Novo aeroporto. Governo aprova esta semana primeiros diplomas e muda poderes dos municípios
O primeiro-ministro adiantou que o Governo vai aprovar na próxima quinta-feira, em Conselho de Ministros, o primeiro conjunto de diplomas do dossier para a decisão sobre o novo aeroporto de Lisboa. Trata-se de alterar os poderes nos municípios sobre aeródromos de interesse nacional. António Costa fez este anúncio na abertura da VI Cimeira do Turismo, na Fundação Champalimaud.
Na quinta-feira, afirmou Costa, o Conselho de Ministros "vai aprovar uma resolução que definirá a metodologia para a realização e prazo sobre a avaliação ambiental estratégica (AAE), quer também a proposta de lei que vai permitir ao Parlamento definir adequadamente as competências dos municípios em matéria de licenciamento de aeródromos".
"Terão competências vinculativas para os aeródromos das classes 1,2 e 3, mas não para os aeródromos de categoria 4. Ou seja, sendo infraestruturas de interesse nacional os municípios são tidos em conta, mas não podem obviamente condicionar uma decisão que é para todos o país", completou, depois de ter criticado o poder de veto, que classificou como inconstitucional, de duas autarquias face à opção pelo Montijo. Na sua intervenção, em que dedicou meia-hora à questão do novo aeroporto, o primeiro-ministro quis sustentar que há agora "uma janela de oportunidade única" para uma decidir "bem" e de forma "irreversível" sobre o novo aeroporto. Isto porque o Governo tem mandato até 2026, as autarquias por mais três anos até 2025 e o líder da oposição, Luís Montenegro, presidente do PSD, por mais dois anos, até 2024. "Neste encontro de pessimistas e otimistas, verificou-se esta coincidência feliz que, nos próximos dois anos, vamos ter estabilidade: vamos ter o mesmo Governo com maioria na Assembleia da República, o mesmo líder da oposição e os mesmos autarcas", enfatizou António Costa.
O governante admitiu não esperar que a nova solução para a infraestrutura aeroportuária venha a ser consensual.
"Terão competências vinculativas para os aeródromos das classes 1,2 e 3, mas não para os aeródromos de categoria 4. Ou seja, sendo infraestruturas de interesse nacional os municípios são tidos em conta, mas não podem obviamente condicionar uma decisão que é para todos o país", completou, depois de ter criticado o poder de veto, que classificou como inconstitucional, de duas autarquias face à opção pelo Montijo. Na sua intervenção, em que dedicou meia-hora à questão do novo aeroporto, o primeiro-ministro quis sustentar que há agora "uma janela de oportunidade única" para uma decidir "bem" e de forma "irreversível" sobre o novo aeroporto. Isto porque o Governo tem mandato até 2026, as autarquias por mais três anos até 2025 e o líder da oposição, Luís Montenegro, presidente do PSD, por mais dois anos, até 2024. "Neste encontro de pessimistas e otimistas, verificou-se esta coincidência feliz que, nos próximos dois anos, vamos ter estabilidade: vamos ter o mesmo Governo com maioria na Assembleia da República, o mesmo líder da oposição e os mesmos autarcas", enfatizou António Costa.
O governante admitiu não esperar que a nova solução para a infraestrutura aeroportuária venha a ser consensual.
Ironizou mesmo que só deverá ter o apoio de 20 por cento e a oposição de 80 por cento.
"O que o decisor político tem de procurar assegurar é que decide com a melhor e mais atual informação possível e, para que isso aconteça, é preciso concretizar a avaliação ambiental estratégica (AAE), através de um processo que todos reconheçam total transparência e que não tenham dúvidas. Discretamente, ao longo destes meses, foi possível negociar com o líder da oposição um entendimento", rematou.
c/ Lusa
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