"O sistema fiscal não é amigo da criação de grandes grupos económicos"
A afirmação é de Pedro Afonso, CEO da VINCI Energies Portugal, empresa que integra o Grupo VINCI, líder mundial em concessões, energia e construção.
Pedro Afonso diz mesmo que, "do ponto de vista fiscal, mais vale ter cinco empresas em que algumas até não dão lucro, do que ter um grande grupo económico que gera muito lucro".
"Receber dinheiro do Estado e depois não ter um outcome económico com ele, para mim é estragar dinheiro dos contribuintes", acrescenta. O CEO da VINCI Energies admite que se nota uma redução da morosidade dos licenciamentos, mas adianta que para criar um bom ambiente económico, o Estado, para além de "garantir que os incentivos fiscais beneficiam o mérito", tem de saber "gerir e controlar a burocracia". Neste âmbito refere o Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), onde considera que há "um erro de raciocínio na forma como se avalia o seu sucesso". Segundo Pedro Afonso, o PRR não pode ser avaliado em função de quanto se conseguiu investir, mas sim "em função de quanto consigo reproduzir a partir do investimento que fiz". Considera mesmo que devia de existir um mecanismo de análise publicado, disponível para todo o país, que fizesse uma avaliação de retorno de capital. Sobre as metas para as energias renováveis, assegura que Portugal vai no bom caminho desde que a agenda não mude e o objetivo continue a ser cumprir as metas definidas. Em relação ao futuro, nomeadamente com a introdução da Inteligência Artificial (IA) nas empresas, o CEO da VINCI Energies, grupo que emprega 2137 trabalhadores nas áreas da transformação digital e da transição energética, avisa que vai ser necessário uma requalificação da força de trabalho, mas também das lideranças. Entrevista conduzida por Rosário Lira, da Antena 1, e por Bárbara Silva, do Jornal de Negócios.
A este facto acresce, como "entrave ao desenvolvimento das empresas", a cultura da subsidiarização. "Muitas empresas estão viciadas naquilo que são os subsídios", afirma. Para Pedro Afonso os subsídios devem ser atribuídos em função do mérito, ou seja, "uma empresa que tem mais lucro pode ter um maior benefício fiscal" por ter criado valor com determinada solução. "Receber dinheiro do Estado e depois não ter um outcome económico com ele, para mim é estragar dinheiro dos contribuintes", acrescenta. O CEO da VINCI Energies admite que se nota uma redução da morosidade dos licenciamentos, mas adianta que para criar um bom ambiente económico, o Estado, para além de "garantir que os incentivos fiscais beneficiam o mérito", tem de saber "gerir e controlar a burocracia". Neste âmbito refere o Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), onde considera que há "um erro de raciocínio na forma como se avalia o seu sucesso". Segundo Pedro Afonso, o PRR não pode ser avaliado em função de quanto se conseguiu investir, mas sim "em função de quanto consigo reproduzir a partir do investimento que fiz". Considera mesmo que devia de existir um mecanismo de análise publicado, disponível para todo o país, que fizesse uma avaliação de retorno de capital. Sobre as metas para as energias renováveis, assegura que Portugal vai no bom caminho desde que a agenda não mude e o objetivo continue a ser cumprir as metas definidas. Em relação ao futuro, nomeadamente com a introdução da Inteligência Artificial (IA) nas empresas, o CEO da VINCI Energies, grupo que emprega 2137 trabalhadores nas áreas da transformação digital e da transição energética, avisa que vai ser necessário uma requalificação da força de trabalho, mas também das lideranças. Entrevista conduzida por Rosário Lira, da Antena 1, e por Bárbara Silva, do Jornal de Negócios.