Fernando Medina considerou que tal medida não seria “a resposta adequada” e que iria ter um impacto negativo na produção e alimentar um aumento em cadeia dos preços, tornando “nacional um processo inflacionário que é largamente importado”.
O ministro considera que a proposta de Orçamento do Estado apresentada na tarde de quarta-feira constitui a melhor resposta ao momento que Portugal está a viver.
“O que está aqui em causa é a escolha de uma política num momento pouco frequente, que é a resposta a um aumento da inflação a qual é, até ao momento, temporário e concentrado num número limitado de bens”, explicou Fernando Medina.
O ministro das Finanças prometeu abertura ao diálogo com os parceiros sociais e ouvir “humildemente” as propostas que lhe venham a ser apresentadas, “desde que não desvirtuem o orçamento que acabamos de apresentar”.
Reconhecendo ainda que “estamos a viver um momento de grande volatilidade”, Fernando Medina considerou que
o executivo está “preparado para ir gerindo a conjuntura”.
“Adotaremos as medidas que forem necessárias com ênfase na disciplina orçamental”, prometeu, sublinhando que as medidas temporárias já previstas são as mais adequadas e evitam o incumprimento do défice.
“O nosso objetivo relativamente ao défice tem um propósito” lembrou. “Temos de assegurar é que não haja dúvidas” sobre “a estabilidade orçamental de Portugal, incluindo a diminuição da dívida pública". Para ficarmos mais protegidos e salvaguardados “no caso da subida das taxas de juro”, explicou ainda o ministro.
A alteração do défice é um “caminho que não está na nossa projeção nem no nosso horizonte”, afirmou.