Novo hospital de Sintra terá que ser "analisado e ponderado" devido à conjuntura económica - Ministro da Saúde

por Lusa

Sintra, 11 fev (Lusa) - O ministro da Saúde defendeu hoje que a construção de um novo hospital em Sintra, projeto sucessivamente adiado por vários governos, terá que ser "analisado e ponderado" tendo em conta a conjuntura atual do país.

"O hospital de Sintra é um projeto que terá que ser analisado e ponderado, mas dentro desta conjuntura e do que são as prioridades. Nós temos que rentabilizar e aproveitar a capacidade que está instalada, designadamente em Cascais, e aproveitar as capacidades na sequência da abertura do hospital de Loures", disse.

Durante a inauguração esta manhã da nova unidade de saúde na Tapada das Mercês, em Sintra, Paulo Macedo adiantou: "Como sabem há hospitais [na área da Grande Lisboa] que ficam com uma grande capacidade por aproveitar".

A construção de um hospital em Sintra tem sido defendida ao longo dos anos pela autarquia e pela Comissão de Utentes de Saúde de Sintra, uma vez que consideram que a unidade de saúde que serve o concelho - o Hospital Amadora-Sintra - há muito que excedeu a sua capacidade.

O hospital, que foi durante vários anos o único hospital público gerido por um operador privado (a José de Mello Saúde) passou para as mãos do Estado por determinação do então ministro Correia de Campos, que decidiu também lançar o projeto de um novo hospital, mais pequeno, em Sintra.

Inicialmente previsto para servir cerca de 350 mil pessoas, serve os municípios de Amadora e Sintra, onde residem cerca de 650 mil pessoas e é a unidade de saúde em todo o país que que apresenta melhores resultados financeiros.

De acordo com a edição de hoje do jornal Público, citando uma monitorização mensal divulgada pela Administração Central do Sistema de Saúde, os 38 hospitais e centros hospitalares e as seis unidades locais de saúde que integram esta monitorização registaram um resultado operacional negativo de 383 milhões de euros no final de 2011, números ainda provisórios.

De acordo com o jornal, das contas preliminares de 38 hospitais e centros hospitalares, 30 apresentam as contas no `vermelho`, sendo o Centro Hospitalar Lisboa Norte (que integra o Santa Maria) a unidade com o resultado mais negativo, com 79,1 milhões de euros.

O Hospital Fernando da Fonseca (Amadora-Sintra) é o que apresenta o melhor resultado positivo, com 5,1 milhões de euros de resultado positivo.

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