A Comissão Técnica Independente (CTI) apresentou esta terça-feira as opções para o novo aeroporto de Lisboa a partir do LNEC - Laboratório Nacional de Engenharia Civil, em Lisboa. Alcochete é a localização com mais vantagens, mas a decisão final cabe ao novo Governo. Vendas Novas foi a outra outra localização considerada como uma das duas soluções mais viáveis para um 'hub'.
Estiveram lado a lado as soluções Humberto Delgado + Campo de Tiro de Alcochete, até ficar unicamente Alcochete com mínimo de duas pistas, bem como Humberto Delgado + Vendas Novas, até ficar unicamente Vendas Novas, também com um mínimo de duas pistas.
A CTI apresentou Alcochete e Vendas Novas como as duas soluções viáveis, com preferência para a primeira opção.As opções Humberto Delgado + Montijo e Montijo como 'hub' foram classificadas como "inviáveis para um 'hub' intercontinental" por razões aeronáuticas, ambientais e económico-financeiras. Em causa a sua "capacidade limitada para expandir a conectividade aérea".
Nesse sentido, Humberto Delgado + Santarém e Santarém como aeroporto único não são assim opção por razões aeronáuticas, segundo a CTI.
Nesse sentido, Humberto Delgado + Santarém e Santarém como aeroporto único não são assim opção por razões aeronáuticas, segundo a CTI.
A comissão criada no final de 2022, tendo como coordenadora-geral de uma equipa de seis coordenadores técnicos a professora Rosário Partidário, foi incumbida de avaliar as nove opções de acordo com cinco fatores críticos de decisão definidos pela CTI: segurança aeronáutica, acessibilidade e território, saúde humana e viabilidade ambiental, conectividade e desenvolvimento económico e investimento público e modelo de financiamento.
Da análise dos vários factores que foram tidos em conta pela CTI, fica uma lista das opções que são deixadas ao governo:
Segurança aeronáutica:
1º - Alcochete
2º - Vendas Novas
Acessibilidade e Território:
1º - Portela + Montijo
2º - Portela + Alcochete
Saúde Pública e Viabilidade Ambiental:
1º - Vendas Novas
2º - Alcochete
Conectividade e Desenvolvimento Económico:
1º - Portela + Alcochete
2º - Portela + Santarém / Portela + Vendas Novas
Investimento Público e Modelo de Financiamento:
1º - Portela + Alcochete
2º - Portela + Santarém / Portela + Vendas Novas
1º - Alcochete
2º - Vendas Novas
Acessibilidade e Território:
1º - Portela + Montijo
2º - Portela + Alcochete
Saúde Pública e Viabilidade Ambiental:
1º - Vendas Novas
2º - Alcochete
Conectividade e Desenvolvimento Económico:
1º - Portela + Alcochete
2º - Portela + Santarém / Portela + Vendas Novas
Investimento Público e Modelo de Financiamento:
1º - Portela + Alcochete
2º - Portela + Santarém / Portela + Vendas Novas
A coordenadora da CTI sublinharia que a construção do novo aeroporto não necessita de financiamento público, sendo que todas as opções são financeiramente viáveis: "Todas as opções são financeiramente viáveis, não sendo necessário financiamento público para a construção do novo aeroporto", afirmou Rosário Partidário na apresentação do relatório.O relatório entra agora em consulta pública durante 30 dias úteis, entre 6 de dezembro e 19 de janeiro, prazo após o qual a CTI, após avaliar "a racionalidade, o mérito, a oportunidade e a pertinência técnica de cada um desses contributos, à luz dos fatores críticos para a decisão", fará então o relatório final.
O Governo de António Costa incumbiu a comissão técnica de analisar cinco hipóteses para o novo aeroporto mas no total acabaram por ser nove: inicialmente Portela+Montijo, Montijo+Portela, Alcochete, Portela+Santarém e Santarém, mas prevendo que pudessem ser acrescentadas outras opções, que acabaram por surgir, sendo Portela+Alcochete, Portela+Pegões, Rio Frio+Poceirão e Pegões.
Este relatório técnico preliminar é mais uma etapa num tema que já tem mais de 50 anos e que conta com inúmeros estudos.
Na apresentação do relatório, Rosário Partidário fez questão de sublinhar antes de mais que "a Comissão Técnica Independente é independente". Sobre o processo em si, sublinhou que esta foi "uma decisão muito complexa, porque construir um aeroporto não é construir uma central de camionagem".
Sobre a existencia de pressões, Rosário Partidário admitiu que existiram muitos 'lobbys', mas garantiu que não da parte do Governo qualquer gesto sobre as opções estratégicas para o novo aeroporto.
"Tivemos muitas pressões, muitos 'lobbys' (...), mas com o Governo nem uma pressão e queria agradecer e deixar isso muito claro", afirmou a coordenadora da CTI, explicando que "não houve qualquer contacto a não ser, obviamente, de natureza administrativa", e foi com o chefe de gabinete do primeiro-ministro.
"Não houve qualquer contacto com o senhor primeiro-ministro", o que, considerou, "foi extraordinariamente importante".
"Tivemos muitas pressões, muitos 'lobbys' (...), mas com o Governo nem uma pressão e queria agradecer e deixar isso muito claro", afirmou a coordenadora da CTI, explicando que "não houve qualquer contacto a não ser, obviamente, de natureza administrativa", e foi com o chefe de gabinete do primeiro-ministro.
"Não houve qualquer contacto com o senhor primeiro-ministro", o que, considerou, "foi extraordinariamente importante".
c/ Lusa