OE2024. Taxas de IRS baixam até ao 5.º escalão

por Inês Geraldo, Joana Raposo Santos, Mariana Ribeiro Soares, Ana Sofia Rodrigues - RTP

Foi entregue esta terça-feira no Parlamento a proposta do Orçamento do Estado para 2024, pela mão do ministro das Finanças. Fernando Medina apresentou o documento, destacando medidas como a descida das taxas de IRS até ao 5.º escalão, as mudanças no IRS jovem ou o reforço do complemento solidário para idosos.

Pedro A. Pina - RTP

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OE2024. Taxas de IRS baixam a partir de janeiro

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Na apresentação da proposta de Orçamento do Estado para 2024, o Ministro das Finanças anunciou uma descida nas taxas do IRS que abrange os rendimentos até ao 5º escalão, ou seja, quem ganha até 1.939 euros brutos por mês.

Mas quem recebe mais vai também beneficiar desta descida, devido ao efeito progressivo do imposto.

Com esta medida, o Estado recebe menos 1.327 milhões de euros com o imposto que incide sobre os rendimentos das famílias.
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por Lusa

OE2024. Valor das medidas do IRS ultrapassam os 1.300 ME em 2024

A redução das taxas do IRS, a atualização dos escalões e a mudança ao mínimo de existência de forma a acomodar o aumento do salário mínimo custarão 1.327 milhões de euros em 2024.

O valor, que consta do quadro com o impacto das medidas de política orçamental hoje divulgado com a apresentação da proposta do Orçamento do Estado para 2024 (OE2024), mais que duplica o montante contemplado no Programa de Estabilidade, apresentado em abril, que rondava os 525 milhões de euros.

A proposta do OE2024 contempla uma atualização dos limites dos nove escalões de rendimento de 3%, a que se soma uma redução das taxas que incidem sobre os primeiros cinco escalões -- mas que, devido à arquitetura progressiva do imposto beneficiam também os contribuintes com rendimentos mais elevados.

A redução das taxas é de 1,25 pontos percentuais (p.p.) no 1.º escalão; de 3 p.p. no 2.º; de 3,5 p.p. no 3.º escalão e de 2,5 p.p. e 2,25 p.p. nos 4.º e 5.º escalões, respetivamente e será refletida nas tabelas de retenção na fonte que vão ser aplicadas a partir de janeiro.

Além destas duas mudanças, a proposta orçamental procede ainda a uma alteração ao valor de rendimento isento de IRS (conhecido por mínimo de existência) de forma a garantir que quem recebe o salário mínimo nacional não paga imposto.

Somadas estas medidas terão um impacto de 1.327 milhões de euros, a que se soma ainda, entre outras medidas de menor dimensão, 200 milhões de euros com o reforço do IRS Jovem e 110 milhões de euros com as medidas do pacote Mais Habitação, nomeadamente o alargamento do leque de situações em que as rendas podem beneficiar de isenção de IRS.

O Governo entregou hoje na Assembleia da República a proposta de Orçamento do Estado para 2024 (OE2024), que será discutida e votada na generalidade nos dias 30 e 31 de outubro, estando a votação final global agendada para 29 de novembro.

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por Lusa

OE2024. Orçamento é "pobre" e "altamente preocupante" para as empresas, diz CCP

A Confederação do Comércio e Serviços de Portugal (CCP) considerou hoje o Orçamento do Estado para 2024 "pobre" e "altamente preocupante" no que se refere às empresas, com o Governo a recusar mexer nas taxas de IRC.

"No que se refere às empresas, nós achamos que é, de facto, um orçamento altamente preocupante. Na prática, o Governo apenas considerou aquilo que constou do acordo de Concertação Social. Ainda bem, porque se não tivéssemos assinado esse acordo muito provavelmente ainda haveria menos situações favoráveis às empresas", defendeu João Vieira Lopes, em declarações à Lusa, após a apresentação do Orçamento do Estado para o próximo ano.

O responsável da confederação patronal apontou que o Governo recusou mexer nas taxas de IRC e que, na área fiscal, tomou apenas algumas medidas positivas, mas sem grande impacto, como a redução das tributações autónomas, que, por exemplo, abrangem custos com viaturas, ou a redução do IVA na restauração.

Já em termos de investimento, a CCP considerou as medidas "muito tímidas", apesar de o Governo apontar o reforço do investimento público, e o documento também não prevê, na ótica da confederação, incentivos marcantes ao aumento do investimento privado.

"Globalmente, sob o ponto de vista das empresas é, de facto, um orçamento pobre e, da nossa parte, consideramos que cada vez mais se justifica que os representantes das empresas trabalhem em conjunto de uma forma mais firme para, em primeiro lugar, fazer o Governo cumprir aquilo com que se comprometeu e, em segundo, para no futuro ganharmos mais espaço com medidas que apoiem melhor a economia nacional", sublinhou João Vieira Lopes.

Do lado das medidas para as famílias, o responsável considerou positiva a redução do IRS, mas apontou que a carga fiscal aumenta 0,2 pontos percentuais através dos impostos indiretos, como o IVA, que, pela sua natureza transversal, atingem indiscriminadamente todos os setores da sociedade.

"Como o Governo, ainda por cima, e bem, vai tomar medidas para os setores mais desprotegidos da sociedade, significa que grande parte dos efeitos da baixa do IRS para as classes médias vai ser absorvido pelo aumento dos impostos indiretos", referiu.

O Governo entregou hoje na Assembleia da República a proposta de OE2024, que será discutida e votada na generalidade nos dias 30 e 31 de outubro, estando a votação final global agendada para 29 de novembro.

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Centrais sindicais com opiniões opostas na análise do orçamento

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A UGT fala de um documento moderado e destaca os sinais dados à classe média com o alívio fiscal. Já a CGTP considera que, em matéria de rendimento, não serve nem os mais jovens nem os mais velhos.

A confederação do Comércio e Serviços diz que o orçamento é uma deceção.
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OE2024. Governo vai dar incentivo ao abate de veículos em fim de vida

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A proposta de Orçamento do Estado para 2024 prevê uma verba de 129 milhões de euros para o abate de viaturas ligeiras de passageiros e mistos matriculados até 2007.

Mas o incentivo implica a aquisição de um veículo de zero emissões, novo ou usado, ou que o valor seja usado num cartão de mobilidade.

O Governo espera que sejam entregues 45 mil automóveis nestas condições no próximo ano.
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por RTP

OE2024. A análise de Helena Garrido

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A comentadora da RTP considera que o Governo "dá com uma mão" mas "tira uma boa parte com a outra mão". Apesar da redução no IRS, mas haverá maior pagamento de outros impostos.

Helena Garrido argumenta que este é mais um orçamento do Governo de António Costa que "alivia o IRS mas agrava os impostos indiretos", uma via que "é melhor para ganhar eleições".

Considera ainda que este é um documento orçamental "prudente" dado o contexto internacional, com margem para o Governo acrescentar mais apoios em resposta a um possível choque petrolífero, decorrente da situação de guerra no Médio Oriente.
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por Antena 1

Medina garante investimento em preocupações centrais dos portugueses

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Pedro A. Pina - RTP

Na conferência de imprensa esta tarde no Ministério das Finanças, Fernando Medina garantiu que vai investir nas preocupações centrais dos portugueses.

Desde logo anuncia as aguardadas mexidas no IRS, com a garantia de um desagravamento do imposto de mais de mil e 300 milhões de euros.

Mais pormenores no trabalho do jornalista da Antena 1 João Alexandre.
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OE2024. As críticas à direita e à esquerda

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Foto: Pedro A. Pina - RTP

Os partidos à direita dizem que a carga fiscal afinal vai crescer e não diminuir. O Chega e a Iniciativa Liberal acusam o ministro das Finanças de mentir ao País.

Já à esquerda considera-se que a proposta não resolve nenhum dos problemas dos portugueses. PCP e IL já anunciaram que vão votar contra o orçamento.
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Fernando Medina acusa oposição de "demagogia"

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Foto: Pedro A. Pina - RTP

O ministro das Finanças acredita que seria uma "irresponsabilidade" se esses partidos alguma vez assumissem funções de governo.

Medina entregou o Orçamento do Estado na Assembleia da República onze horas antes do prazo limite.
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OE2024. Salários da função pública sobem 5,4%

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A proposta de Orçamento do Estado para o próximo ano traz um aumento de rendimentos. O salário dos funcionários públicos vai subir, em média, 5,4 por cento, entre vencimentos e progressões na carreira.

Já as pensões serão atualizadas conforme a regra em vigor e sobem no próximo ano, em média, 6,2%

As prestações sociais também serão aumentadas. Em particular o abono de família terá um acréscimo de 22 euros por mês.
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por Lusa

OE2024. Governo prevê que excedente da Segurança Social atinja quase 5 mil ME

O excedente da Segurança Social poderá atingir quase 5 mil milhões de euros no próximo ano, prevê o Governo no relatório que acompanha a proposta de Orçamento do EStado para 2024 (OE2024) entregue hoje no parlamento.

"Face ao volume de receita e despesa considerados no Orçamento da Segurança Social para 2024, o saldo orçamental deverá situar-se em: 4.981 milhões de euros na ótica da Contabilidade Pública (excluindo o saldo do ano anterior, os ativos e os passivos financeiros); 4.993,4 milhões de euros na ótica da Contabilidade Nacional", pode ler-se no relatório.

A previsão da receita efetiva total da Segurança Social para o próximo ano é de 40.627,2 milhões de euros, uma subida de 1.559,1 milhões de euros, face à previsão de execução para 2023.

No documento, o Governo prevê um aumento em 5,3% da receita de contribuições e quotizações para a Segurança Social, para 26.312,7 milhões de euros no próximo ano, face a 2023.

Para este crescimento das contribuições contribuem a manutenção da taxa de desemprego em 6,7%, o crescimento do emprego em 0,4%, bem como a previsão de crescimento real do Produto Interno Bruto (PIB) em 2,0% e das remunerações por trabalhador em 5%.

Prevê-se ainda que as transferências do Orçamento do Estado para a Segurança Social atinjam 8.687,7 milhões de euros, um aumento de 383 milhões face a 2023.

Da receita total orçamentada, 8.534,7 milhões de euros visam o cumprimento da Lei de Bases da Segurança Social, refere-se no documento, indicando que 1.085,1 milhões de euros são relativos à transferência do IVA Social.

No âmbito da política de diversificação das fontes de financiamento, estão previstas transferências consignadas ao Fundo de Estabilização Financeira da Segurança Social (FEFSS) de 38,8 milhões de euros do adicional à contribuição do setor bancário, de 147,9 milhões de euros do Adicional ao Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI) e de 449,0 milhões de euros da receita do IRS.

Quanto à despesa efetiva total da Segurança Social prevista para 2024, o Governo estima um aumento de 3,5% face à execução de 2023, para 35.646,2 milhões de euros.

No conjunto da despesa, destaca-se a despesa com pensões e complementos, que deverá atingir, no próximo ano, o valor de 21.968,2 milhões de euros, representando cerca de 61,6% da despesa total, e um crescimento de 6,5%, em relação a 2023.

No que concerne às prestações de desemprego e de apoio ao emprego, prevê-se uma despesa de 1.402 milhões de euros em 2024, um aumento de 0,5% relativamente à previsão de execução para 2023.

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OE2024. Governo destina 18,2 ME para prevenção e combate à violência doméstica

O Governo destinou 18,2 milhões de euros para a prevenção e combate ao crime de violência doméstica, cujas vítimas passam a ser elegíveis para o apoio ao acesso à habitação, segundo o Orçamento do Estado para 2024.

De acordo com a informação disponível no documento, que o Governo entregou hoje na Assembleia da República, as vítimas de violência doméstica passam a ser elegíveis ao programa de apoio ao acesso à habitação, 1.º Direito, a par de outras pessoas que vivam em situação de precariedade, pessoas em situação de sem-abrigo ou quem tenha declarado insolvência.

O Governo define como prioritários a prevenção e o combate à violência contra as mulheres e ao crime de violência doméstica, além das medidas de proteção das vítimas, a produção de materiais e campanhas de informação, alerta e segurança e o apoio a crianças e jovens em contexto de homicídio em violência domestica.

"No âmbito da prevenção, destaque para a criação de um programa de prevenção primária transversal a todos os ciclos de ensino", diz o Governo.

Acrescenta que está também prevista a implementação de um plano anual de formação conjunta, da responsabilidade dos membros do Governo com as pastas da administração pública, da administração interna, da justiça, da igualdade, da educação, do trabalho, solidariedade e segurança social e da saúde.

No global, o Governo destinou 18,2 milhões de euros para a prevenção e proteção das vítimas de violência doméstica, entre 5,6 milhões de euros da área da Governação, 12,5 milhões de euros através da Segurança Interna e ainda cem mil euros pelo Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social.

O Governo garante igualmente que irá prosseguir com a proteção e a promoção dos direitos das pessoas LGBTI (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Trans e Intersexo), "em particular através do combate às discriminações e violências de que são alvo".

Nessa matéria, prevê o combate ao `bullying` em contexto escolar ou contra crianças e jovens com medida de promoção e proteção de acolhimento residencial, o fim das chamadas práticas de conversão, a promoção da igualdade nos locais de trabalho, uma rede de cuidados de saúde mais adequados aos processos de autodeterminação, além da formação de profissionais de saúde ou de órgãos de polícia criminal na área do policiamento e investigação de crimes de ódio contra pessoas LGBTI+.

O Governo apresentou hoje o OE2024 que revê em alta o crescimento do Produto Interno Bruto em 2023, de 1,8% para 2,2%, e em baixa de 2,0% para 1,5% no próximo ano.

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Estado vai gastar 7,2 mil ME com juros da dívida pública, mais 8,6% que em 2023

O Governo prevê que o Estado irá gastar 7.151 milhões de euros com juros da dívida pública em 2024, uma subida de 8,6% face ao valor orçamentado para este ano, segundo a proposta do OE2024, entregue hoje no parlamento.

"O Programa Gestão da Dívida Pública (PO08), com uma despesa total consolidada de 137.708,9 milhões de euros, dispõe de 7.151,2 milhões de euros para suportar encargos com juros da dívida pública em 2024", refere o relatório que acompanha a proposta do Orçamento do Estado para 2024 (OE2024).

A previsão compara a despesa com juros e outros encargos com juros da dívida pública estimada para 2023, de 6.582,3 milhões de euros.

A explicar esta evolução está sobretudo o aumento dos juros pelo Banco Central Europeu (BCE), que levou a uma subida do custo do financiamento dos países.

Ainda assim, durante a conferência de imprensa desta tarde, o ministro das Finanças, Fernando Medina, destacou que a trajetória descendente do peso da dívida pública e da melhoria do saldo orçamental tem contribuído para uma melhoria do `rating` do país, o que beneficia os encargos com juros.

Segundo Medina, a redução da dívida pública é a garantia de que o país está mais resiliente face à subida dos juros.

O governante defendeu que sem a redução da dívida pública em 2023, os encargos com juros aumentavam 2.300 milhões de euros, o que corresponderia a "mais 230 euros por ano em impostos por residente".

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OE2024. Fiscalização ao excesso de velocidade, álcool e uso do telemóvel vão aumentar

O Governo vai aumentar no próximo ano as operações de fiscalização no trânsito, nomeadamente ao excesso de velocidade, álcool e uso do telemóvel, e reforçar a rede de radares, segundo a proposta do Orçamento do Estado.

Num orçamento de continuidade na área de segurança interna, o Governo indica na proposta hoje entregue na Assembleia da República que, no âmbito da segurança rodoviária, vai reforçar a dimensão preventiva através de um aumento das ações de sensibilização e fiscalização direcionadas para os principais comportamentos de risco, como a velocidade, álcool, acessórios de segurança e telemóvel.

Estas ações de fiscalização vão ser complementadas, segundo a proposta do Orçamento do Estado para 2024 (OE2024), com o reforço dos instrumentos de dissuasão, nomeadamente através da rede de radares e de uma maior eficiência na aplicação do direito contraordenacional.

Segundo o documento, o reforço da fiscalização, dos radares e a maior eficiência na aplicação das multas têm como objetivo o combate à sinistralidade rodoviária.

No próximo ano, o Ministério da Administração Interna vai continuar com as admissões na PSP e GNR, mas não especifica com quantas, para garantir "o aumento e o rejuvenescimento dos seus efetivos bem como a manutenção de elevados graus de prontidão e eficácia operacional".

O Governo quer igualmente reforçar "a formação na área dos direitos humanos, nomeadamente da igualdade de género, antirracismo, xenofobia, bem como no âmbito da prevenção da corrupção e infrações conexas", bem com na formação para o combate à violência doméstica e no namoro.

O investimento em infraestruturas de habitação e complementares para profissionais das forças de segurança continua a ser uma meta do Executivo, sublinhando que este programa "visa garantir condições de habitação dignas e outras infraestruturas de apoio aos profissionais deslocados que iniciam funções, reforçando uma política de investimento centrada na valorização dos recursos humanos".

O Governo mantêm a intenção de reforçar os Contratos Locais de Segurança e dos programas de policiamento de proximidade, como Escola Segura, o Programa Idosos em Segurança e o Programa Noite mais Segura/ Fábio Guerra.

Dando continuidade ao que já estava previsto, o MAI vai prosseguir com o programação plurianual de infraestruturas e equipamentos das forças de segurança, que tem como objetivo a melhoria das condições de trabalho das forças de segurança e do serviço público prestado às populações, e com a implementação da Estratégia Nacional para uma Proteção Civil Preventiva 2030.

A verba para a segurança interna vai diminuir 6,7% no próximo ano, totalizando cerca de 2,5 mil milhões de euros, devido à extinção do SEF, indica a proposta.

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OE2024. Governo quer junta médica na função pública após 30 dias de baixa

O limite de faltas por doença na função pública para intervenção da junta médica pode vir a ser reduzido de 60 para 30 dias no próximo ano, segundo uma autorização legislativa que consta da proposta de OE2024.

A proposta de Orçamento do Estado para 2024 (OE2024), entregue hoje no parlamento, prevê uma autorização legislativa para o Governo alterar, no próximo ano, a Lei Geral de Trabalho em Funções Públicas nesse sentido.

"O Governo fica autorizado a alterar o regime da intervenção das juntas médicas no âmbito das faltas por doença dos trabalhadores em funções públicas integrados no regime de proteção social convergente", pode ler-se na proposta.

De acordo com o documento, a autorização legislativa circunscreve-se "à redução para 30 dias do limite de dias consecutivos de faltas por doença em que o trabalhador não se encontre apto a regressar ao serviço, a partir dos quais deve haver lugar à intervenção da junta médica".

A lei atual prevê que há lugar a intervenção da junta médica quando o trabalhador tenha atingido o limite de 60 dias consecutivos de faltas por doença, com exceção dos casos de internamento, bem como daqueles em que o trabalhador se encontre doente no estrangeiro.

A proposta de lei do OE2024 prevê ainda o "aumento do limite máximo de dias de faltas por doença que a junta médica pode justificar, por períodos sucessivos, até 60 dias, no caso das faltas dadas pelas doenças incapacitantes que exijam tratamento oneroso e ou prolongado".

A autorização legislativa prevista na proposta de OE2024 circunscreve-se ainda "à atribuição às respetivas entidades empregadoras da responsabilidade pelos encargos com os exames clínicos realizados pelo trabalhador e que tenham sido considerados necessários, solicitados e marcados pela junta médica".

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OE2024. Vagas gratuitas em creches chegam às crianças até 3 anos

A medida da vaga gratuita em creche passa agora a incluir todas as crianças com idade até aos três anos, com o Governo a prever abranger 120 mil crianças e a orçamentar mais 100 milhões de euros de financiamento.

De acordo com o Orçamento do Estado para 2024, que o Governo entregou hoje na Assembleia da República, a creche gratuita irá abranger as crianças até aos três anos, tal como inicialmente previsto na implementação da medida "Creche Feliz".

Em causa, as crianças nascidas a partir do dia 01 de setembro de 2021 e que completam os três anos até ao início do ano letivo 2024/2025.

Além destas, a gratuitidade das creches abrange igualmente todas as crianças de famílias que estão no 1.º e 2.º escalões de rendimentos.

No balanço mais recente da medida, em setembro, para assinalar um ano do arranque da "Creche Feliz", o Governo anunciou ter 85 mil vagas gratuitas, 9 mil delas criadas nos dois meses anteriores, graças à portaria para aumento da capacidade de resposta.

Na altura da celebração do acordo entre o Governo e o setor social e solidário, em julho de 2022, para a formalização da medida, o primeiro-ministro estimava que a medida viria a abranger 100 mil crianças até 2024.

A creche gratuita foi apresentada como de aplicação faseada e a previsão no atual Orçamento do Estado é a de que 120 mil crianças beneficiem da gratuitidade de creche, entre as que nasceram depois do dia 01 de setembro de 2021 e as de famílias de escalões de rendimentos mais baixos.

Inicialmente, também estava previsto que as vagas gratuitas fossem apenas em instituições dos setores social e solidário, mas posteriormente o Governo alargou a medida às creches do setor lucrativo.

"A crescente abrangência da medida beneficia do aumento do número de lugares em creche até duas crianças por sala e da simplificação do processo de reconversão de salas de respostas sociais para a infância em salas de creche, com reforço adicional do PRR [Plano de Recuperação e Resiliência], que dá resposta ao aumento da procura registada", lê-se no documento.

O Governo defende que "a medida é fundamental", não só por "potenciar o desenvolvimento integrado e sustentado das crianças", mas também por "contribuir para o aumento do rendimento disponível das famílias com crianças, em especial as mais jovens", além de "permitir uma melhor conciliação entre a vida familiar e profissional dos pais das crianças".

O Governo apresentou hoje o Orçamento do Estado de 2024 (OE2024) que revê em alta o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2023, de 1,8% para 2,2%, e em baixa de 2,0% para 1,5% no próximo ano.

A taxa de desemprego é revista em alta para o próximo ano, prevendo agora 6,7% em 2024, face aos anteriores 6,4%.

Já quanto à inflação, o executivo está ligeiramente mais pessimista, prevendo que a taxa caia de 8,1% em 2022 para 5,3% em 2023 e 3,3% em 2024.

A proposta de lei prevê, igualmente, o melhor saldo orçamental em democracia, apontando-se 0,8% do PIB em 2023 e 0,2% em 2024.

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OE2024. Governo vai acabar com empresa que gere o SIRESP

O Governo vai acabar em 2024 com a empresa que gere o Sistema Integrado de Redes de Emergência e Segurança de Portugal (SIRESP), passando as atribuições para a Secretaria-Geral do Ministério da Administração Interna.

A proposta de Orçamento do Estado (OE) para 2024 hoje entregue na Assembleia da República adianta que "atendendo à necessidade de adoção de um novo modelo de gestão da rede SIRESP, o Governo procede à extinção da Sirep SA e à integração das atribuições e verbas que lhe estavam cometidas na Secretaria-Geral do Ministério da Administração Interna".

No documento, o Governo refere ainda que "dada a extinção da Siresp SA e a integração das suas atribuições na Secretaria-Geral do Ministério da Administração Interna em 2024, as verbas correspondentes encontram-se inscritas no orçamento desta entidade".

A empresa pública Siresp S.A tem como missão planear, gerir, manter e modernizar a rede SIRESP.

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OE2024. Redução das taxas do IRS vai ser ajustada já em janeiro na retenção na fonte

A redução do IRS preconizada pela redução das taxas de imposto que incidem sobre os cinco primeiros escalões vai ter impacto imediato junto das famílias em janeiro através da adaptação da retenção na fonte.

A garantia foi dada hoje pelo ministro das Finanças, Fernando Medina, durante a apresentação da proposta do Orçamento do Estado para 2024 (OE2024) que o Governo entregou no parlamento.

"Esta redução importante no IRS que estamos a proceder vai ter materialização imediata já em janeiro na adaptação das tabelas de retenção na fonte", afirmou Fernando Medina em resposta ao impacto da medida orçamental.

A proposta do OE2024 prevê uma atualização de 3% dos limites dos nove escalões de rendimento coletável do IRS e reduz a taxa do imposto que incide sobre os primeiros cinco, ou seja, sobre rendimentos anuais coletáveis até 27.146 euros (cerca de 2.230 euros mensais brutos, considerando 14 pagamentos anuais) entre 1,25 e 3,5 pontos percentuais.

O impacto desta redução das taxas no valor do imposto anual que cada pessoa tem a pagar (e cuja conta apenas será feita na entrega da declaração em 2025) vai ser acomodado já a partir do início do próximo ano através das tabelas de retenção na fonte.

"Os benefícios que descrevi não são benefícios sentidos em 2025, são benefícios que serão transferidos para as famílias já a partir de 2024", referiu o governante acentuando que em causa não está "uma redução fiscal teórico-conceptual para o futuro", mas "uma redução efetiva de imposto" de que os portugueses "vão beneficiar já em janeiro de 2024" por via das taxas de retenção na fonte.

O Governo entregou hoje na Assembleia da República a proposta de Orçamento do Estado para 2024 (OE2024), que será discutida e votada na generalidade nos dias 30 e 31 de outubro, estando a votação final global agendada para 29 de novembro.

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OE2024. Orçamento da segurança interna diminui 6,7% devido à extinção do SEF

A verba para a segurança interna vai diminuir 6,7% no próximo ano, totalizando cerca de 2,5 mil milhões de euros, devido à extinção do SEF, indica a proposta de Orçamento do Estado hoje entregue no parlamento.

O "total de receita consolidada, que ascende 2.592,9 milhões de euros apresenta uma diminuição de 6,7% que resulta sobretudo da extinção do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) e respetiva passagem de competências para outros programas orçamentais", lê-se na proposta.

O documento sublinha que, do total da dotação de despesa consolidada, de 2.592,9 milhões de euros, apresenta maior peso as despesas com pessoal, que representam 74,7% da despesa total consolidada, com 1.936,4 milhões de euros de dotação, destacando-se a estrutura da massa salarial da Guarda Nacional Republicana (GNR), com 957,2 milhões de euros, e a Polícia de Segurança Pública (PSP), com 919 milhões de euros.

O OE2024 destaca também as aquisições de bens e serviços, com 239,4 milhões de euros, dos quais 134 milhões de euros afetos às forças de segurança, destinados ao financiamento da atividade corrente destas entidades.

O orçamento do Ministério da Administração Interna para o próximo ano prevê 53,2 milhões de euros destinados às transferências da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) para as associações humanitárias de bombeiros voluntários no âmbito do Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Rurais (DECIR).

Sobre as dotações de despesa de investimento, a proposta indica que a rubrica de aquisições de bens de capital ascende a 212 milhões de euros, dos quais 95 milhões de euros dizem respeito à execução da Programação de Infraestruturas e Equipamentos das Forças de Segurança e Serviços do Ministério da Administração Interna, executada pela Secretaria-Geral do Ministério da Administração Interna (SGMAI), e 65,9 milhões de euros dizem respeito às verbas orçamentadas no âmbito do Programa de Recuperação e Resiliência (PRR).

O OE2023 destaca igualmente a dotação específica para pensões e reformas executada pela GNR, com 109 milhões de euros, e pela PSP, com 106,6 milhões de euros, e que é totalmente financiada por receitas de impostos.

Segundo o documento, os encargos com saúde executados pela GNR vão ser de 40,9 milhões de euros e pela PSP serão de 32,8 milhões de euros, integralmente cobertos por receita própria.

A proposta de OE para o próximo ano refere ainda que está prevista uma despesa no que toca à "segurança e ordem públicas" das forças de Segurança uma verba de 1.879,6 milhões de euros, representando 68,3% da dotação de despesa efetiva não consolidada do programa, da qual se destaca o orçamento da GNR, com 913,9 milhões de euros, e da PSP, com 939,7 milhões de euros.

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Fiscalista considera positiva descida de impostos mas alerta para impacto da inflação

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Lusa

Os escalões do IRS vão ser atualizados em três por cento no próximo ano. As taxas dos primeiros cinco escalões vão baixar.

No entender do fiscalista Tiago Caiado Guerreiro todas as descidas de impostos são positivas, mas considera que o Governo dá com uma mão e tira com a outra e alerta para o impacto da variação da inflação.

Tiago Caiado Guerreiro critica também o fim do IVA zero no cabaz alimentar.
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Há também mexidas noutros impostos. O Governo isenta do imposto do selo as operações de fixação da prestação do crédito à habitação durante dois anos.

Avança com uma reforma ambiental do imposto único de circulação até 25 euros para viaturas com matrícula anterior a 2007.
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por Lusa

OE2024. Reivindicações da Madeira foram ignoradas, considera Governo Regional

O secretário das Finanças do Governo da Madeira (PSD/CDS) considerou hoje que as transferências para esta região previstas no Orçamento do Estado para 2024 revelam que foram "ignoradas" as revindicações do arquipélago.

"Vemos com preocupação o facto de as reivindicações que a região tinha colocado, formalmente e por escrito, ao Governo da República em fase de preparação do Orçamento do Estado terem sido ignoradas", disse Rogério Gouveia em declarações à agência Lusa.

A Madeira vai receber 304,9 milhões de euros em 2024 ao abrigo da Lei das Finanças Regionais, mais cerca de 74 milhões do que em 2023, segundo a proposta de Orçamento do Estado (OE) hoje entregue no parlamento.

De acordo com a proposta do OE2024 disponibilizada no `site` da Assembleia da República, a Região Autónoma da Madeira vai receber 304.903.930 euros, mais 74,3 milhões do que os 230.539.352 previstos no Orçamento do Estado para 2023.

Dos 304,9 milhões de euros previstos para o próximo ano, 196.712.213 euros serão recebidos pela Madeira ao abrigo do artigo 48.º da Lei das Finanças das Regiões Autónomas (transferências orçamentais) e 108.191.717 euros no âmbito do artigo 49.º (fundo de coesão para as regiões ultraperiféricas).

Segundo o governante madeirense, numa análise "muito rápida e superficial", é possível constatar que "as transferências que estão previstas para a Região Autónoma da Madeira decorrem da aplicação literal daquilo que está na atual redação da Lei de Finanças Regionais".

"Infelizmente, a cada Orçamento do Estado, nos vimos confrontados com uma absoluta insensibilidade do Estado central para os temas de extrema importância, quer para a Madeira quer para os Açores", reforçou.

Rogério Gouveia complementou que esta situação "vem dar cobertura àquilo que tem sido a reivindicação da região para uma necessidade imperativa da alteração da lei", porque os dois arquipélagos ficam com os ciclos de transferências indexados ao respetivo PIB (Produto Interno Bruto).

"Importa de uma vez por todas sanar e torná-las como permanentes e não sujeitas aos ciclos económicos que demonstram que, numa altura em que mais precisávamos da solidariedade do Estado, como foi o caso da pandemia, foi precisamente no ano em que as transferências foram cortadas", argumentou.

O titular das Finanças do Governo da Madeira alertou que as transferências inscritas no OE2024 "mais não resultam do que o refletir dos impactos tidos na redução do PIB, mas há dois ou três anos".

Sobre as preocupações manifestadas que o Governo da República desconsiderou, Rogério Gouveia apontou o facto de o OE não incluir a possibilidade de prorrogação de licenciamento de empresas para a Zona Franca da Madeira a partir de 01 janeiro de 2024, destacando o impacto negativo desta lacuna para a competitividade da praça madeirense.

"Infelizmente, também não conseguimos encontrar a suspensão dos artigos 16.º e 40.º da Lei de Finanças Regionais, artigos impraticáveis e injustos que têm de ser eliminados", relacionados com o equilíbrio orçamental e o limite da dívida, defendeu.

Rogério Gouveia adiantou que a proposta hoje apresentada também é omissa em relação aos montantes em dívida à região relativamente aos subsistemas de saúde e ao "pagamento de impostos anteriores que já foram apurados em sede de grupo de trabalho e que mais uma vez não estão plasmados como sendo de transferir à Região Autónoma da Madeira em sede de OE", referiu.

Rogério Gouveia enfatizou que a Madeira espera que "haja bom senso" para que estes assuntos e outros temas que possam surgir numa "leitura mais atenta e aprimorada do diploma", que foi agora tornado público, possam ser tratados em sede de especialidade, permitindo ultrapassar os vários constrangimentos que colocam à região.

O Governo entregou hoje ao início da tarde, na Assembleia da República, a proposta de OE2024, que prevê que a economia portuguesa cresça 1,5% em 2024 e registe um excedente orçamental de 0,2% do Produto Interno Bruto (PIB).

Após a entrega, o calendário indica que a proposta do OE2024 é discutida na generalidade nos dias 30 e 31 de outubro. A discussão na especialidade vai decorrer de 23 a 29 de novembro, culminando com a votação final global do documento.

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por Lusa

OE2024. Governo prevê 360 ME para atualizar tarifas da luz das famílias abaixo da inflação

O Orçamento do Estado para 2024 prevê 360 milhões de euros para a atualização das tarifas de eletricidade para as famílias a um valor "significativamente abaixo" da inflação, disse hoje o ministro das Finanças.

"Encontrará inscrito no Orçamento do Estado uma contribuição de cerca de 360 milhões de euros, relativamente setor elétrico, para permitir a atualização das tarifas dos consumidores de baixa tensão a um valor significativamente abaixo da inflação e também permitir um instrumento de apoio aos consumidores de eletricidade de média e depois também de alta tensão, que permita uma recuperação do acréscimo de custos que terão durante 2024", respondeu Fernando Medina, em conferência de imprensa sobre o Orçamento do Estado para 2024 (OE2024), no Ministério das Finanças, em Lisboa.

Relativamente ao apoio aos custos das empresas com o gás natural, o governante adiantou que a despesa orçamentada até ao final do ano é de cerca de 300 milhões de euros, e não os 1.000 milhões de euros estimados quando a medida foi criada, dado que os preços nos mercados grossistas não subiram "nem de perto, nem de longe" o que se esperava.

O Governo entregou hoje na Assembleia da República a proposta de OE2024, que será discutida e votada na generalidade nos dias 30 e 31 de outubro, estando a votação final global agendada para 29 de novembro.

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por Lusa

OE2024. Docentes colocados a mais de 70 quilómetros de casa terão apoio à renda

O Governo quer adaptar o programa de Apoio à Renda para poder subsidiar os professores colocados em escolas a mais de 70 quilómetros de casa, segundo a proposta de Orçamento do Estado para 2024.

Esta é uma das medidas previstas na proposta de Orçamento do Estado entregue hoje no parlamento pelo Governo e surge na sequência da falta de docentes em algumas regiões do país, em especial nas áreas metropolitanas de Lisboa e no Algarve.

Entre os motivos para a falta de professores está o envelhecimento da classe, uma profissão pouco atrativa para os mais novos, mas também a especulação do mercado imobiliário e de arrendamento.

"Face à dificuldade de colocação de professores nas regiões de Lisboa e Vale do Tejo e do Algarve, ou qualquer outra região, onde os custos da habitação são mais elevados, o programa Apoio à Renda será adaptado e operacionalizado para subsidiar professores colocados nestas regiões que trabalhem em escolas a mais de 70 quilómetros da sua área de residência", lê-se na proposta do executivo.

A medida destina-se a todos os docentes que tenham encargos com o alojamento superiores a uma taxa de esforço de 35%, acrescenta o documento hoje apresentado que lembra outras iniciativas já lançadas para tornar a carreira docente mais estável e atraente.

Entre essas medidas está a aposta na vinculação dinâmica, que permitiu a vinculação de oito mil docentes.

O ano letivo começou com mais de 92 mil alunos sem todos os professores atribuídos, segundo uma estimativa realizada pela Federação Nacional de Professores (Fenprof), que alertou para o agravamento da situação tendo em conta os inúmeros casos de professores com turmas atribuídas e que, entretanto, se reformaram.

Hoje de manhã, à saída da reunião com responsáveis do ministério da Educação, o vice-secretário-geral da Federação Nacional de Educação (FNE) revelou que a proposta de OE2024 iria ter em conta a necessidade de apoiar os professores deslocados.

Recentemente foram conhecidos os resultados do programa de apoio ao arrendamento, que revelou que apenas 15 dos 388 professores candidatos foram selecionados, tendo ficado oito docentes em apartamentos em Portimão e outros sete em Lisboa.

Outra das principais reivindicações tem sido a recuperação do tempo de serviço congelado, que já levou à marcação de greves nas escolas neste novo ano letivo.

O primeiro-ministro reafirmou, na semana passada em entrevista à CNN, que o OE2024 não iria contabilizar essa medida, uma posição que levou os sindicatos a garantir que não vão desistir de lutar pela recuperação dos seis anos, seis meses e 23 dias de tempo de serviço congelado.

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por RTP

PS diz que orçamento "não deixa ninguém para trás"

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O PS também reagiu à apresentação do Orçamento do Estado por parte de Fernando Medina e Jamila Madeira falou num documento que apoia os portugueses nos problemas. "Convergimos em termos salariais. Uma vez mais, o governo vai ao encontro dessa necessidade".

A deputada socialista destacou o aumento do salário mínimo e das pensões em valores acima da inflação, a redução da taxa de IRS nos primeiros cinco escalões e a aposta no IRS Jovem.

"São instrumentos que pretendem continuar a senda do Partido Socialista: não deixar ninguém para trás". Jamila Madeira falou ainda na redução da dívida pública, destacando que Portugal vai estar à frente de outros países europeus mais competitivos.
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PSD lembra carga fiscal cada vez maior em Portugal

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Joaquim Miranda Sarmento afirmou que a consolidação orçamental em Portugal vai ser feita à conta de impostos e não de "crescimento económico e serviços públicos". O deputado do PSD lembrou que a carga fiscal é cada vez maior. "A carga fiscal vai subir e já nem no papel o Governo a reduz".

Sobre o investimento público, o deputado do PSD lembra as várias promessas do PS ao longo dos anos e explicou que execução do investimento público é escassa em Portugal.

Miranda Sarmento lembrou ainda que o PSD já havia anunciado propostas sobre o IRS Jovem e que a medida apresentada pelo governo é "limitada".
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PAN descontente com "ilusão" do "suposto alívio da carga fiscal"

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O PAN fala numa "ilusão" quanto ao "suposto alívio da carga fiscal" anunciado pelo ministro das Finanças. Inês Sousa Real criticou ainda que o IVA Zero no cabaz de alimentos essenciais não tenha sido contemplado pelo OE2024, assim como as medidas "requentadas" em matéria de habitação.

"Não temos uma verdadeira fiscalidade amiga das famílias nem uma fiscalidade verde. Basta olharmos para o aumento que existe no âmbito do apoio aos combustíveis fósseis: são mais de 68 milhões de euros, um aumento de 25%", declarou a deputada.
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por Lusa

IVA zero acaba e valor vai reforçar apoios aos mais vulneráveis

A isenção de IVA do cabaz de 46 géneros alimentares não vai ser renovada em 2024, estando prevista uma compensação de valor equivalente no reforço das prestações sociais das famílias mais vulneráveis.

A alteração do modelo foi anunciada hoje pelo ministro das Finanças, Fernando Medina, na apresentação da proposta do Orçamento do Estado para 2024 (OE2024), que foi hoje entregue no parlamento.

"A nossa opção é tornar permanente a compensação equivalente ao IVA zero no conjunto das prestações sociais que abrangem os mais vulneráveis da sociedade", disse o ministro, detalhando que, desta forma, em vez de existir um mecanismo geral de que todos beneficiam, este será direcionado para o cerca de um milhão de famílias mais vulneráveis.

O IVA zero que devia ter terminado em outubro foi, entretanto, prorrogado até ao final do ano.

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por Lusa

OE2024. Governo atribui 13,2 MEuro para bem-estar animal, esterilização e centros de recolha

O Governo quer transferir em 2024, para as autarquias e associações zoófilas, 13,2 milhões de euros destinados a "centros de recolha oficial de animais" e projetos de "apoio à esterilização e à promoção do bem-estar animal".

Segundo a proposta de Orçamento de Estado (OE) para 2024, hoje entregue pelo Governo à Assembleia da República, a maior parte deste pacote de apoios (4,9 milhões) destina-se a "investimento nos centros de recolha oficial de animais de companhia, sua requalificação em centros de bem-estar animal e na melhoria das instalações das associações zoófilas legalmente constituídas".

Um total de três milhões de euros destina-se a apoiar "processos de esterilização de animais, no âmbito de uma campanha nacional de esterilização".

Um milhão de euros vai apoiar a "prestação de serviços veterinários de assistência a animais detidos pelos centros de recolha oficial de animais, por famílias carenciadas, associações zoófilas ou que integrem colónias registadas ao abrigo dos programas CED (Captura, Esterilização e Devolução)", pode ler-se na proposta.

O documento contempla ainda 200 mil euros para o apoio ao "registo eletrónico de animais de companhia" e 100 mil para despesas das associações zoófilas com "produtos de uso veterinário".

O Instituto da Conservação da Natureza e Florestas (ICNF) irá apoiar em três milhões de euros a criação de uma rede nacional de respostas de acolhimento temporário, medidas para animais errantes e ações formativas e de promoção da detenção responsável de animais de companhia.

As famílias carenciadas terão uma linha de apoio, com verbas até um milhão de euros, destinada a "comparticipar despesas relativas a prestação de serviços veterinários de assistência a animais de companhia".

Para aceder a estas verbas, as "juntas de freguesia devem aprovar e implementar planos plurianuais de promoção do bem-estar dos animais de companhia, em articulação com os serviços municipais e as associações zoófilas com intervenção local e remetê-los ao ICNF, que os divulga em secção específica do seu portal na Internet".

Já as câmaras podem aceder aos apoios para os centros de recolha oficial de animais de companhia desde que assegurem "o acesso a cuidados de bem-estar" e o acesso gratuito ou a custo acessível a consultas e tratamentos médico-veterinários".

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por RTP

Medina diz que seria irresponsável prometer "dar tudo a todos"

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Na apresentação do Orçamento do Estado para 2024, o ministro das Finanças acusou os partidos da oposição de demagogia. Fernando Medina diz que é "irresponsável" prometer dar tudo a todos"

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por RTP

Livre critica ausência de um fundo de emergência para a habitação

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Rui Tavares, do Livre, acredita que as medidas do OE2024 para conter a escalada dos juros estão mal desenhadas, já que "não vão buscar à banca a resolução de um problema que a banca em Portugal criou".

Além disso, o deputado considera que a "emergência na habitação" implica a criação de um fundo de emergência financiado com as vendas de imobiliário de luxo "a milionários não contribuintes e não residentes que procuram Portugal", algo que não consta no orçamento.

"Portugal é neste momento o país da União Europeia mais procurado por milionários estrangeiros. São basicamente insensíveis ao aumento dos preços, podem pagar um milhão por uma casa no centro de Lisboa, Porto ou outra cidade", pelo que "deve ser taxada essa transação de forma a que uma parte vá para este fundo de emergência na habitação", pede Rui Tavares.
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Este orçamento "vai merecer o combate do PCP"

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O PCP reagiu ao anúncio do Orçamento do Estado de 2024 e afirmou que o documento "limita salários" e degrada serviços públicos. Paula Santos diz que a proposta não valoriza trabalhadores e reformados. "Continua a empurrar os trabalhadores e os reformados para o empobrecimento".

Para o Partido Comunista este orçamento promove precariedade e perda de poder de compra e não luta contra os interesses da banca. "Vai merecer o combate do PCP", declarou Paula Santos.
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IL acusa Medina de mentir e avança que irá votar contra OE2024

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João Cotrim Figueiredo também já reagiu, dizendo que a Iniciativa Liberal gostaria de ver um orçamento que criasse condições para que o país cresça e para que os serviços públicos funcionem, o que "não acontece" neste documento.

“O senhor ministro das Finanças mentiu. Mentiu ao dizer que a carga fiscal no ano de 2024 não irá crescer. Ela vai crescer”, frisou.

O deputado da IL afirmou que, segundo os dados do OE, “embora os impostos diretos cresçam pouco, os impostos indiretos vão crescer quase 9%” e o “total das receitas fiscais só de impostos vai crescer 4,8%, o que é mais do que vai crescer o PIB nominal, ou seja, a carga fiscal vai subir novamente em 2024”.

“É este tipo de engano, este tipo de habilidade que queremos denunciar aqui”, acrescentou.

Ainda antes do começo da apresentação do Orçamento do Estado, o líder da IL Rui Rocha já tinha anunciado que o partido votaria contra o documento.
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"É um orçamento que não está à altura da necessidade do país", acusa Bloco

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A reação do Bloco de Esquerda ao Orçamento do Estado 2024 não se fez esperar, com Pedro Filipe Soares a dizer que é um documento que fica aquém e que não ajuda as famílias que mais precisam. "Os salários continuam a perder poder de compra", disse o deputado bloquista.

O deputado afirmou que na Administração Pública "o braço de ferro" com os funcionários vai continuar a vai continuar a massacrar a função pública.

No que toca à habitação, o Bloco acusa o Governo de promover a especulação ao não baixar as rendas e os preços das casas. "O governo insiste em premiar a especulação".

"É um orçamento que não está à altura da necessidade do país".
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OE2024. Chega fala em "orçamento de remendos" e de propaganda

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André Ventura já reagiu à apresentação do Orçamento do Estado para 2024, falando num "orçamento de remendos".

"Não há uma ideia de desenvolvimento, não há uma ideia estruturada de alívio fiscal, não há uma ideia de crescimento, há remendos. Remendos, algum eleitoralismo e muita propaganda", declarou aos jornalistas.

O líder do Chega classificou como "mentira" que todos os trabalhadores serão abrangidos pela descida do IRS neste orçamento. O ministro das Finanças anunciou esta tarde a redução das taxas do primeiro até ao quinto escalão.

"Esta descida do IRS vai deixar de fora 400 mil a meio milhão de trabalhadores", afirmou.
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por Lusa

OE2024. Habitação com mais destaque e mais detalhes

O Orçamento do Estado para 2024 (OE2024), hoje entregue no parlamento, dá mais destaque ao tema da habitação, nomeadamente às medidas do recém-aprovado pacote Mais Habitação, detalhando destinatários e verbas de cada programa e apoio em vigor.

A comparação entre os relatórios dos OE2023 e OE2024 confirma o agravamento da crise habitacional, visível na quantidade de tentativas de resposta por parte do Governo.

No OE2024, o Executivo traça três prioridades para 2024: reforçar os rendimentos, promover o investimento e proteger o futuro.

Promover a habitação é uma das seis ações concretas na prioridade "reforçar os rendimentos", no quadro da qual se detalham os programas e apoios.

O apoio extraordinário à renda, destinado às famílias com taxa de esforço para pagamento da renda superior a 35%, não sofrerá alterações em termos de impacto orçamental, prevendo-se os mesmos 250 milhões de euros do que em 2023.

O Governo estima abranger com este apoio -- que pode ir até 200 euros por mês -- cerca de 185 mil famílias, assumindo um "reforço do papel do Estado na promoção direta de respostas habitacionais".

O Executivo considera "fundamental (...) inverter um paradigma de resposta" centrado no mercado privado e "que foi incapaz de assegurar a provisão e acesso à habitação para todos".

Ainda assim, considera que, a par do reforço do parque habitacional público, "é fulcral adotarem-se mecanismos de articulação com o mercado de arrendamento privado, com especial enfoque na criação de resposta mais imediatas para as famílias com menores rendimentos e rendimentos médios".

No que respeita ao 1.º Direito, programa de apoio ao acesso à habitação para pessoas que vivem em condições indignas, o Governo destina-lhe 330 milhões de euros em 2024, estimando beneficiar 26 mil agregados até 2026.

Já o impacto orçamental do Porta 65 Jovem, destinado a pessoas com idade igual ou superior a 18 anos e inferior a 35 anos, será em 2024 superior em relação a 2023, para um total de 37 milhões de euros (mais seis milhões de euros).

Segundo o Governo, o programa -- que terá candidaturas contínuas ao longo de 2024 -- destina-se a beneficiar cerca de 26 mil jovens por ano, num total de 290.769 pessoas.

O relatório do OE2024 detalha as novas medidas propostas no pacote Mais Habitação, que entrou em vigor em 07 de outubro.

O Porta 65+, que alarga o programa original a agregados monoparentais ou com quebra de rendimentos superior a 20% face aos rendimentos dos três meses precedentes ou do período homólogo do ano anterior, terá um impacto orçamental de quatro milhões de euros, enquanto o programa Arrendar para Subarrendar -- que se destina aos agregados cujo rendimento anual bruto seja igual ou inferior ao 6.º escalão de IRS -- rondará os cinco milhões de euros.

O primeiro concurso ao abrigo do Arrendar para Subarrendar -- que abriu em 6 de outubro -- vai sortear 106 casas de renda acessível em 18 concelhos do país e, no relatório, o Governo informa que pretende avançar com mais concursos até final do ano.

Há ainda uma medida destinada a agregados com rendimentos intermédios, que passa pelo reforço do parque público de habitação a custos acessíveis, no âmbito da qual o Executivo espera conseguir 6.800 habitações até 2026, orçamentada em 216 milhões de euros.

O Governo apresentou hoje o Orçamento do Estado de 2024 que revê em alta o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2023, de 1,8% para 2,2%, e em baixa, de 2,0% para 1,5%, no próximo ano.

A taxa de desemprego é revista em alta para o próximo ano, situando-se nos 6,7% em 2024, face aos anteriores 6,4%.

Já quanto à inflação, o Executivo está ligeiramente mais pessimista, prevendo que a taxa caia de 8,1% em 2022 para 5,3% em 2023 e 3,3% em 2024.

A proposta de lei prevê, igualmente, o melhor saldo orçamental em democracia, apontando-se 0,8% do PIB em 2023 e 0,2% em 2024.

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OE2024. Utentes sem médico de família com plano integrado para acesso à saúde

O Governo quer criar um plano integrado para facilitar o acesso à saúde dos utentes sem médico de família, que ascendem a mais de 1,6 milhões de pessoas, indica a proposta de Orçamento do Estado para 2024.

A medida consta da proposta orçamental do Governo para o próximo ano, hoje entregue no parlamento e que é debatida na generalidade nos próximos dias 30 e 31, com a votação final global marcada para 29 de novembro.

"Em 2024, o Governo intensifica as medidas adequadas para alargar o número de utentes com equipa de saúde familiar atribuída e desenvolver um plano integrado para facilitar o acesso aos cuidados de saúde dos utentes que não têm médico de família atribuído", refere o documento.

Segundo os últimos dados do portal da transparência do Serviço Nacional de Saúde (SNS), em setembro 1.653.424 utentes não tinham médico de família atribuído, mais 53.084 do que no mês anterior.

Depois de salientar que a atividade assistencial do SNS já recuperou dos "efeitos emergenciais do período da pandemia da covid 19 e que atinge, nos dias de hoje, uma dimensão inédita", a proposta orçamental do Governo avança com várias medidas para melhorar a cobertura dos cuidados de saúde primários.

Nesse sentido, aponta o reforço da formação de médicos na especialidade de medicina geral e familiar e agilização do processo de contratação e fixação no SNS, quer prosseguir o trabalho de generalização das USF modelo B, alargar a carteira de serviços dos cuidados de saúde primários e qualificar as instalações e os equipamentos das unidades de saúde.

O Governo apresentou hoje o Orçamento do Estado de 2024 (OE2024) que revê em alta o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2023, de 1,8% para 2,2%, e em baixa de 2,0% para 1,5% no próximo ano.

A taxa de desemprego é revista em alta para o próximo ano, prevendo agora 6,7% em 2024, face aos anteriores 6,4%.

Já quanto à inflação, o executivo está ligeiramente mais pessimista, prevendo que a taxa caia de 8,1% em 2022 para 5,3% em 2023 e 3,3% em 2024.

A proposta de lei prevê, igualmente, o melhor saldo orçamental em democracia, apontando-se 0,8% do PIB em 2023 e 0,2% em 2024.

PC // FPA

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OE2024. Negócios Estrangeiros aumenta despesa em 37,8 por cento

A despesa total consolidada do Ministério dos Negócios Estrangeiros para 2024 é de 673,4 milhões de euros, mais 37,8 por cento do que em 2023, segundo a proposta de Orçamento do Estado para o próximo ano, hoje entregue no parlamento.

O relatório que acompanha a proposta de Orçamento do Estado (OE) para 2024, entregue hoje pelo Ministro das Finanças na Assembleia da República, indica que o Programa Orçamental da Representação Externa prevê uma despesa efetiva consolidada de 484,8 milhões de euros, oito por cento mais do que no ano corrente.

A receita total consolidada prevista para o próximo ano cai 14,7 por cento, face à estimativa de 789,2 milhões em 2023, para 673,4 milhões de euros, montante igual ao da despesa total prevista.

Para a dotação de despesa total consolidada do Programa, contribuem sobretudo os 152,5 milhões de euros da estrutura da massa salarial dos serviços internos e dos serviços periféricos externos que integram a Gestão Administrativa e Financeira do Ministério dos Negócios Estrangeiros (GAF MNE), seguindo-se o Camões, I.P., com 39,2 milhões de euros, que incluem os encargos com o mapa de pessoal e reforço da rede de Ensino de Português no Estrangeiro (EPE), e a AICEP no valor de 29,7 milhões de euros.

As dotações referentes a aquisições de bens e serviços, ascendem a 97,2 milhões de euros, dos quais 63,3 milhões de euros afetos à GAF MNE, associados aos custos correntes da atividade da entidade e projetos no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência.

Na proposta de OE para este ano, o Ministério dos Negócios Estrangeiros aponta que, na medida 103 -- "Impacto do choque geopolítico" foram afetos 0,89 milhões de euros, em linha com o valor do ano anterior.

Na especificação de "Políticas e medidas" da representação externa é referida a guerra na Europa e a contestação à ordem internacional assente em regras e princípios do direito internacional, com a promessa de que Portugal acompanhará o reforço da defesa europeia e da solidariedade transatlântica.

Do total de receita consolidada, 335 milhões de euros respeitam a receitas de impostos, e transferências correntes no valor de 199,5 milhões de euros.

Na proposta do OE2024, a dotação de despesa total consolidada do Programa prevê um aumento nas despesas com pessoal, aquisição de bens e serviços, e uma redução no investimento e transferências de capital.

No capitulo da representação externa, o Governo promete "continuar a implementar o Acordo sobre Mobilidade" com a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), "na sequência das alterações legislativas realizadas em 2023, promovendo a imigração segura e bem integrada, bem como os direitos dos portugueses emigrados no espaço lusófono", um acordo que Bruxelas questionou, mas que o Governo já repetidamente garantiu que não viola as regras de Schengen.

O executivo quer ainda reforçar as capacidades do Instituto Internacional da Língua Portuguesa e "continuar a diversificar parcerias com atores do desenvolvimento, utilizando instrumentos e modalidades de cooperação variados, incluindo o reforço de projetos de cooperação triangular com agências de cooperação de outros países".

A ligação às comunidades portuguesas passa, entre outras ações, por "prosseguir a implementação do Novo Modelo de Gestão Consular" e para a internacionalização da língua, da cultura e da ciência portuguesas o Governo propõe-se reforçar a rede de ensino de português no estrangeiro conferindo, com reforço das metodologias de ensino com recurso a conteúdos, plataformas e suportes digitais e dos programas de apoio à tradução e à edição de obras escritas em língua portuguesa.

O Governo apresentou hoje o Orçamento do Estado de 2024 (OE2024) que revê em alta o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2023, de 1,8% para 2,2%, e em baixa de 2,0% para 1,5% no próximo ano.

A taxa de desemprego é revista em alta para o próximo ano, prevendo agora 6,7% em 2024, face aos anteriores 6,4%.

Já quanto à inflação, o executivo está ligeiramente mais pessimista, prevendo que a taxa caia de 8,1% em 2022 para 5,3% em 2023 e 3,3% em 2024.

A proposta de lei prevê, igualmente, o melhor saldo orçamental em democracia, apontando-se 0,8% do PIB em 2023 e 0,2% em 2024.

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por Lusa

OE2024. Governo quer migrar aviação executiva para Cascais e deslocalizar Figo Maduro

Foto: Paulo Domingos Lourenço - RTP

O Governo quer avançar com a migração da aviação executiva para o Aeródromo Municipal de Cascais, para aliviar o aeroporto Humberto Delgado, e com a deslocalização de Figo Maduro, segundo a proposta de Orçamento do Estado para 2024 (OE2024).

"Estão a ser encetados procedimentos para melhorias estruturais no AHD [aeroporto Humberto Delgado], que passam pela deslocalização da área militar de Figo Maduro (AT1) e a utilização dessa área para a operação civil", lê-se no relatório que acompanha a proposta de OE 2024.

Além disso, "valorizando o tecido aeroportuário nacional, visa-se proceder à migração da aviação executiva do AHD para o Aeródromo Municipal de Cascais, procurando a resultante melhoria do AHD, mas também a especialização do Aeródromo Municipal de Cascais no referido tráfego e apostar na migração do tráfego de formação, tão importante para a continuidade da aviação nacional, do Aeródromo Municipal de Cascais para os demais aeródromos nacionais espalhados pelo país, procurando a dinamização desses polos aeroportuários e reforçar a coesão territorial", detalha.

Questionado sobre os trabalhos para a expansão da capacidade aeroportuária de Lisboa, o ministro das Finanças, Fernando Medina, disse que em "Figo Maduro estão a ser feitos os trabalhos relativamente à realização dessas obras, que são por conta do concessionário [ANA/Vinci] no regime que esta definido".

O Governo apresentou hoje o Orçamento do Estado de 2024 (OE2024) que revê em alta o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2023, de 1,8% para 2,2%, e em baixa de 2,0% para 1,5% no próximo ano.

A taxa de desemprego é revista em alta para o próximo ano, prevendo agora 6,7% em 2024, face aos anteriores 6,4%.

Já quanto à inflação, o executivo está ligeiramente mais pessimista, prevendo que a taxa caia de 8,1% em 2022 para 5,3% em 2023 e 3,3% em 2024.

A proposta de lei prevê, igualmente, o melhor saldo orçamental em democracia, apontando-se 0,8% do PIB em 2023 e 0,2% em 2024.

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por Lusa

OE2024. Teto de endividamento das empresas públicas limitado a 2%

O teto de endividamento das empresas públicas "fica limitado a 2%", indica o Governo na proposta de lei do Orçamento do Estado para 2024 (OE2024) hoje entregue no parlamento.

"O crescimento global do endividamento das empresas públicas fica limitado a 2%, calculado nos termos a definir no decreto-lei de execução orçamental", lê-se no documento.

"Sem prejuízo do disposto no número anterior e dos objetivos de endividamento previstos, as empresas públicas têm assegurada a necessária autonomia administrativa e financeira para a execução das rubricas orçamentais relativas a programas de investimento previstos nos respetivos orçamentos", acrescenta o Governo.

A proposta de OE2024 vai ser debatida e votada na generalidade nos dias 30 e 31 de outubro. A votação final global está agendada para 29 de novembro.

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por Lusa

OE2024. Governo cria fundo pós PRR com verbas de excedentes orçamentais

O ministro das Finanças anunciou hoje a criação de um fundo de investimento pós-2026, depois do PRR, cujas verbas vão resultar de excedentes orçamentais, entre outras receitas, como o fim das concessões rodoviárias.

"Obviamente que Portugal defende que se mantenha a nível europeu um instrumento permanente e definitivo que suceda ao PRR [Plano de Recuperação e Resiliência], mas temos de mobilizar já os recursos para podermos assegurar que, passados estes anos de forte disponibilidade de recursos [...] continuamos a dispor de recursos para o futuro", afirmou Fernando Medina, durante a conferência de imprensa de apresentação do Orçamento do Estado para o próximo ano, no Salão Nobre do Ministério das Finanças, em Lisboa.

As dotações do fundo para o investimento estruturante pós-2026, prosseguiu o governante, virão quer dos saldos orçamentais positivos, quer também de outras receitas que se venham a gerar, como, por exemplo, as que resultam do fim das concessões rodoviárias existentes.

"Pensar o país traz respostas ao problemas de hoje, pensar o país traz respostas aos desafios do futuro", apontou Fernando Medina.

O Governo entregou hoje na Assembleia da República a proposta de Orçamento do Estado para 2024 (OE2024), que será discutida e votada na generalidade nos dias 30 e 31 de outubro, estando a votação final global agendada para 29 de novembro.

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por Lusa

OE2024. CP paga dividendos de 1,78 ME depois de primeiros lucros da história

A CP - Comboios de Portugal deverá pagar dividendos de 1,78 milhões de euros ao Estado, depois de ter registado os primeiros lucros da sua história, de acordo com a proposta de Orçamento do Estado para 2024 (OE2024).

No relatório que acompanha a proposta, o Governo estima que a CP pague, em 2024, dividendos de 1,78 milhões de euros, ainda que não divulgue a estimativa de resultados da transportadora para este ano. Em 2022, a CP registou lucros pela primeira vez na sua história.

De acordo com o documento, em 2024, a CP pretende ainda "dar início ao fabrico de até 117 novas automotoras elétricas (até 62 para os serviços urbanos de Lisboa e do Porto e até 55 para os serviços regionais)".

"Será dada continuidade à reabilitação do material circulante de modo a suprir as necessidades deste material até entrega das novas automotoras, com vista a melhorar e incrementar a oferta da CP", segundo o documento, que prevê ainda "a realização do projeto denominado `Comboio Português`, mediante fabrico de um protótipo de comboio de produção nacional, com vista a aferir da sua viabilidade comercial, projeto este financiado por fundos europeus".

No OE2024, para o ano, a CP tem inscrito um valor de 99 milhões de euros em aquisição de frota, de um total de 977 milhões de euros.

O Governo apresentou hoje o Orçamento do Estado de 2024 que revê em alta o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2023, de 1,8% para 2,2%, e em baixa de 2,0% para 1,5% no próximo ano.

A taxa de desemprego é revista em alta para o próximo ano, prevendo agora 6,7% em 2024, face aos anteriores 6,4%.

Já quanto à inflação, o executivo está ligeiramente mais pessimista, prevendo que a taxa caia de 8,1% em 2022 para 5,3% em 2023 e 3,3% em 2024.

A proposta de lei prevê, igualmente, o melhor saldo orçamental em democracia, apontando-se 0,8% do PIB em 2023 e 0,2% em 2024.

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Momento-Chave
por RTP

Governo quer investidor que faça crescer a TAP

Na segunda ronda de questões o ministro falou no IVA Zero. Fernando Medina lembrou que está a ser feita a prorrogação até ao fim de 2023 e que a decisão para 2024 passará por adotar uma política mais focalizada e dirigida. “Em vez de haver um mecanismo de âmbito geral a nova medida vai focar-se nos que precisam mais”.

Sobre a falta de dados da TAP no Orçamento do Estado para o próximo ano, o ministro das Finanças explicou que quer um comprador que faça crescer a companhia aérea e Portugal.

“No decreto-lei, o governo é claro, queremos como investidor alguém que faça crescer a TAP. Fazer crescer o investimento e o emprego em Portugal. Não queremos fazer uma venda a um fundo de investimento que apenas tem como objetivo os lucros”.

Questionado sobre o estatuto dos residentes não habituais em Portugal, Fernando Medina explicou que aqueles que já detêm esse estatuto não terão qualquer alteração, garantindo que aqueles que tentaram aderir até ao fim do ano estarão abrangidos pela atual lei.
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Momento-Chave
por RTP

Receita da privatização da TAP não entra no OE e será para abate à dúvida pública

Ainda nas respostas aos jornalistas, o ministro das Finanças afirmou que a receita da privatização da TAP não está inscrita no Orçamento do Estado para 2024.

Por essa razão, “a receita que ocorrer dessa privatização será registada como receita do Estado” e, de acordo com a lei, “a esmagadora maioria da receita obtida em privatizações é para abate à dúvida pública de forma direta”, adiantou Fernando Medina.
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por RTP

Maior receita de impostos não significa maiores taxas de imposto

Questionado pela RTP sobre a subida da receita fiscal e descida de impostos, o ministro das Finanças esclareceu que “o facto de existir uma receita de impostos mais elevada não significa que as taxas de imposto pagas por cada um tenham aumentado”.

Medina explicou que em 2023 a explicação para o aumento da receita fiscal foi o maior número de pessoas a trabalhar.
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por Lusa

OE2024. Regime fiscal do residente não habitual mantém-se para investigação e inovação

O regime dos residentes não habituais é revogado na proposta do Orçamento do Estado para 2024 (OE2024), mas vai ser criado um incentivo fiscal de moldes semelhantes dirigido a investigação científica e inovação.

"Beneficiam do regime de incentivo fiscal à investigação científica e inovação os sujeitos passivos que, tornando-se fiscalmente residentes nos termos dos n.ºs 1 e 2 do artigo 16.º do Código do IRS, não tenham sido residentes em território português em qualquer dos cinco anos anteriores", refere a proposta do OE2024 que o Governo entregou hoje no parlamento.

Para beneficiarem do regime, estas pessoas terão de auferir rendimentos que se enquadrem em "carreiras de docentes de ensino superior e de investigação científica, incluindo emprego científico em entidades, estruturas e redes dedicadas à produção, difusão e transmissão de conhecimento, integradas no sistema nacional de ciência e tecnologia" ou "postos de trabalho qualificados no âmbito dos benefícios contratuais ao investimento produtivo, nos termos do capítulo II do Código Fiscal do Investimento".

Será ainda necessário que os rendimentos em causa se enquadrem em "postos de trabalho de investigação e desenvolvimento, de pessoal com habilitações literárias mínimas do nível 8 do Quadro Nacional de Qualificações [doutoramento], cujos custos sejam elegíveis para efeitos do sistema de incentivos fiscais em investigação e desenvolvimento empresarial".

As pessoas que cumpram estes requisitos beneficiam de uma taxa de tributação em sede de IRS de 20% "sobre os rendimentos líquidos das categorias A e B auferidos" no âmbito daquelas atividades "durante um prazo de 10 anos consecutivos a partir do ano da sua inscrição como residente em território português".

Os requisitos (ter de residir pelo menos 183 dias por ano em Portugal e não ter sido residente em Portugal nos cinco anos anteriores) e os benefícios (pagar uma taxa especial de 20% de IRS durante 10 anos) são no essencial as regras do regime fiscal do Residente Não Habitual (RNH) que é agora revogado e que era acessível a uma lista de profissões consideradas como sendo de elevado valor acrescentado.

A proposta do OE2024 prevê, por outro lado, que as pessoas que possam beneficiar deste regime "e obtenham, no estrangeiro, rendimentos das categorias A [trabalho dependente], B [trabalho independente], E [capitais], F [prediais] e G [mais-valias ou outros incrementos patrimoniais], aplica-se o método da isenção, sendo obrigatoriamente englobados para efeitos de determinação da taxa a aplicar aos restantes rendimentos".

O Governo entregou hoje na Assembleia da República a proposta de OE2024, que será discutida e votada na generalidade nos dias 30 e 31 de outubro, estando a votação final global agendada para 29 de novembro.

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por Lusa

OE2024. Adicional sobre banca mantém-se mas Governo estima captar mais 800 mil euros

O Governo mantém o adicional de solidariedade sobre a banca em 2024, estimando um encaixe de 38,8 milhões de euros para os cofres públicos, um ligeiro aumento em termos homólogos, segundo a proposta do Orçamento do Estado.

Face a 2023, o Governo calcula arrecadar mais 800 mil euros com este adicional, que se soma à contribuição sobre o setor bancário, orçada em 210 milhões de euros, refere o documento hoje entregue no parlamento.

Esta taxa sobre o setor bancário foi criada em 2020 como uma contribuição adicional para ajudar a suportar os custos da resposta ao impacto da pandemia da covid-19, sendo a receita obtida dirigida ao Fundo de Estabilização Financeira da Segurança Social.

O adicional à contribuição do setor bancário foi contestado pelo setor bancário aquando da sua criação, tendo a Associação Portuguesa de Bancos (APB) dito, então, "desconhecer e não compreender" as razões que justificam aplicar uma contribuição adicional de solidariedade "apenas ao setor bancário".

Este custo específico dos bancos soma-se à contribuição sobre o setor bancário, uma medida extraordinária instituída pelo Governo de José Sócrates em 2011, mas que desde então todos os governos mantiveram e até aumentaram.

Para 2024, o Governo estima que esta contribuição se mantenha em 210 milhões de euros.

A contribuição sobre o setor bancário financia o Fundo de Resolução bancário, que consolida nas contas públicas.

O Governo entregou hoje na Assembleia da República a proposta de Orçamento do Estado para 2024 (OE2024), que será discutida e votada na generalidade nos dias 30 e 31 de outubro, estando a votação final global agendada para 29 de novembro.

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por Lusa

OE2024. Freguesias recebem 349,4 milhões de euros de subvenção geral

As freguesias vão receber no próximo ano uma subvenção geral de 349,4 milhões de euros através do Orçamento do Estado para 2024 (OE2024), mais 56,2 milhões do que este ano, caso a proposta hoje entregue no parlamento seja aprovada.

Na proposta de OE2024, o Governo atribui às freguesias como subvenção geral o montante global de 349.421.122 euros e estabelece que o Fundo de Financiamento das Freguesias (FFF) será distribuído de forma a assegurar "um crescimento nominal mínimo de 7,8 % face ao valor do ano anterior" por cada destas autarquias.

Segundo a proposta de OE2024, depois de cumprida esta regra, 70% do remanescente do FFF será distribuído igualmente por todas as freguesias do continente reconhecidas por lei como sendo de baixa densidade e ainda pelas freguesias das regiões autónomas.

Os restantes 30% serão divididos "igualmente pelas restantes freguesias".

As freguesias de Lisboa receberão em 2024 o montante global de 76 milhões de euros, no âmbito da reforma administrativa deste município, que ocorreu separada da reforma na generalidade do país.

As juntas de freguesia terão ainda 30,6 milhões de euros para pagamento dos vencimentos dos autarcas que desempenham funções a meio tempo ou a tempo inteiro.

No âmbito dos autos de transferência de competências de municípios para freguesias do continente, o OE2024 indica que serão retidos um total de 150.621.587,68 euros a câmaras municipais para distribuir pelas freguesias que passaram a assumir essas competências.

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Momento-Chave
por Lusa

OE2024. Governo revê em alta previsão da taxa de desemprego para 6,7%

O Governo reviu em alta a taxa de desemprego para o próximo ano, prevendo agora 6,7% em 2024, face aos anteriores 6,4%, segundo o relatório que acompanha a proposta de Orçamento do Estado para 2024 (OE2024).

No relatório do OE2024, o Governo estima uma taxa de desemprego de 6,7% tanto em 2023 como em 2024.

No Programa de Estabilidade, em abril, o Governo previa uma taxa de desemprego 6,7% para 2023 e de 6,4% para 2024.

"O emprego deverá crescer 1,1% e 0,4% em 2023 e 2024, respetivamente, enquanto a taxa de desemprego se mantém inalterada nos 6,7% da população ativa (6% em 2022)", pode ler-se no relatório.

"Num contexto de abrandamento económico, mantém-se a tendência de aumento da taxa de atividade e de emprego para níveis historicamente elevados, assumindo-se que as empresas absorvem parcialmente o choque da desaceleração económica ao invés de reduzir a mão-de-obra", sublinha o Governo.

Segundo o relatório, "esta dinâmica do mercado de trabalho terá reflexo na evolução das remunerações por trabalhador, que deverão crescer 8,3% em 2023 e 5% em 2024, atenuando o impacto das elevadas taxas de juro e da inflação sobre o rendimento disponível".

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Momento-Chave
por Lusa

OE2024. Despesa com pessoal do SNS aumenta cerca de 337 milhões de euros

A despesa com pessoal do Serviço Nacional de Saúde (SNS) vai aumentar cerca de 377 milhões de euros no próximo ano, totalizando 6.377,9 milhões de euros (+6,3%), segundo a proposta do Orçamento do Estado para 2024 (OE2024), hoje apresentada.

De acordo com o relatório do OE2024, do orçamentado em despesas com pessoal, cerca de 97,8% está alocado às entidades do Serviço Nacional de Saúde (SNS).

O Programa Orçamental apresenta um orçamento consolidado essencialmente repartido em despesas com pessoal (40,6%) e aquisição de bens e serviços (51,1%), designadamente, compras de medicamentos, meios complementares de diagnóstico e terapêutica e parcerias público-privadas.

Segundo o documento, do total de receita consolidada, no valor de 15.711,2 milhões de euros, cerca de 84,9% são verbas com origem em receitas de impostos (13.346,0 milhões de euros), para o contrato programa a estabelecer entre a Administração Central do Sistema de Saúde e as entidades do Serviço Nacional de Saúde, para o financiamento centralizado da Rede Nacional Cuidados Continuados e parcerias público-privadas, entre outros.

"Similarmente a receita do Programa inclui receitas de transferências entre entidades (157,3 milhões de euros) e fundos europeus (487,9 milhões de euros)", acrescenta.

A proposta do Orçamento do Estado para 2024 refere que o investimento tem um peso de 5,6% no total do orçamento, destacando-se novamente as entidades do SNS com orçamento inscrito de 805,5 milhões de euros.

O Governo entregou hoje na Assembleia da República a proposta de Orçamento do Estado para 2024 (OE2024), que será discutida e votada na generalidade nos dias 30 e 31 de outubro, estando a votação final global agendada para 29 de novembro.

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Momento-Chave
por RTP

Resultados para o próximo ano

“O que nós contamos deste contexto externo e deste resultado de políticas que vos apresentei nas várias áreas resulta de uma perspetiva para o ano de 2024. E esta perspetiva diz que a economia portuguesa vai continuar a crescer”, afirmou Fernando Medina.

O ministro das Finanças garantiu que o crescimento será sustentado no consumo privado e no seu investimento mas “com um abrandamento expectável relativamente à sua balança externa”.

O crescimento poderá ser acima da zona euro, acredita Fernando Medina em que a balança externa será excedentária, com um saldo orçamental perto do equilíbrio.

“É seguro que terminaremos 2023 com uma dívida pública inferior à Grécia, Itália, Espanha, França e também à própria Bélgica”.

O ministro explicou que o grande objetivo para o ano de 2024 passa por ter uma dívida pública inferior a 100 por cento do PIB.

“Esta é a resposta que o país precisa”, disse Fernando Medina em síntese para o novo Orçamento do Estado 2024.
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por Lusa

OE2024: Despesa para o desporto fixada em 50,3 milhões de euros

Pedro A. Pina - RTP

O Governo fixou em 50,3 milhões de euros (ME) o valor da despesa no setor do desporto para 2024, segundo o relatório que acompanha a proposta de Orçamento do Estado (OE2024), hoje entregue na Assembleia da República.

Este valor representa um aumento de 5,6 ME em relação a 2023, mantendo a tendência manifestada desde 2020, o primeiro ano marcado pela pandemia de covid-19, mas apenas 300 mil euros acima do valor estipulado em 2019.

"O Governo continua a reforçar o papel de Portugal no contexto desportivo internacional e num ano que será de Jogos Olímpicos e Paralímpicos, em Paris. Para a preparação olímpica e paralímpica concorre a melhoria dos programas de preparação competitiva, nacional e internacional, a aposta na promoção da conciliação do sucesso desportivo com o sucesso académico”, pode ler-se no relatório que acompanha o OE2024.

O reforço das políticas de promoção da integridade, verdade desportiva, ética e valores do desporto são também aposta, com realce para o combate à dopagem, para os novos mecanismos legais que vão potenciar a ação da Autoridade para a Prevenção e Combate à Violência no Desporto.

A Plataforma Nacional de Combate à Manipulação de Competições Desportivas, enquadrada na aprovação do Regime Jurídico da Integridade do Desporto e do Combate de Comportamentos Antidesportivos, bem como do Regime Jurídico para as Sociedades Desportivas, estará igualmente em foco, bem como a proteção de crianças e jovens no desporto.

Está previsto ainda que sejam promovidas iniciativas de afirmação da representação das mulheres em muitas áreas do desporto, após a apresentação das recomendações do Grupo de Trabalho para a Igualdade de Género no Desporto.

Com a reforma do desporto escolar, o Governo pretende ainda garantir a todas as crianças e jovens em idade escolar uma maior oferta de modalidades e oportunidades de prática desportiva coesa e estruturada.

O reforço da participação de alunos nas atividades do desporto escolar, incluindo o aumento da taxa de participação feminina e o desporto adaptado, beneficiará de uma maior sinergia com os quadros competitivos do sistema desportivo federado, ao nível do seguro escolar, e da contratação plurianual dos grupos-equipa, articulados com a estratégia local de desenvolvimento desportivo das comunidades.

Em outros destaques da proposta, a implementação do Sistema Universal de Apoio à Vida Ativa, financiada pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), vai potenciar a generalização da prática regular da atividade física em diferentes idades e contextos, enquanto, ao apoiar clubes e associações, o Programa de Reabilitação de Instalações Desportivas vai contribuir para a renovação, reabilitação e conservação do parque desportivo nacional

O Governo entregou hoje na Assembleia da República a proposta de Orçamento do Estado para 2024 (OE2024), que será discutida e votada na generalidade nos dias 30 e 31 de outubro, estando a votação final global agendada para 29 de novembro.
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por Lusa

OE2024. Despesa consolidada da Cultura aumenta cinco milhões de euros face a 2023

A despesa total consolidada do Ministério da Cultura para 2024, excluindo a RTP, é de 509,4 milhões de euros, mais cinco milhões do que em 2023, segundo a proposta de Orçamento do Estado para 2024, hoje entregue no parlamento.

"O Programa Orçamental da Cultura evidencia, no orçamento para 2024, uma dotação de despesa total consolidada de 781,7 milhões de euros", lê-se no relatório da proposta orçamental do Governo, liderado por António Costa, aprovada no domingo em Conselho de Ministros extraordinário e disponibilizada hoje no `site` oficial da Assembleia da República, onde foi entregue pelas 13:00 de hoje.

O documento destaca no entanto que a despesa total consolidada da Cultura para 2024, excluindo a RTP, se situa nos 509,4 milhões de euros, valor que diz respeito aos organismos do setor tutelados pelo ministério de Pedro Adão e Silva.

No Orçamento do Estado para 2023, a despesa total consolidada da Cultura era de 504,3 milhões de euros.

No texto do relatório, o Governo salienta que, "em 2024 --- como tem acontecido desde o início da presente legislatura ---, o orçamento destinado às políticas públicas de cultura orienta-se por três princípios estruturantes: institucionalizar, modernizar e democratizar".

O Governo refere que "a concretização destes princípios será particularmente visível" numa série de medidas, como a alteração da estrutura da gestão do património cultural, com a criação da empresa Museus e Monumentos de Portugal e do instituto do Património Cultural, com a criação do Museu de Arte Contemporânea MAC/CCB, que é inaugurado este mês, com a consolidação dos apoios no âmbito das redes de Teatros, de Arte Contemporânea e de Museus, na reprogramação do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) e na comemoração dos 50 anos da Revolução do 25 de Abril.

O ministro da Cultura, Pedro Adão e Silva, em declarações aos jornalistas hoje de manhã em Lisboa, anunciou uma "medida com significado simbólico muito relevante" incluída no OE2024.

"Vamos retirar o IVA para os bilhetes dos acompanhantes de pessoas portadoras de deficiência nos vários eventos culturais. É uma reivindicação de muitas associações há muito tempo, e isso é uma medida que está consagrada no OE", afirmou, no Centro Cultural de Belém, à margem da apresentação pública do projeto CCB - New Development 2023.

De acordo com Pedro Adão e Silva, esta medida enquadra-se no objetivo de democratização do acesso à Cultura, "removendo obstáculos para aqueles para quem o acesso à Cultura é mais difícil, as pessoas portadoras de deficiência".

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por Lusa

OE2024. Alunos deslocados vão receber até 120 euros a mais de complemento de alojamento

Os alunos deslocados do ensino superior com bolsa poderão receber até 120 euros a mais do que já recebem, por mês, como complemento de alojamento, que é reforçado para vários concelhos na proposta de Orçamento do Estado para 2024.

"Com o reforço agora decidido os estudantes bolseiros deslocados, que estejam alojados fora de residência pública, passam a receber anualmente entre 2.642,40 euros e 5.020,51 euros de apoio para custear as suas despesas de alojamento", refere o relatório que acompanha a proposta de Orçamento do Estado para 2024 (OE2024).

De acordo com a proposta do Governo, o complemento de alojamento atribuído aos estudantes no próximo ano pode variar entre 264,24 e 456,41 euros mensais.

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por Lusa

OE2024. Regime dos residentes não habituais acaba mas inscrições ainda são possíveis

O regime fiscal que permite a reformados e trabalhadores estrangeiros ou ex-residentes que regressem a Portugal pagar uma taxa de IRS mais baixa vai acabar, mas quem a 31 de dezembro reunir critérios para inscrição ainda pode fazê-lo.

A revogação do regime consta da proposta do Orçamento do Estado para 2024 (OE2024) que o Governo entregou hoje no parlamento, e surge em linha com o que já tinha sido anunciado pelo primeiro-ministro, António Costa, mantendo-se para quem dele já beneficiava.

O regime, refere a proposta, continua a ser aplicável "aos sujeitos passivos que, à data da entrada em vigor da presente lei, já se encontrem inscritos como residentes não habituais no registo de contribuintes da AT, enquanto não estiver esgotado o período a que se referem os n.ºs 9 a 12 do artigo 16.º do Código do IRS [10 anos".

Além disso, a proposta do OE2024 determina que o regime continua a ser aplicável aos "sujeitos passivos que a 31 de dezembro de 2023 reunissem as condições para inscrição como residentes não habituais" assim como aos "titulares de um visto de residência válido àquela data até ao termo do prazo previsto no n.º 10 do artigo 16.º do Código do IRS na redação anterior à introduzida pela presente lei".

O número 10 do artigo 16 refere que o "sujeito passivo deve solicitar a inscrição como residente não habitual, por via eletrónica, no Portal das Finanças, posteriormente ao ato da inscrição como residente em território português e até 31 de março, inclusive, do ano seguinte àquele em que se torne residente nesse território".

Criado em 2009 e reformulado em 2012, o regime foi definido com o objetivo de atrair para Portugal reformados com pensões pagas por outros países e pessoas de profissões consideradas de elevado valor acrescentado.

O regime permite a quem não foi residente fiscal em Portugal nos cinco anos anteriores à adesão beneficiar, durante 10 anos, de uma taxa de IRS reduzida de 20% nos rendimentos de trabalho.

A lista de profissões elegíveis foi alvo de uma alteração há uns anos, tendo passado a incluir agricultores e profissões das ciências e engenharia, de nível intermédio, por exemplo, mas a excluir os arquitetos, `designers` ou geólogos.

No caso das pensões, o regime conferia inicialmente uma isenção de IRS aos reformados residentes em Portugal com pensões pagas por um país estrangeiro, mas o Orçamento do Estado para 2020 eliminou esta situação, criando uma taxa de 10% sobre estes rendimentos.

O Governo entregou hoje na Assembleia da República a proposta de Orçamento do Estado para 2024 (OE2024), que será discutida e votada na generalidade nos dias 30 e 31 de outubro, estando a votação final global agendada para 29 de novembro.

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Momento-Chave
por RTP

Reforço do complemento solidário para idosos

O OE2024 contempla ainda o reforço do complemento solidário para idosos, fazendo a convergência com o limiar da pobreza, antecipando a medida em dois anos face ao previsto no programa do Governo.

“Ao fazermos desde já a convergência com o limiar da pobreza, asseguramos com este aumento de 62,45€ que pomos fim a uma das medidas mais negativas que tinham sido tomadas durante o período do programa da Troika”, declarou o ministro das Finanças.
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Momento-Chave
por Lusa

OE2024. Conselho de Finanças Públicas valida previsões macroeconómicas do Governo

Pedro A. Pina - RTP

O Conselho de Finanças Públicas (CFP) endossou hoje as previsões macroeconómicas apresentadas na proposta de Orçamento do Estado para 2024 (OE2024).

"Em resultado da análise efetuada às previsões macroeconómicas subjacentes à POE/2024 [Proposta de Orçamento do Estado para 2024] do XXIII Governo Constitucional, com base na informação atualmente disponível e ponderando os riscos identificados, o CFP endossa as previsões macroeconómicas apresentadas", indicou, em comunicado.

Para o CFP, o cenário macroeconómico é "coerente com as restantes projeções" para a economia de Portugal, que incorporam informação relativa à evolução das principais economias parceiras, aos preços das matérias-primas nos mercados internacionais e as decisões de política monetária por parte do Banco Central Europeu (BCE).

Por outro lado, conforme sublinhou, todos estes cenários estão "fortemente condicionados por um elevado nível de incerteza" devido às tensões geopolíticas, à inflação e à consequente resposta dos bancos centrais.

No seu parecer, este organismo independente sublinhou que a elaboração do cenário macroeconómico ocorre num contexto de elevada incerteza interna e externa, “o que torna difícil a sua comparação com outras previsões e projeções produzidas em diferentes momentos no tempo”.

Assim, ao contrário do que se verificou nos anteriores pareceres, optou por não considerar as previsões e projeções anteriores a setembro de 2023, tendo em conta que esses cenários tendem a não captar “a rápida deterioração” dos indicadores de economias parceiras, bem como a persistência de uma política monetária mais restritiva.

O Ministério das Finanças estima que o Produto Interno Bruto (PIB) em volume deverá crescer 2,2% em 2023, abaixo dos 6,8% de 2022.

Esta previsão está em linha com a do CFP e próxima dos 2,1% apontados pelo Banco de Portugal (BdP).

Já para 2024, o ministério tutelado por Fernando Medina prevê uma desaceleração da atividade económica em 0,7 pontos percentuais, antecipando um crescimento do PIB em volume de 1,5%.

A estimativa do Ministério das Finanças para o PIB real está em linha com o valor avançado pelo BdP e é “marginalmente inferior” aos 1,6% referidos pelo CFP.

No que se refere ao mercado de trabalho, a proposta antecipa que o emprego deverá crescer 1,1% em 2023, enquanto a taxa de desemprego deverá agravar-se, relativamente a 2022, para 6,7%.

Para o ano seguinte, as previsões do Ministério das Finanças apontam para uma desaceleração no ritmo de crescimento do emprego para 0,4%, “um valor ligeiramente superior ao projetado pelo CFP e BdP, enquanto a taxa de desemprego se deverá manter inalterada em 6,7%”.

O CFP destacou que subsistem alguns riscos sobre o atual cenário, como a possibilidade de a conjuntura internacional poder deteriorar-se “de forma mais expressiva” em 2024, penalizando as perspetivas de procura externa e as exportações.

Destaca-se também a possibilidade de o consumo privado poder apresentar “um perfil descendente” face às elevadas taxas de juro, que penalizam o rendimento das famílias e as suas decisões de consumo e poupança.

“Ponderados os riscos do cenário do Ministério das Finanças, a incerteza do panorama macroeconómico atual e as projeções existentes para a economia portuguesa do CFP e do BdP, o cenário macroeconómico subjacente à POE/2024 afigura-se como provável”, concluiu.

O Governo entregou hoje na Assembleia da República a proposta de Orçamento do Estado para 2024 (OE2024), que será discutida e votada na generalidade nos dias 30 e 31 de outubro, estando a votação final global agendada para 29 de novembro.

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por RTP

Mudanças no investimento privado

O governo vai promover a criação de um fundo para o investimento estruturante no pós-2026. A ideia é dirigida a investimentos públicos e privados e será financiado com verbas de saldos orçamentais positivos.

Este programa arranca ainda em 2023 e terá como valor base os dois mil milhões de euros.

Fernando Medina explicou que é necessário um programa pós-PRR. “É por isso que dotaremos esse fundo com saldos orçamentais positivos e outras fontes. Pensar o país nas respostas aos desafios do futuro”.
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Reforço do abono de família

Está também previsto o reforço do abono de família, com um aumento de entre 25 a 30%, “internalizando como permanente aquilo que tinha sido durante o ano de 2023 um apoio extraordinário”, isto é, o aumento de 15 euros por cada criança ou jovem.

Serão também integrados 7 euros adicionais que correspondem “ao valor médio relativamente à bonificação do IVA Zero, que passa a estar integrado dentro das prestações, nomeadamente esta do abono de família”, explicou Fernando Medina.
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Proteger o futuro da Segurança Social

“É preciso ter em conta as gerações futuras”, explicou Fernando Medina, lembrando que há “um dia de amanhã” e que muitos problemas vão aparecer pelo caminho.

Uma das primeiras medidas para conseguir ajudar as próximas gerações vai passar por reforçar o fundo de estabilização financeira da Segurança Social. “Há uma profunda capacidade para proteger o sistema de Segurança Social, já que a situação demográfica hoje é diferente”.
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por Lusa

OE2024. Governo avança com reforma ambiental e sobe IUC para matrículas até 2007

O Governo vai avançar com uma reforma ambiental do Imposto Único de Circulação (IUC), que irá aumentar para veículos com matrícula anterior a 2007, até 25 euros, segundo a proposta do Orçamento do Estado para 2024 (OE2024).

Segundo o relatório que acompanha a proposta de OE2024, serão abrangidos os "proprietários dos veículos de categoria A e E", ou seja, cerca de três milhões de veículos de categoria A de 500 mil da categoria E. O impacto orçamental desta medida é de 84 milhões de euros, lê-se no documento.

"O IUC procura onerar os contribuintes na medida do custo ambiental e viário que estes provocam", referiu, indicando que "os veículos ligeiros de passageiros com matrícula posterior a 2007 (categoria B do IUC) são tributados com base na cilindrada e nas emissões de CO2 (componente ambiental)".

No entanto, salientou, "os veículos de matrícula anterior a 2007 (categoria A) e os motociclos (categoria E) são tributados exclusivamente com base na cilindrada, sem se considerar a componente ambiental".

Segundo o Governo, "com a reforma proposta, a tributação dos veículos da categoria A e E passa agora a cumprir as exigências ambientais que o Governo pretende acautelar, através da introdução da componente ambiental (emissões de CO2) também para estes veículos", sendo que a "reforma terá um limite de 25 euros por veículo em 2024, sendo este progressivamente aumentado até que a taxa de IUC represente a totalidade da tributação relativa ao CO2 emitido por estes veículos".

De acordo com a proposta, "as taxas de IUC para todas as categorias sofrerão atualizações em 2024 à taxa de inflação prevista", sendo que "a estimativa de crescimento da receita de IUC em 98,2 milhões de euros (+20,1%) reflete também as medidas de política para o presente Orçamento de Estado, como a criação da componente ambiental para os veículos de categorias A e E de IUC, no quadro de instrumentos de fiscalidade verde".

O Governo entregou hoje na Assembleia da República a proposta de Orçamento do Estado para 2024 (OE2024), que será discutida e votada na generalidade nos dias 30 e 31 de outubro, estando a votação final global agendada para 29 de novembro.

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por Lusa

OE2024. Governo prevê receber 461 ME da CGD e fim de dividendos do Banco de Portugal

O Governo prevê que os cofres públicos arrecadem, no próximo ano, 461 milhões de euros em dividendos da Caixa Geral de Depósitos, enquanto do Banco de Portugal não espera receber qualquer valor, segundo a proposta orçamental entregue hoje.

No relatório que acompanha a proposta do Orçamento do Estado para 2024 (OE2024), hoje entregue no parlamento, o executivo liderado por António Costa (PS) prevê a entrega de 461 milhões de euros pelo banco público Caixa Geral de Depósitos.

Já do Banco de Portugal, que nos últimos anos pagou elevados dividendos, o Governo não espera receber qualquer valor.

Em 2023, relativamente ao ano de 2022, o Governo conta receber 713 milhões de euros da CGD e 237,8 milhões de euros do Banco de Portugal.

A Caixa Geral de Depósitos explicou em junho que os 713 milhões de euros referem-se à entrega de 352 milhões de euros em dinheiro a que se soma a entrega da propriedade do edifício-sede em Lisboa (avaliado em 361 milhões de euros).

Quando ao fim de dividendos do Banco de Portugal, o governador já tinha dito em maio que nos próximos anos o banco central iria deixar de pagar dividendos uma vez que, tal como restantes bancos centrais europeus, está a entrar numa fase de resultados negativos pelo aumento das taxas de juro.

"[Em 2023, o resultado] não vai ter o mesmo sinal de 2022. O banco está a entrar numa fase de resultados negativos, cuja dimensão depende de decisões que se estão a tomar", afirmou então Mário Centeno.

Em causa está o facto de, perante o aumento das taxas de juro, o Banco de Portugal sofrer a desvalorização dos títulos de dívida que tem em balanço, enquanto paga mais aos bancos pelo dinheiro que estes depositam no banco central. De futuro, é mesmo provável que as receitas que o Banco de Portugal gera sejam insuficientes para compensar esses encargos, levando ao ciclo de resultados negativos referido por Centeno.

O Governo entregou hoje na Assembleia da República a proposta de Orçamento do Estado para 2024 (OE2024), que será discutida e votada na generalidade nos dias 30 e 31 de outubro, estando a votação final global agendada para 29 de novembro.

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por Lusa

OE2024. Ensino básico e secundário com aumento de 393,9 milhões de euros

O Governo quer aumentar as verbas destinadas ao ensino básico e secundário no próximo ano em cerca de 393,9 milhões de euros, segundo a proposta de Orçamento do Estado que prevê uma despesa total consolidada de cerca de 7.320 milhões.

De acordo com a proposta hoje entregue no parlamento, o Governo estima que até ao final do ano irá gastar 6.926,7 milhões de euros e propõe que no próximo ano o orçamento para o "Ensino Básico e Secundário e Administração Escolar" suba até aos 7.320,6 milhões de euros, representando um aumento de 5,7% (mais 393,9 milhões de euros).

Segundo o documento, está previsto para o próximo ano uma receita total consolidada de 7.320,7 milhões de euros, o que significa um saldo orçamental de 0,1 milhões de euros.

Três em cada quatro euros são gastos com pessoal (75,5%), segundo o documento que tem uma previsão de gastar 5.530,6 milhões de euros em despesas com o pessoal.

Em relação ao ano passado, há um aumento de 185,5 milhões de euros que "possibilitará a valorização das carreiras, e a contratação de docentes, promovendo a fixação e revertendo o efeito das aposentações", lê-se no documento.

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Promoção de investimento salarial

O governo vai proceder ao reforço do incentivo à capitalização das empresas, com o aumento da dedução em sede de IRC. “Todos sabemos que as empresas dependem do setor financeiro e do capital alheio para o investimento. Precisamos de encontrar respostas que permitam às empresas concretizar os seus investimentos”.

Haverá um estímulo para uso de capitais próprios em vez dos alheios. Durante os anos de 2024, 2025 e 2026 terá maior benefício do que se socorrer do banco. “Queremos privilegiar aqueles que investem com capitais próprios ao invés dos que investem com capitais alheios”.
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Encargos com crédito à habitação baixam

Quanto à redução de encargos com o crédito à habitação, o Orçamento do Estado prevê a bonificação dos juros entre o valor do indexante e 3,0% e a redução e estabilização das prestações, com 70% da Euribor a seis meses durante dois anos.
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Ano de 2024 será de recorde para os investimentos

Falando sobre o segundo grande pilar do Orçamento do Estado, Fernando Medina explicou que “num ano em que a conjuntura externa pode fazer ou fará reduzir alguma da procura que é dirigida às empresas portuguesas. Investimento público e privado vai ser fundamental”.

Existirá um investimento de 1209 milhões na saúde, 336 milhões na habitaçã0, 297 milhões na educação e 182 milhões para Ciência e Ensino Superior”.

“Quatro áreas que quero destacar, com reforço particularmente significativo. Reforço na saúde será de dez por cento”, declarou o ministro das Finanças. Que explicou que o ano de 2024 será de recorde no que toca à execução de investimentos.
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por Lusa

OE2024. Despesas com formação profissional passam a entrar nos gastos com educação

A dedução ao IRS por via das despesas de educação, que tem por limite 800 euros por agregados, vai passar a incluir as despesas com formação profissional, segundo a proposta do Orçamento do Estado para 2024 (OE2024) hoje apresentada.

Até agora, as famílias podiam deduzir ao seu IRS 30% dos gastos com formação e educação até ao limite de 800 euros, passando com a proposta do OE2024 que o Governo entregou hoje no parlamento também elegíveis agora os gastos com formação profissional.

"À coleta do IRS devido pelos sujeitos passivos é dedutível um montante correspondente a 30% do valor suportado a título de despesas de formação e educação, incluindo formação profissional, por qualquer membro do agregado familiar, com o limite global de (euro) 800", refere a proposta do Orçamento.

O limite dedutível mantém-se, todavia, sem alterações face ao que já está em vigor.

O Governo entregou hoje na Assembleia da República a proposta de Orçamento do Estado para 2024 (OE2024), que será discutida e votada na generalidade nos dias 30 e 31 de outubro, estando a votação final global agendada para 29 de novembro.

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OE2024. Valorização salarial na função pública custa 1.538 milhões de euros

Os aumentos salariais e valorizações da administração pública terão um custo de 1.538 milhões de euros no próximo ano, segundo o relatório que acompanha a proposta de Orçamento do Estado para 2024 (OE2024) entregue hoje no parlamento.

No próximo ano, os 745.700 trabalhadores da administração pública terão um aumento salarial de, pelo menos, 52,63 euros ou de 3% por mês (o que for superior nos seus salários base).

De acordo com o relatório do OE2024, o impacto orçamental será de 1.538 milhões de euros, face a 2023.

"Este aumento decorre do acordo plurianual para a legislatura, assinado com as estruturas sindicais representativas dos trabalhadores das Administrações Públicas, e permite um quadro de previsibilidade, justiça e equidade no âmbito do qual as remunerações serão valorizadas em pelo menos 208 euros, até ao início de 2026", realça o Governo no documento.

A base remuneratória da Administração Pública aumenta dos atuais 769,20 euros para 821,83 euros.

Além dos aumentos salariais estão previstas promoções e progressões (que irão beneficiar dos aceleradores), e a reposição de valores das ajudas de custo e do subsídio de transporte.

"No total, a massa salarial aumenta 5,5%", de acordo com o documento.

O Governo entregou hoje na Assembleia da República a proposta de Orçamento do Estado para 2024 (OE2024), que será discutida e votada na generalidade nos dias 30 e 31 de outubro, estando a votação final global agendada para 29 de novembro.

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OE2024. Governo cria programa de inventivo ao abate de veículos com impacto de 129 milhões de euros

O Governo criou um programa de incentivo ao abate de veículos matriculados até 2027 que deverá ter um impacto orçamental de 129 milhões de euros, segundo a proposta de Orçamento do Estado para 2024, hoje entregue no parlamento.

De acordo com o relatório, que acompanha a proposta, os destinatários serão "todos os proprietários de veículo ligeiros de passageiros e comerciais ligeiros em fim de vida, matriculados até 2007", sendo que o Governo estima 45 mil veículos a abater em 2024.

"O veículo ligeiro abatido terá como incentivo um valor pecuniário a atribuir pelo Fundo Ambiental, contra a aquisição de um veículo novo ou usado zero emissões (até quatro anos), de veículo novo a combustão interna com emissões reduzidas, de bicicletas de carga, ou tome a opção de depósito em Cartão da Mobilidade (para aquisição de serviços de transporte público e mobilidade partilhada)", indicou.

O Governo entregou hoje na Assembleia da República a proposta de Orçamento do Estado para 2024 (OE2024), que será discutida e votada na generalidade nos dias 30 e 31 de outubro, estando a votação final global agendada para 29 de novembro.

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OE2024. Fundo de Financiamento da Descentralização sobe para 1.362,2 milhões de euros

Lisboa, 10 out 2023 (Lusa) -- Os municípios do continente vão receber 1.362,2 milhões de euros através do Fundo de Financiamento da Descentralização (FFD) para desempenharem as competências descentralizadas da administração central, segundo a proposta de Orçamento do Estado para 2024 (OE2024).

De acordo com o documento, hoje entregue no parlamento pelo Governo, o FFD é dotado de uma verba até 1.362.206.804 euros, quando no OE aprovado para o ano em curso tem um valor global de 1.204 milhões de euros (ME).

A área da educação é a que leva a maior fatia do FFD, até ao valor de 1.133, 4 ME, enquanto para a saúde estão reservados 134,4 ME, para a ação social 93 ME e para a cultura 1,2 ME.

O OE aprovado para 2023 reservou um valor de até 1.019 ME para a educação, 127,8 ME para a saúde, 56,1 ME para a ação social e 1,2 ME para a cultura.

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por Lusa

OE2024. Governo prevê peso da dívida pública abaixo de 100% já no próximo ano

O Governo prevê que o rácio da dívida pública caia para 103% este ano e se fixe abaixo dos 100% em 2024, pela primeira vez desde 2009, segundo as projeções orçamentais subjacentes à proposta orçamental do próximo ano, hoje divulgadas.

A previsão inscrita na proposta do Orçamento do Estado para 2024 (OE2024) aponta assim para uma queda desde os 112,4% registados em 2022 maior do que a prevista no Programa de Estabilidade, documento no qual apontava para um rácio de 107,5% este ano e de 103% em 2024.

"Os principais contributos para a variação da dívida em 2023 e 2024 serão dados pelo crescimento do PIB nominal (13,9 pp), e, em menor escala, pelo saldo primário (5,5 pp). Em sentido oposto, o aumento da despesa com juros (4,4 pp) contribuirá para o aumento da dívida, em resultado do aumento das taxas de juro", explica o relatório que acompanha o OE2024.

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Devolução de propinas e gratuitidade de passes sub-23

O OE2024 prevê ainda a criação de um “prémio salarial pela formação”. Trata-se da medida já anunciada por António Costa sobre a devolução do valor das propinas aos jovens por cada ano no mercado de trabalho em Portugal.

Confirma-se ainda a gratuitidade dos passes para todas as crianças e jovens estudantes até aos 23 anos.
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por RTP

Mudanças no IRS Jovem

Ainda relativamente ao IRS, confirma-se que os jovens não pagarão qualquer IRS sobre o rendimento no seu primeiro ano de trabalho.

No segundo ano pagam imposto sobre 25% do rendimento, nos dois anos seguintes sobre 50% do rendimento, e no quinto ano a isenção será de 75%.

O benefício total ao longo de cinco anos ultrapassa os 85 mil euros, “isto é, o regime do IRS jovem em Portugal é um poderoso instrumento de valorização e de reforço dos salários dos mais jovens”, declarou Fernando Medina.

No modelo atual de IRS jovem, a isenção é de 50% no primeiro ano, de 40% no segundo, de 30% no terceiro e quarto anos e de 20% no quinto e último ano.

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por RTP

Taxa de IRS baixa até ao 5.º escalão

O ministro das Finanças destaca ainda a descida do IRS para as classes médias, “porque é aquilo que pode neste momento contribuir para apoiar os reforços dos rendimentos”, acrescentando sobre estes uma “redução de tributação em sede de IRS com um impacto transversal concentrado sobre as famílias das classes médias”.

“Procederemos, por isso, a uma redução das taxas do primeiro até ao quinto escalão”, num “esforço complementar àquilo que o Governo definiu durante o ano de 2023”, explicou Medina.

“Reforçaremos também o mínimo de existência e manteremos a isenção de tributação ao nível do salário mínimo nacional”, acrescentou.

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Aumentos de salários e pensões

No âmbito do primeiro pilar, de reforço dos rendimentos dos portugueses, o Governo relembra o acordo de concertação social em que ficou definido o referencial de 5% para os aumentos de todo o setor privado e “o aumento histórico do salário mínimo nacional, que subirá 7,9%, isto é, mais 60 euros por mês”, para um valor de 820 euros mensais.

O OE2024 propõe ainda aumentos salariais na administração pública, assim como uma atualização das pensões, que “serão atualizadas integralmente de acordo com a fórmula que a lei determina”, o que significa, em 2024, “o maior aumento de sempre desde que temos fórmula de atualização das pensões”, em 6,2%.
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Os três pilares do OE2024

Neste quadro, a estratégia delineada para o OE2024 é, segundo o ministro, assente em três pilares fundamentais: reforçar os rendimentos das famílias portuguesas, para estabilizar o contributo da procura interna no PIB; promover o investimento, para aumentar a produtividade e a competitividade; e proteger o futuro das atuais e novas gerações.
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As “forças internas” que “oferecem resiliência”

Fernando Medina destacou “forças internas” que dão esperança quando ao ano 2024. Entre elas estão a “força do mercado de trabalho” e do setor exportador; o crescimento do investimento público em mais de 1800 milhões de euros; a estabilidade política e compromisso social; a população qualificada e, por fim, a credibilidade financeira do país.
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Preocupações com 2024

Lembrando que, ao longo deste ano, o Governo preparou um conjunto muito vasto de medidas que executou e que implementou, o ministro não esconde, “na vertente externa”, sinais de preocupação em relação a 2024.

“O primeiro tem a ver com o forte abrandamento do crescimento e até da recessão em alguns dos que são os nossos principais parceiros comerciais”, explicou o ministro. O segundo diz respeito às taxas de juro, que poderão permanecer elevadas por um longo período.

Há também incerteza quanto à evolução dos preços dos bens energéticos, assim como uma preocupação com as tensões geopolíticas, nomeadamente a guerra na Ucrânia e outros conflitos regionais.

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por RTP

Ministro das Finanças começa a apresentar proposta do OE2024

“O Orçamento do Estado para 2024 prossegue um ano de 2023 em que os resultados económicos superaram as expetativas”, nomeadamente no que diz respeito ao crescimento, ao emprego, aos rendimentos e à redução da dívida pública, começou por dizer Fernando Medina.

O ministro reconhece, porém, que o presente ano “está marcado para as famílias portuguesas por duas marcas profundas que as perturbaram, que as afetaram e que condicionaram uma parte das suas vidas”.

A primeira é a subida da inflação, “muito rápida e muito brusca”, e a segunda é a rápida subida das taxas de juros, “sem precedentes na sua rapidez, na sua intensidade e na forma como nós passámos de um período historicamente baixo, de mais de uma década com taxas de juro muito baixas e até negativas, para um período de taxas de juro na casa dos 4%”.

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por Lusa

OE2024. Saúde com reforço de 1.206 MEuro e ultrapassa os 15 MMEuro em 2024

A Saúde vai ter um reforço de 1.206 milhões de euros em 2024, com a despesa total a ultrapassar a barreira dos 15 mil milhões de euros, indica a proposta de Orçamento do Estado hoje entregue no parlamento.

"Face ao orçamento inicial de 2023 financiado por receitas de impostos, o orçamento de 2024 aumenta 1.206 milhões de euros (9,8%)", refere o relatório da proposta orçamental do Governo de António Costa aprovada no domingo em Conselho de Ministros extraordinário.

Segundo o documento, o Programa Orçamental da Saúde prevê uma dotação de despesa total consolidada de 15.709,4 milhões de euros, sendo superior em 5,3% à execução estimada até final de 2023, e uma despesa efetiva consolidada de 15.658,4 milhões de euros.

"A receita total consolidada para 2024 cifra-se em 15.711,2 milhões de euros", indica ainda o relatório.

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por Lusa

OE2024. Pequenos agricultores e pescadores com subsídio de 0,06 euros para gasóleo

Os pequenos agricultores, aquicultores e a pesca artesanal e costeira, que utilizem gasóleo colorido e marcado, vão ter direito a um subsídio de 0,06 euros por litro, revelou a proposta do Orçamento do Estado para 2024 (OE 2024).

"Os pequenos agricultores, os detentores do estatuto da agricultura familiar, os pequenos aquicultores e a pequena pesca artesanal e costeira, que utilizem gasóleo colorido e marcado com um consumo anual atém 2.000 litros, têm direito a um subsídio de 0,06 euros por litro daquele combustível utilizado na respetiva atividade, a conceder pela área governativa da agricultura e da alimentação", lê-se na proposta do OE 2024, que foi hoje entregue pelo ministro das Finanças na Assembleia da República.

Para os pequenos agricultores, detentores do estatuto de agricultura familiar, este subsídio é acrescido de 0,04 euros por litro.

Já os pequenos pescadores artesanais e costeiros, os pequenos aquicultores e as empresas de extração de sal têm ainda direito a um subsídio sobre o número de litros de gasolina consumida, "equivalente ao que resulta da redução de taxa aplicável ao gasóleo consumido na pesca".

Acresce um subsídio sobre o Gás de Petróleo Liquefeito (GPL), consumido na respetiva atividade, também equivalente "ao que resulta da redução de uma taxa aplicável ao gasóleo consumido na pesca".

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por Lusa

OE2024. Governo isenta do Imposto do Selo fixação da prestação do crédito à habitação

O Governo vai isentar do pagamento do Imposto do Selo as operações de fixação da prestação do crédito à habitação durante dois anos, segundo a proposta do Orçamento do Estado para 2024 (OE2024) entregue hoje no parlamento.

Na proposta de lei lê-se que a isenção do Imposto do Selo se aplica às "operações de fixação temporária da prestação e capitalização dos montantes diferidos no valor do empréstimo ao abrigo do decreto-lei que estabelece a medida de fixação temporária da prestação de contratos de crédito para aquisição ou construção de habitação própria permanente e reforça as medidas e os apoios extraordinários no âmbito dos créditos à habitação".

Em setembro, o Governo aprovou um mecanismo pelo qual a famílias vão poder pedir ao banco a fixação por dois anos (e num valor inferior ao atual) da sua prestação do crédito à habitação.

A medida abrange empréstimos a taxa variável contraídos até 15 de março de 2023 e cujo período de amortização seja superior a cinco anos.

Durante dois anos, os clientes bancários pagam uma prestação indexada a 70% da Euribor a seis meses (o que garante que pagam menos durante os dois anos do que se a Euribor fosse refletida a 100%) e o valor não pago será depois pago nos anos restantes do contrato de crédito.

O acesso a este mecanismo vai poder ser pedido entre 02 de novembro e fim de março de 2024.

O Governo estimou, em setembro, que cerca de um milhão de famílias com crédito à habitação possa ser abrangido por este mecanismo.

No final de 2022, segundo dados do Banco de Portugal, os bancos tinham em carteira cerca de 1,5 milhões de contratos de crédito à habitação (a taxa variável, taxa fixa ou taxa mista). Em julho deste ano, ainda segundo o Banco de Portugal, havia dois milhões de clientes com crédito à habitação.

O Governo entregou hoje na Assembleia da República a proposta de Orçamento do Estado para 2024 (OE2024), que será discutida e votada na generalidade nos dias 30 e 31 de outubro, estando a votação final global agendada para 29 de novembro.

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por RTP

IL critica documento e diz que vai votar contra

A Iniciativa Liberal já reagiu à proposta do Orçamento do Estado para 2024 e anunciou que irá votar contra.

“Mais uma vez é um documento sem ambição e sem visão estratégica que não abre qualquer horizonte de esperança aos portugueses, nem contribui para resolver os seus problemas essenciais”, escreveu Rui Rocha na rede social X.

“Não representa crescimento económico para o país e não apresenta soluções para o colapso dos serviços públicos”, lê-se na publicação.

“A Iniciativa Liberal vai apresentar no processo orçamental propostas concretas que traduzem uma visão liberal e transformadora em matéria de impostos sobre os rendimentos do trabalho, fiscalidade das empresas, acesso à saúde e oferta de habitação”, acrescenta o líder da IL.

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por Lusa

OE2024. Reforçada isenção fiscal do IRS jovem e alargados limites de rendimento

A proposta do Orçamento do Estado para 2024 (OE2024) que o Governo entregou hoje no parlamento vai reforçar a isenção fiscal em sede de IRS dos jovens trabalhadores e aumenta os limites isentos de imposto.

De acordo com a proposta, os jovens vão beneficiar de uma isenção de IRS sobre 100% do rendimento até ao limite de 40 vezes o valor do Indexante de Apoios Sociais (IAS), no seu primeiro ano de trabalho.

No segundo ano, a isenção é de 75% (pagando, assim, imposto sobre 25% do rendimento que auferem) até ao limite de 30 vezes o valor do IAS, enquanto nos dois anos seguintes o imposto incidirá sobre 50% do rendimento, tendo por limite o equivalente a 20 vezes o valor do IAS.

No quinto ano, a isenção de que os jovens podem beneficiar é de 25%, com o limite de 10 vezes o valor do IAS.

Este benefício abrange quer os rendimentos da categoria A (trabalho dependente) quer da categoria B (trabalho independente, genericamente associado a recibos verdes).

No modelo atualmente em vigor há isenção de 50% no primeiro ano; de 40% no segundo; de 30% no terceiro e quarto anos; e de 20% no quinto e último ano da medida, tendo estas três tipologias de isenções por limite (e pela mesma ordem), 12,5 vezes o valor do Indexante de Apoios Sociais (IAS), 10 vezes o valor do IAS, 7,5 vezes o valor do IAS e cinco vezes o valor do IAS, respetivamente.

Após a entrega, o calendário indica que a proposta do Orçamento do Estado para 2024 é discutida na generalidade nos dias 30 e 31 de outubro.

As discussões na especialidade -- onde são debatidos e votados quer os artigos da proposta do OE2024, quer todas as propostas de alteração e aditamento entretanto entregues pelos partidos -- vão decorrer de 23 a 29 de novembro, culminando com a votação final global do documento.

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OE2024. Mínimo de existência sobe para o novo valor do salário mínimo

O valor de rendimento isento de IRS (o mínimo de existência) vai aumentar para 11.480 euros em 2024, segundo a proposta do Orçamento do Estado para 2024 (OE2024), que foi hoje entregue no parlamento.

A subida do patamar de rendimento isento continua a manter dentro do chamado mínimo de existência o valor do salário mínimo nacional que em 2024 aumenta para 820 euros.

"O valor de referência do mínimo de existência é igual ao maior valor entre 11.480 e 1,5 x 14 x IAS", refere a proposta de lei orçamental.

A proposta do OE2024 concretiza, assim, a promessa feita pelo primeiro-ministro durante o debate da moção de censura ao Governo apresentada pelo Chega de que o saláerio mínimo continuaria em 2024 a não pagar IRS.

Recorde-se que no OE2023, o mínimo de existência foi alvo de uma reformulação que o fixava entre 10.640 euros (que corresponde a 14 vezes os 760 euros do salário mínimo de 2023) passando depois a ser atualizado com base no Indexante de Apoios Sociais (IAS).

Após a entrega, o calendário indica que a proposta do Orçamento do Estado para 2024 é discutida na generalidade nos dias 30 e 31 de outubro.

As discussões na especialidade -- onde são debatidos e votados quer os artigos da proposta do OE2024, quer todas as propostas de alteração e aditamento, entretanto, entregues pelos partidos -- vão decorrer de 23 a 29 de novembro, culminando com a votação final global do documento.

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Governo prevê excedente de 0,8% este ano e de 0,2% no próximo

O Governo prevê atingir o melhor saldo orçamental da história da democracia este ano, apontando para um excedente de 0,8% do PIB e 0,2% em 2024, segundo as previsões macroeconómicas subjacentes à proposta orçamental, entregue hoje no parlamento.

A previsão inscrita na proposta do Orçamento do Estado para 2024 (OE2024) significa uma melhoria face ao défice de 0,4% do Produto Interno Bruto (PIB) para este ano e de 0,2% para 2024, projetada no Programa de Estabilidade.

O ministro das Finanças, Fernando Medina, prevê assim superar o excedente de 0,1% do PIB alcançado pelo antigo ministro da tutela e atual governador do Banco de Portugal (BdP), Mário Centeno, em 2019.

c/ Lusa

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OE2024. Receita do ISP sobre gasóleo colorido consignada ao PDR, PEPAC e Mar

O Governo vai consignar a receita do Imposto sobre Produtos Petrolíferos (ISP), até 10 milhões de euros, ao financiamento da contrapartida nacional do PDR 2020, PEPAC 23.27, Mar 2020 e Mar 2030, segundo a proposta do Orçamento do Estado.

"A receita do ISP cobrado sobre o gasóleo colorido e marcado é consignada, até ao montante de 10.000.000 euros, ao financiamento da contrapartida nacional dos programas PDR 2020 [Programa de Desenvolvimento Rural], PEPAC 23.27 [Plano Estratégico da Política Agrícola Comum], Mar 2020 e Mar 2030", lê-se na proposta do Orçamento do Estado para 2024 (OE 2024).

A consignação é preferencialmente destinada a projetos de apoio à agricultura familiar e à pesca tradicional e costeira, "na proporção dos montantes e dos fundos europeus envolvidos".

O Governo esclareceu ainda que, sem prejuízo das restantes consignações previstas, a receita parcial do ISP cobrado sobre a gasolina, gasóleo rodoviário e gasóleo colorido e marcado é consignada no montante de 30 milhões de euros anuais ao Fundo Ambiental.

Conforme precisou, os encargos de liquidação e cobrança, incorridos pela Autoridade Tributária, relativos à receita parcial prevista na consignação ao Fundo Ambiental são compensados "através da retenção de 3% do montante referido, a qual constitui sua receita própria".

O Governo entregou hoje na Assembleia da República a proposta de Orçamento do Estado para 2024 (OE2024), que será discutida e votada na generalidade nos dias 30 e 31 de outubro, estando a votação final global agendada para 29 de novembro.

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Governo prevê crescimento económico de 2,2% este ano e 1,5% no próximo

O Governo prevê um crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 2,2% este ano e de 1,5% em 2024, segundo as previsões macroeconómicas subjacentes à proposta orçamental, entregue hoje no parlamento.

A previsão do Orçamento do Estado para 2024 (OE2024) significa uma revisão em alta para este ano face aos 1,8% previstos no Programa de Estabilidade, mas em baixa face aos 2% para 2024.

c/ Lusa

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Governo prevê mais inflação este ano e no próximo

Confirma-se que o Governo está ligeiramente mais pessimista sobre a evolução da inflação, prevendo que a taxa caia de 8,1% em 2022 para 5,3% em 2023 e 3,3% em 2024, segundo as previsões subjacentes à proposta orçamental.

A previsão inscrita na proposta do Orçamento do Estado para 2024 compara com a projeção do Programa de Estabilidade, na qual apontava para uma taxa de 5,1% em 2023 e de 2,9% em 2024.

c/ Lusa

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OE2024 já disponível no site do Parlamento

O Orçamento do Estado para 2024 já está disponível para consulta no site do Parlamento. Veja aqui o documento, que deverá ser apresentado pelo ministro das Finanças dentro de momentos.
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Limites dos escalões de IRS atualizados em 3% e taxas até 5.º escalão baixam

Os limites dos escalões do IRS vão ser atualizados em 3% em 2024 e as taxas dos primeiros cinco escalões vão baixar, segundo a proposta do Orçamento do Estado para 2024 que o Governo entregou hoje no parlamento.

Com base nesta atualização, o limite do primeiro escalão de rendimento coletável avança de 7.479 euros para 7.703 euros, com a taxa a recuar dos atuais 14,5% para 13,25%.

c/ Lusa
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Aumento de 70 euros na componente fixa do suplemento de condição militar, diz ministra

A ministra da Defesa anunciou que a proposta de Orçamento do Estado para 2024 contempla o aumento da componente fixa do suplemento de condição militar em 70 euros, passando de 30 para 100 euros.

"Posso dizer-vos que o orçamento da Defesa vai aumentar, mas posso também desde já anunciar que vai haver um reforço, um aumento muito significativo nas remunerações dos militares", disse hoje Helena Carreiras, em Ponta Delgada, na ilha de São Miguel, nos Açores.

A ministra, que falava aos jornalistas à margem da assinatura dos protocolos de implementação do Referencial de Educação para a Segurança, a Defesa e a Paz com a Região Autónoma dos Açores, precisou que "a componente fixa do suplemento de condição militar vai aumentar 70 euros. Ou seja, de 30 para 100 euros".

"É um aumento inédito que se vai aplicar a todos os militares e que para as categorias remuneratórias mais baixas representa o equivalente a mais um salário mensal", afirmou em resposta a uma questão colocada pela agência Lusa sobre o Orçamento para 2024.

E prosseguiu: "É um aumento expressivo que vem acrescentar-se àqueles que serão os aumentos aplicados à função pública em geral e que, naturalmente, também se aplicarão aos próprios militares".

"O que significa que estamos (Governo) a cumprir um dos objetivos que temos neste mandato, que o Governo definiu, de reforçar a Defesa Nacional, não apenas na componente dos seus meios e equipamentos, tendo aprovado a maior lei de programação militar de sempre, com mais 5.500 milhões de euros, e, agora, com medidas como esta, que anualmente representará um montante de cerca de 32 milhões de euros (a) mais de investimento nas nossas pessoas ,nos homens e mulheres que estão disponíveis 24 horas por dia, 365 dias por ano, em todas as circunstâncias", justificou Helena Carreiras.

A governante referiu que a valorização salarial vem somar-se a muitas outras medidas que têm vindo a ser tomadas pelo executivo liderado por António Costa.

c/ Lusa
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Medina explica “pilares” do OE2024

“O orçamento tem três pilares: reforçar os rendimentos, reforçar o investimento público e privado e proteger o futuro. Estas são as prioridades fundamentais do Orçamento para 2024”, disse o ministro das Finanças aos jornalistas após entregar a proposta do orçamento ao presidente da Assembleia da República.

Medina antecipa medidas que passam por “aumentos salariais, uma importante redução do IRS e reforço dos apoios sociais mais significativos”, afirmando que “a conjuntura e as necessidades das famílias assim o exigem”.
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O ministro salienta que este é também um orçamento “com olhos postos no futuro, na consciência de que esta geração tem a responsabilidade de proteger melhor as gerações que lhe seguem”.

“Medidas visam um objetivo fundamental: responder às necessidades das famílias portuguesas, às necessidades do futuro do nosso país, responder àqueles que necessitam do nosso apoio, responder àqueles que por justiça têm direito a ver melhorados os seus rendimentos e apoio também a todos aqueles que necessitam de ultrapassar esta fase”, acrescentou.

“Desta maneira, com boas políticas, vamos continuar a obter os bons resultados na frente do crescimento, orçamental e na frente financeira”, concluiu.

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Fernando Medina já entregou a proposta do Orçamento do Estado para 2024 a Augusto Santos Silva

A equipa das Finanças, liderada por Fernando Medina, já entregou a proposta de Orçamento do Estado para 2024 ao presidente da Assembleia da República, Augusto Santos Silva.
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Medina está agora reunido com Santos Silva. No final, espera-se que o ministro das Finanças fale aos jornalistas.
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Ministro das Finanças já está no Parlamento para entregar proposta do Orçamento do Estado

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Primeiro-ministro assina proposta de OE e salienta reforço de rendimentos e de investimento

O primeiro-ministro já assinou a proposta de Orçamento do Estado para 2024, que hoje será entregue pelo Governo na Assembleia da República, defendendo que irá reforçar os rendimentos, fortalecer o investimento e proteger o futuro.

"Acabei de assinar a proposta de lei do Orçamento do Estado para 2024. Um Orçamento que reforça os rendimentos, fortalece o investimento e protege o futuro", escreveu António Costa na sua conta na rede social X (antigo Twitter).

 


 

A proposta de Orçamento do Estado para 2024, aprovada no passado domingo em Conselho de Ministros extraordinário, é debatida na generalidade nos próximos dias 30 e 31 na Assembleia da República, tendo votação final global marcada para 29 de novembro.

Ao início da tarde, o ministro das Finanças, Fernando Medina, apresenta em conferência de imprensa a proposta de Orçamento do Estado para 2023, diploma cujo cenário macroeconómico foi apresentado na sexta-feira aos partidos com representação parlamentar.

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OE2024. As expetativas de PS e PSD

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No dia em que o Governo entrega a proposta de Orçamento do Estado para 2024, a RTP ouve os partidos sobre as expetativas sobre as medidas que gostariam de ver inscritas no OE2024.

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OE2024. As expetativas de BE e Chega

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No dia em que o Governo entrega a proposta de Orçamento do Estado para 2024, a RTP ouve os partidos sobre as expetativas sobre as medidas que gostariam de ver inscritas no OE2024.

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OE2024. As expetativas de PAN e Livre

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No dia em que o Governo entrega a proposta de Orçamento do Estado para 2024, a RTP ouve os partidos sobre as expetativas sobre as medidas que gostariam de ver inscritas no OE2024.

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OE2024. As expetativas de PCP e IL

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No dia em que o Governo entrega a proposta de Orçamento do Estado para 2024, a RTP ouve os partidos sobre as expetativas sobre as medidas que gostariam de ver inscritas no OE2024.

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Governo entrega proposta do OE2024. O que se sabe sobre o documento?

A proposta do OE2024 é discutida na generalidade nos dias 30 e 31 de outubro. Pedro A. Pina - RTP

Esta terça-feira é entregue no Parlamento a proposta do Orçamento do Estado para 2024. O executivo já apresentou as linhas gerais do documento aos partidos, que se apressaram a condená-las.

De acordo com o calendário já aprovado pela conferência de líderes parlamentares, a proposta do Orçamento do Estado para 2024 é discutida na generalidade nos dias 30 e 31 de outubro.

As discussões na especialidade - onde são debatidos e votados quer os artigos da proposta do OE2024, quer todas as propostas de alteração e aditamento entretanto entregues pelos partidos - vão decorrer de 23 a 29 de novembro, culminando com a votação final global do documento.

Saiba, neste artigo, o que se pode esperar da proposta do Governo.
Crescimento económico abaixo do esperado
Com base nas informações divulgadas pelos partidos após as reuniões com o Governo, sabe-se já que, ao contrário do que foi previsto em abril, o crescimento da economia portuguesa deverá ficar, no próximo ano, abaixo dos 2%.

João Cotrim Figueiredo, da Iniciativa Liberal, adiantou que o crescimento será de aproximadamente 1,5%, segundo os dados adiantados aos partidos na sexta-feira.

Já o saldo orçamental, que deverá registar um excedente este ano, ficará neutro em 2024, de acordo com as previsões.

Inês Sousa Real, do PAN, adiantou por sua vez que a taxa de inflação este ano deverá situar-se em torno de 4,6% (face aos 5,1% previstos).
Desagravamento do IRS
Deverá ser na ordem dos 2.011 milhões de euros o desagravamento do IRS entre 2023 e 2027, segundo o Programa de Estabilidade do Governo. No OE2024 prevê-se uma redução da carga fiscal deste imposto em 400 milhões de euros em 2024.

Na revisão do acordo de médio prazo de melhoria dos rendimentos, salários e competitividade, assinado no último sábado, é reiterada a manutenção da redução da tributação, mas não se conhecem ainda os detalhes sobre como esta redução será atingida: se por via da redução das taxas e/ou mudanças nos limites de escalão ou se de outra forma.

O novo acordo assinado entre o Governo e os parceiros sociais aponta ainda para uma atualização dos escalões do IRS no próximo ano, sem indicar, no entanto, a ordem de grandeza.
IRS Jovem
Sabe-se também que o Orçamento do Estado para 2024 trará mudanças ao nível do IRS Jovem, prevendo-se que os jovens não paguem qualquer IRS sobre o rendimento no seu primeiro ano de trabalho.

No segundo ano pagam imposto sobre 25% do rendimento, nos dois anos seguintes sobre 50% do rendimento, e no quinto ano a isenção será de 25%. Serão igualmente aumentados os limites máximos do benefício em cada ano.

No modelo atual, a isenção é de 50% no primeiro ano, de 40% no segundo, de 30% no terceiro e quarto anos e de 20% no quinto e último ano.
Salário mínimo aumenta e mantém isenção de IRS
O Governo garantiu ainda que todas as pessoas que recebam o salário mínimo vão continuar isentas de IRS em 2024.

Além disso, no próximo ano o salário mínimo aumenta para 820 euros (mais dez euros do que o previsto), tal como ficou decidido na revisão do Acordo de Médio Prazo de Melhoria dos Rendimentos, dos Salários e da Competitividade.
15.º mês sem impostos
Segundo o Jornal Económico, o Governo deverá adotar uma parte da proposta da confederação empresarial (CIP): as empresas que subam o salário acima dos 5% poderão pagar um 15.º mês isento de impostos e taxa social única, se for a título de distribuição de lucros.
IVA zero no cabaz de alimentos
Prevê-se, em 2024, a continuação da isenção de IVA num cabaz de 46 tipologias de alimentos. A medida foi inicialmente adotada para fazer frente à inflação crescente, que levou por sua vez a um aumento dos preços dos bens alimentares.
Apoio aos combustíveis
Deverá ser mantido o apoio aos combustíveis – devolução do IVA do excedente do Imposto sobre Produtos Petrolíferos (ISP) -, com o Governo a procurar manter as medidas de mitigação do aumento dos preços.
Devolução das propinas
Foi já anunciado que, por cada ano de trabalho em Portugal após a conclusão do curso de Ensino Superior, cada jovem receberá a devolução de um ano de propinas. A medida aplica-se também aos alunos que tenham beneficiado de ação social escolar.

Quanto às propinas dos mestrados, dada a diversidade de valores, a devolução será fixada em 1.500 euros por um ano de trabalho e por cada ano de mestrado concluído.
Passe gratuito para estudantes até aos 23 anos
Sabe-se ainda que, a partir de janeiro, os passes sub-23 passam a ser gratuitos para todas as crianças e jovens estudantes até aos 23 anos, enquanto o preço dos restantes passes será congelado.

Para as restantes faixas etárias, o congelamento dos passes de transporte é dado como certo.
Redução da dívida pública
O rácio da dívida pública face ao Produto Interno Bruto (PIB) deverá cair de 112,4% em 2022 para 106,1% este ano, segundo dados enviados a Bruxelas. O valor situa-se abaixo dos 107,5% previstos no Programa de Estabilidade.
Fim das cativações
Fernando Medina já garantiu que, ao contrário dos últimos anos, o Orçamento do Estado não terá cativações – instrumento de gestão orçamental que tem permitido ao Ministério das Finanças reter (e sujeitar à sua autorização prévia) uma parte das dotações orçamentais dos organismos e de outros Ministérios.
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Limite à atualização das rendas
Na habitação, o Governo está a negociar com as associações de inquilinos e de proprietários uma situação de equilíbrio para a atualização das rendas.

O primeiro-ministro afastou, porém, a hipótese de ser repetido o teto de 2% que foi aplicado durante este ano.
Incentivos fiscais para cedência de habitação
Prevê-se também a isenção de IRS e de contribuições sociais sobre o rendimento em espécie relativo à cedência (em arrendamento ou subarrendamento) de habitação aos trabalhadores pela entidade patronal.

A medida não abrange subsídios financeiros para pagamento de renda e terá por limite de isenção os valores previstos para o Programa de Apoio ao Arrendamento Acessível.

Está ainda prevista a isenção fiscal e contributiva dos valores mobilizados no âmbito do Fundo de Compensação do Trabalho (FCT), para soluções de habitação dos trabalhadores.
Fim do regime fiscal para residentes não habituais
Em entrevista à CNN na semana passada, o primeiro-ministro anunciou que em 2024 acaba a taxação especial (em sede de IRS) para os residentes não habituais, garantindo, contudo, que "quem a tem" vai mantê-la.

O regime fiscal do RNH - de que podem beneficiar cidadãos estrangeiros ou nacionais que tenham estado fora nos cinco anos anteriores ao pedido de adesão a este regime - permite aos reformados com pensões de outro país, pagar em Portugal uma taxa de 10% de IRS.

Já os trabalhadores pagam uma taxa de 20% sobre rendimentos de trabalho, desde que tenham uma profissão de elevado valor acrescentado. As pessoas que cumpram os critérios podem beneficiar do RNH durante 10 anos.
Atualização das pensões e do IAS
Em 2024, as pensões vão ser atualizadas tendo por base a fórmula prevista na lei, que tem em conta o crescimento da economia e da inflação.

O referencial de inflação usado apenas será conhecido no final do ano, mas os dados do Índice de Preços no Consumidor (IPC) já conhecidos permitem apontar para subidas na casa dos 6%.

Também o Indexante de Apoios Sociais (IAS), que serve de referência à atualização de várias prestações sociais, será aumentado de acordo com a fórmula prevista na lei.
Aumento salarial mínimo de 3% na função pública
O Governo apresentou aos sindicatos da administração pública uma proposta de aumentos salariais para 2024, que varia entre 6,8% na base remuneratória e 3% para remunerações mais altas.

Assim sendo, a base remuneratória passa a ser de 821,8 euros. Os salários até ao nível remuneratório 24, a que corresponde um vencimento de 1.754,41 euros, terão um aumento em cerca de 52 euros. A partir deste nível, a subida será de 3%, resultando em acréscimos superiores.

Segundo as contas do Governo, a massa salarial da administração pública vai crescer em 5,1% no próximo ano, sendo o aumento salarial médio de 3,8% para os funcionários públicos.
IVA na restauração e serviços veterinários
A taxa de IVA aplicável nas prestações de serviços de restauração passa a ser de 13% no caso dos sumos, néctares e águas gaseificadas ou adicionadas de gás carbónico ou outras substâncias.

No setor dos serviços veterinários também se espera uma descida do IVA.
Reforço do RFAI
As empresas vão contar com um reforço do Regime Fiscal de Apoio ao Investimento (RFAI), bem como dos benefícios fiscais contratuais ao investimento produtivo, por via de um reforço das despesas elegíveis aos custos salariais dos trabalhadores com qualificações iguais ou superiores ao grau de mestre. O objetivo é atrair e reter trabalhadores mais qualificados.
Redução da tributação autónoma de viaturas
Prevista está também a redução das taxas de tributação autónoma aplicável às viaturas que recuam de 10% para 8,5%; de 27,5% para 25,5% e de 35% para 32,5%.

Além disso, vai haver um incentivo fiscal à renovação de frota do setor do transporte internacional de mercadorias.
Fim do corte das ajudas de custo
O OE2024 trará também o fim do corte no valor das ajudas de custo e de transporte dos funcionários públicos, pondo fim a uma medida de contenção de despesa que dura desde 2010.

Por outro lado, e segundo o reforço do acordo de rendimentos, haverá uma atualização das ajudas de custo, com o valor por quilómetro em viatura própria a passar para 0,40 euros, das deslocações nacionais para 62,75 euros e das deslocações internacionais para 148,91 euros.

com Lusa
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