As autoridades nigerinas deram aos dirigentes de três empresas chinesas 48 horas para deixarem o Níger, acusando-as de serem responsáveis pela crise de combustível que o país enfrenta há várias semanas.
Uma fonte oficial disse à agência de notícias Efe na quinta-feira que a Soraz, a WAPCO e a China National Petroleum Corporation (CNPC) foram acusadas de terem criado "de forma deliberada" a escassez de combustível.
A Sociedade da Refinaria de Zinder (Soraz), que gere a refinaria que opera na região de Zinder, na fronteira com a Nigéria, é detida a 60% pela empresa estatal chinesa CNPC, estando o restante nas mãos do governo do Níger.
Uma outra empresa estatal chinesa, a WAPCO é responsável pela gestão do oleoduto de exportação do petróleo bruto do Níger, enquanto a CNPC opera diretamente os campos petrolíferos de Agadem.
A escassez de gasolina no Níger está a obrigar os condutores a enfrentarem longas filas nos postos de abastecimento de combustível do país sem garantia de conseguirem abastecer os veículos.
O Níger começou a produzir petróleo em 2011 com uma capacidade de produção de 20 mil barris por dia, com sete mil barris destinados ao consumo local e o restante à exportação.
Com o aumento da produção de petróleo bruto, que atingiu os 110 mil barris, o petróleo bruto começou a ser exportado diretamente para o estrangeiro em 2024, através do porto de Sèmè, no vizinho Benim.