Nove entidades da economia social criam "maior organização do país"

por Lusa

Nove organizações criaram hoje em Lisboa a Confederação Portuguesa de Economia Social (CPES), que em termos de representação, dizem, será "a maior organização do país" e vai querer estar representada em diversos órgãos nacionais.

A escritura pública, resultado de um processo que já dura "há anos", juntou organizações de âmbito nacional, representando "diversas famílias da economia social", que assim terão mais força para se se fazerem ouvir junto de entidades nacionais e europeias, explicou à Lusa Francisco Silva, presidente da comissão instaladora da CPES e secretário-geral da Confagri, Confederação Nacional das Cooperativas Agrícolas de Portugal.

Além da Confagri, fazem parte da CPES a Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade (CNIS), a União das Misericórdias, a União das Mutualidades, o Centro de Fundações, a Confederação das Coletividades, a Confederação Cooperativa Portuguesa (Confecoop), a Associações das Mutualidades e a Associação Portuguesa para o Desenvolvimento Local, Animar.

"Vai ser, em termos de representação, a maior organização do país, pelas organizações que junta da parte social e económica", assegurou Francisco Silva, que não quis adiantar a que órgãos nacionais a CPES vai reivindicar pertencer.

Até agora, disse, cada uma das organizações tem agido de forma isolada, "pelo que se entendeu a necessidade de conjugar esforços para uma entidade nacional", à semelhança do que acontece noutros países, como em Espanha, onde já existe uma confederação do género há duas décadas.

Agora, depois de assinada a escritura, está já marcada para dia 03 de julho uma reunião para aprovar a composição dos órgãos sociais e o plano estratégico, sendo que o grande objetivo, nas palavras de Francisco Silva, é representar o setor e fazer ouvir a sua voz junto dos órgãos de administração, quer portuguesa quer da união Europeia.

Entende o secretário-geral da Confagri que este é "o momento certo" para aparecer a CPES, quando Portugal está a discutir os próximos fundos comunitários, um assunto que a confederação quer ter "uma palavra".

"Temos a convicção de que uma organização assim vai ser aceite pelos poderes públicos", disse o responsável.

A escritura pública foi assinada pelos responsáveis máximos das várias entidades com exceção de duas que se fizeram representar.

A economia social é um setor que junta entidades como associações, cooperativas, mutualidades ou misericórdias e que desenvolvem uma atividade sem fins lucrativos.

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