Em entrevista à RTP, o ministro das Finanças afastou, na última noite, a possibilidade de aumentos intercalares dos funcionários públicos em 2022 para fazer face à inflação revista em alta de quatro por cento.
“O que está aqui em causa é a escolha de uma política num momento pouco frequente, que é a resposta a um aumento da inflação a qual é, até ao momento, temporário e concentrado num número limitado de bens”, explicou Fernando Medina.
O ministro das Finanças prometeu abertura ao diálogo com os parceiros sociais e ouvir “humildemente” as propostas que lhe venham a ser apresentadas, “desde que não desvirtuem o orçamento que acabamos de apresentar”.
Reconhecendo ainda que “estamos a viver um momento de grande volatilidade”, Fernando Medina considerou que o executivo está “preparado para ir gerindo a conjuntura”.
“Adotaremos as medidas que forem necessárias com ênfase na disciplina orçamental”, prometeu, sublinhando que as medidas temporárias já previstas são as mais adequadas e evitam o incumprimento do défice.
“O nosso objetivo relativamente ao défice tem um propósito” lembrou. “Temos de assegurar é que não haja dúvidas” sobre “a estabilidade orçamental de Portugal, incluindo a diminuição da dívida pública". Para ficarmos mais protegidos e salvaguardados “no caso da subida das taxas de juro”, explicou ainda o ministro.