo precisa, que os trabalhadores precisam", e "vamos dar combate a esse documento, vamos exigir respostas aos problemas das pessoas", afirmou o dirigente, que falava aos jornalistas no âmbito de uma visita às festas populares da Moita, concelho do distrito de Setúbal.

Paulo Raimundo salientou que o Orçamento proposto pelo PSD não vai resolver nenhum problema, como o problema dos salários, das baixas pensões, do acesso à saúde, da habitação, ou da falta de professores e de creches.

"Isso é que é preciso resolver. E nós estamos perante um Orçamento que é um documento que na prática é mais um instrumento do Governo para responder aos interesses dos grupos económicos", disse.

"De cada problema que o país tem, o Governo faz uma nova solução de negócio para os grupos económicos", disse Paulo Raimundo, acrescentando que os outros partidos terão de responder sobre as opções que tomarem em relação ao Orçamento.

Depois de o primeiro-ministro ter afastado hoje um cenário de eleições antecipadas, afirmando que o país quer estabilidade, Paulo Raimundo afirmou que a estabilidade se garante com melhores salários e pensões.

"A estabilidade da vida das pessoas garante-se com mais médicos, mais enfermeiros e mais técnicos no Serviço Nacional de Saúde, nada disso está encima da mesa por parte do Governo. A estabilidade da vida das pessoas garante-se com o acesso à habitação, e para isso é preciso duas coisas, a banca a suportar o aumento das taxas de juro e regulamentar as rendas", disse Paulo Raimundo.

A estabilidade, acrescentou, garante-se respondendo às necessidades da maioria. Mas segundo o secretário-geral do PCP só a grande distribuição, a banca, as petrolíferas e as empresas de energia têm estabilidade.

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