As Administrações Públicas registaram, no ano passado, um saldo positivo de 1.994,2 milhões de euros, ou seja, 0,7 por cento do Produto Interno Bruto, acima dos 0,4 previstos pelo Governo. É o que mostram os resultados provisórios divulgados esta quarta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).
“De acordo com os resultados provisórios obtidos neste exercício, as Administrações Públicas (AP) tiveram um saldo positivo de 1 994,2 milhões de euros em 2024, o que correspondeu a 0,7 por cento do PIB (1,2 por cento em 2023)”, lê-se no relatório do INE.
O valor fica acima da previsão do Governo de um excedente de 0,4 por cento.
Esta evolução deveu-se a um aumento da despesa (0,9 por cento) idêntico ao aumento da receita (0,9 por cento). No encaixe do Estado, é de destacar que a receita corrente subiu 1,3 por cento, o que "reflete aumentos de todas as suas componentes, à exceção dos impostos sobre o rendimento e património (-2,2 por cento)", devido à aplicação de novas tabelas de retenção de IRS na fonte.
Por sua vez, "a dívida bruta das AP terá diminuído para 94,9 por cento do PIB (97,7 por cento no ano anterior)", o valor mais baixo desde 2009 (87,6 por cento) e abaixo da previsão do Orçamento do Estado, de 95,9.
Este é o terceiro excedente orçamental e o segundo maior registado em democracia, depois do saldo de 0,1 por cento alcançado por Mário Centeno em 2019 e de 1,2, por Fernando Medina, em 2023.
O excedente deste ano, alcançado sob a alçada de Joaquim Miranda Sarmento, fica assim abaixo daquele obtido em 2023, devido a um aumento na despesa (7,6 por cento) mais significativo do que o observado para a receita (6,3 por cento).
Já o saldo primário, correspondente ao saldo global líquido da despesa em juros, "foi positivo, tal como em 2023, embora com uma redução de 904 milhões de euros face ao ano anterior".
O excedente deste ano, alcançado sob a alçada de Joaquim Miranda Sarmento, fica assim abaixo daquele obtido em 2023, devido a um aumento na despesa (7,6 por cento) mais significativo do que o observado para a receita (6,3 por cento).
Já o saldo primário, correspondente ao saldo global líquido da despesa em juros, "foi positivo, tal como em 2023, embora com uma redução de 904 milhões de euros face ao ano anterior".
c/ Lusa
