A segunda ronda de reuniões entre o Governo e os partidos com assento parlamentar sobre o Orçamento do Estado par 2025 arranca esta terça-feira. O primeiro-ministro Luís Montenegro e grande parte dos líderes partidários não vão estar presentes.
Do lado do Governo vão estar presentes os ministros de Estado e das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento, o ministro da Presidência, António Leitão Amaro, e o ministro dos Assuntos Parlamentares, Pedro Duarte.
A agenda divulgada pelo Ministério dos Assuntos Parlamentares prevê que estas reuniões de trabalho comecem pelas 10h00 de hoje, com o PAN, seguindo-se o Livre às 11h00. A reunião com o PCP começa às 12h00.
De seguida o Governo reúne-se com o Bloco de Esquerda, às 14h00 e com a Iniciativa Liberal às 15h00. Finalmente, o executivo recebe o PS às 16h00. Não estão previstos encontros com o PSD e CDS-PP, partidos que apoiam a atual solução governativa.
O Chega insiste que não participa nas negociações com o Governo, mas vai afinal marcar presença numa reunião com o executivo esta quarta-feira, O partido tinha indicado que não iria reunir com o Governo devido às jornadas parlamentares que terminam esta terça-feira em Castelo Branco.
Na segunda-feira, na antecâmara das reuniões, o ministro Leitão Amaro manifestou a "disponibilidade sincera" do Governo para "chegar a compromissos" com os vários partidos.
Essa disponibilidade para negociar abrange propostas "fundamentais" a nível do IRS Jovem e descida do IRC, duas medidas que o secretário-geral do PS recusa e que podem significar o voto contra do maior partido da oposição.
A primeira ronda de negociações decorreu a 19 de julho, com os partidos a vincarem diferenças e alguns mesmo com o sentido de voto já definido.
Na altura, Luís Montenegro não participou por motivos de saúde. Pedro Nuno Santos, do PS, anunciou de seguida que também não iria estar presente. O mesmo fizeram os líderes da IL, Rui Rocha e o secretário-geral do PCP, Paulo Raimundo.
O Orçamento do Estado para 2025 terá de ser entregue no Parlamento até 10 de outubro e os partidos que apoiam o Governo, PSD e CDS-PP, somam 80 deputados e são insuficientes para garantir a aprovação do documento.